Pedido

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Pov Cristian....
Eu dou uma olhada em Victor que não consegue disfarçar ao ver a comandante Elizabeth passar.
- é melhor você se controlar! Tem que saber disfarçar.
Eu resmungo.
- qual é cara! Ninguém sabe a não ser você e Elly.
Eu reviro os olhos. 
Elly está sentada no meu colo e eu bebo um pouco enquanto Victor e Elizabeth se pegam no canto do bar.
- qual sua programação pro feriado de 4 de julho?
Eu a encaro.
- vou trabalhar hora.
Ela ri.
- você não vai pra casa?
- não! Eu prefiro ficar.
- você nunca vai pra casa? Natal?  férias?
Eu bufo.
- não!
Ela me encara
- porque isso? Mais e a sua família?
Eu a encaro.
- vai ser esse o papo de hoje?
Ela ri e me beija.
- desculpa.
Eu olho pro deserto de cara feia.
- com sono?
Questiona Victor.
- cansado!
- Elly deixou você cansado?
Ele debocha.
- vai pro inferno.
Ele ri.
- vamos pra casa amanhã?
- Victor não começa.
- qual é cara! Já fazem 9 anos.
- eu não piso em Saint nunca mais.
- Cristian você não pode punir seu pai nem seu irmão por causa da sua mãe.
- eu vi meu pai e o Elliot em Seatlle no mês passado.
- eu sei!
- você leva as cartas pra mim?
- claro!
- ótimo.
Nós recebemos uma dispensa de 5 dias e Victor quis ir pra casa enquanto eu estou no alojamento do exército em Washington.
Depois de jantar eu pego o telefone e ligo pro meu pai.
- Cristian! Que felicidade falar com você meu bem!
- oi pai! Como vão as coisas?
- vão bem! E com você? Victor esta na cidade.
- é eu sei!
- porque não veio?
- pai eu...
- filho....
- olha eu só liguei pra saber como estão todos aí?
- Elliot está bem! Sua sobrinha também e Grace vai bem! Apesar dos plantões no hospital.
- é deve ser difícil.
- sim!
- e o banco?
- nós trilhos filho.
- fico feliz por isso.
- Cristian você não mandou carta pra sua mãe.
- eu não tenho mãe!
- Cristian Trevelyn Grey.
- pai!
- ela andou perguntando por você.
- diga que eu morri
- filho!
- preciso ir estão me chamando.
- não me engane sei que está no país.
- sim pai! Washington.
- entendi!
- eu ligo depois.
- ok...
Deitado no quarto do alojamento eu fico pensando na minha mãe! Ella Trevelyn Hyde! Advogada e contadora a minha heroína quem me ensinou a dançar e me dar bem com as garotas a tocar violão a cozinhar...mais minha heroína se tornou minha pior inimiga quando resolveu trair meu pai com o mais desprezível dos homens da cidade Jhon Hyde que havia ficado viúvo fazia pouco tempo! Eu me revoltei! E quis sumir da cidade e a única  coisa que me levaria o mais longe possível de Saint era a guerra.
Eu saí do banco e me alistei e sumi da cidade no dia do casamento dela e nunca mais voltei! 
- bom dia coronel!
Bato continência.
- bom dia comandante! Descansado?
- sim senhor!.
- foi ver a família?
- não! Fiquei por Washington mesmo.
- entendi! Bom temos uma missão.
Victor dirige feito um maluco.
- da pra ir devagar porra? Não queremos morrer hoje!
- cara Saint cresceu um pouco mais continua a mesma coisa.
- que bom!
- a filha do Elliot é uma graça.
- eu sei!
- acredita que o imbecil do Hyde tem uma namorada? A nova professora da cidade uma gata.
- coitada!
- é dizem que ele não mudou nada.
- já dizia meu avô! Aquilo é um caso sem solução.
- sim!
Ele ri...
Nós estamos no deserto em meio a algumas ruínas.
- Victor assume posição de sniper todos vocês por terra.
Eu berro e vejo Victor escalar pela parede...
- por aqui tudo bem!
Ele fala no rádio.
- atento...
Falo mais o sinal falha e sinto um zumbido forte no ouvido que me faz cair no chão! É um helicóptero voando baixo e atirando por todos os lugares...
- se protejam se protejam...
Eu grito mais uma bomba é jogada bem nas ruínas onde Victor esta....
Eu rastejo entre os destroços minha perna bastante machucada mais consigo chegar até o meu amigo.
- Victor!
- Grey...
Ele geme.
- calma cara a ajuda tá vindo.
- não vai dar tempo.
Eu acendo a lanterna do capacete e vejo que uma viga de concreto está atravessada na sua perna.
- se acalma tá! Respira.
Eu ponho os dedos em seu pescoço e sinto seus batimentos fracos.
- se eu morrer e eu vou morrer quero que faça uma coisa pra mim!
- Victor...
- eu tenho uma conta no banco um dinheiro que juntei enquanto estava aqui os dados da conta estão em uma caixa de sapatos dentro do meu armário entregue ao meu pai.
- Victor.
- eu quero que você me leve pra casa! Eu exijo ser enterrado ao lado do meu avô quero que você de o primeiro tiro.
- eu não...
- você vai voltar pra Saint e me levar com você...
- não faz isso cara...
- diga a Lis que eu a amo.
A ajuda chega tarde Victor morreu na minha frente e tudo que pude fazer foi ficar olhando...
- não é aconselhável que você se levante.
Fala Elly eu a encaro.
- eu vou levar meu amigo pra casa..
Eu encaro o caixão de madeira robusta ao meu lado enquanto voamos.
- a família dele já foi avisada Cristian...
Fala Flynn.
- obrigada senhor
- eles estão cuidando do velório.
- entendi.
- você pode ficar o tempo que precisar.
- sim senhor.
- eu sinto muito! Sei como eram próximos.
- sim! Nós éramos.
Saint está de luto e quando entro na capela sinto os olhares em mim como se fossem facas....
- Cristian...
Elliot me abraça.
- você tá bem?
- não!
Eu respondo frio mais consigo de alguma forma sorrir pra Grace.
- meu menino!
- oi Grace.
- filho!
Eu me viro pro meu pai!
- pai...
O velório de Victor esta tomado de gente conhecida e de curiosos mais eu não consigo tirar os olhos do caixão...
- primeiro! Sentido!
Grito e atiro
- segundo! Sentido!
Grito e atiro.
- terceiro! Sentido!
Grito e atiro.
- vem! Vamos pra casa...
Fala Grace me pegando pelo braço.
- você precisa descansar.
- tá bem...
Nós saímos de braços dados pelo meio das pessoas até que ouço a voz da minha mãe...
- ahh meu filho... Eu sinto tanto.
O abraço dela me faz ficar tão tenso e tão nervoso que eu me afasto.
- Cristian..
- eu...eu tenho que ir...
Eu agarro o braço de Grace.
- me tira daqui...
Imploro.

O RegressoWhere stories live. Discover now