Capítulo-0

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CONVENTO


Um jovem homem cavalgava em uma velocidade absurda. Galhos batiam e quebravam com velocidade sobre seu peito, seus cabelos loiros voavam e seus olhos procuravam atentamente por algo.

Ao ver um homem em uma carroça a sua frente, ele desacelera. Um pequeno senhor que parecia triste e com um olhar cansado, com olheiras profundas, seus cabelos despenteados e sua barba longa acinzentada, enfatiza este fato. Ao aproximar-se do homem para seu cavalo.

​— É um belo dia para se recolher cadáveres! — dita o velho grisalho, rindo de si próprio. O mais novo dos homens estranha tal frase, franzindo suas sobrancelhas e então direciona seu olhar para o restante da carroça. Que com um cobertor cobria parte de um homem desacordado. Ao notar o silêncio senhor pigarreia e olha o corpo sem vida que levava.

— Pobre homem... — Inicia novamente a conversa. — Trabalhaste a vida inteira sem dizer nenhuma palavra e isso tiraste-te a vida. — O silêncio ainda tomava o jovem. —Oh Me desculpe! — O homem dá um sorriso fraco. — Ele era meu amigo. Nasceu surdo e mudo e graças a isso conseguiu um emprego num convento aqui perto. Mas agora está morto por não conseguir gritar por ajuda. — O rapaz sente-se observado e encara o homem mais velho a sua frente. — Cair num poço e não poder gritar por ajuda é uma morte terrível. Não acha? — Um desconforto se espalha pelo ar. — Por algum acaso é surdo ou mudo? — sem respostas o homem suspira com um sorriso torto, sem alguns dentes e com um olhar que causa um certo incômodo. — Terá sorte no convento. Aquelas vadias que se dizem santas só aceitam empregados que não pode falar. — O homem cospe no chão. — Deve ser pra não espalhar as prostitutas que se esconde debaixo daquelas saias. — A expressão daquele senhor era como se soubesse do que falava.

Ao lançar um olhar sugestivo ao mais novo. O velho grisalho chicoteia seu cavalo e então leva para longe um corpo que se chacoalhava com o balançar da carroça.

Sem saber ao certo o que havia acontecido agora mesmo. O jovem retoma seu caminho. Cavalgando por aí!

•••

Ao observar uma igreja velha. O moço pensa no que ouvira mais cedo. E uma dúvida invade sua mente! "Por que? Por que só surdos e mudos?" ao sentir um cala frio o garoto se arrepia. Já estava tarde da noite e já estava uma hora a observar a igreja. Não procurava por trabalho.

Mas então porque queria tanto adentrar o local e buscar respostas para suas perguntas?

O Convento Where stories live. Discover now