O Regresso

Dispensado

Pov Cristian....
Eu tento de alguma forma respirar enquanto Grace me leva pra casa.
- eu não mudei nada no seu quarto!
Eu entro e parece que o tempo não passou por aqui.
- tem algumas roupas suas mais eu vou até a loja do centro comprar você está bem mais forte.
- obrigada.
Ela sorri.
- Gail deixou comida na geladeira tome um banho e descansa.
- tá bem...
Eu durmo por quase um dia inteiro! A janela aberta a sombra da árvore o cheiro da terra molhada isso tudo me faz um bem tão grande que eu durmo por mais de 20 horas.
- bom dia!
Fala papai da mesa de jantar do outro lado da cozinha.
- bom dia!
Resmungo olhando pra fora e vejo que está sol! Eu pego uma xícara de café da velha cafeteira.
- isso ainda existe?
Papai bufa.
- faz o meu café da manhã todos os dias.
Eu dou um gole e reviro os olhos
- sem açúcar pai!
Reclamo
- não esquece de lavar a xícara ok!
Eu reviro os olhos
- você ainda sabe lavar a louça não sabe?
- aham..
Enquanto lavo a xícara dou uma olhada no canteiro de rosas do meu avô.
- o que aconteceu com as rosas do vovô?
Meu pai para do meu lado.
- não sei! Não quis mais cuidar delas desde que você foi embora! Era você que ajudava ele...
Ele suspira e sai da cozinha pegando o palito.
- você vai pro trabalho?
- sim!
- mais eu acabei de chegar não sei quanto tempo posso ficar.
- tanto faz Cristian.
- eu preciso visitar a família do Victor.
- meu carro tá na garagem eu vou com o Taylor hoje.
- pai!
- Grace está de plantão o dia todo eu volto pra fazer o jantar se você ainda estiver aqui.
Eu suspiro quando paro diante da casa dos Jackson com uma caixa de sapatos na mão e uma mala de roupas ..
- ahh Cristian...
Fala a mãe dele aos prantos!
- eu sinto muito eu sinto muito...
Repito.
- tudo bem querido! Não foi culpa sua..
Ela me abraça.
- eu era o comandante dele.
Digo sentado na sala diante do pai e da mãe e dos dois irmãos.
- eu dei a ordem pra ele subir nas ruínas! Ele era um atirador incrível vocês sabem um helicóptero surgiu jogou umas bombas e...
- você não tem culpa de nada disso meu filho! De nada o Victor adorava o exército ele adorava ele morreu fazendo o que gostava.
Fala o pai dele.
- ele me pediu pra entregar isso pra vocês!
Eu deixo a caixa de sapatos.
- e essas são as coisas dele.
Eu falo batendo na bolsa.
Eu como em silêncio enquanto percebo que meu pai e Grace estão observando cada movimento meu mais por sorte o telefone toca e Grace sai da mesa pra atender.
- é pra você Cristian!
Ela fala.
- quem é?
- Jhon Flyyn do exército.
Eu me levanto.
- senhor...
- oi Cristian? Como estão as coisas por aí?
- bem! Alguma emergência?
- não! Só liguei pra dizer que você está dispensado do exército.
- o que?
Eu grito.
- Cristian! Eu conversei com a psicóloga e nós achamos melhor você não voltar! Foram muitos períodos muito tempo longe de casa e vendo coisas que mexem com qualquer um.
- Jhon eu não sei fazer outra coisa da minha vida.
- claro que sabe! Você tem duas faculdades sei que seu pai é dono de um banco importante você vai se encontrar.
- eu não...
- Victor iria querer isso..
- não joga sujo cara
- não tô jogando! De qualquer forma seus benefícios continuam seu porte de arma você ainda leva o nosso nome...
Deitado na cama eu encaro o teto sem saber o que fazer agora! Eu não acredito que fui chutado pra fora...
- você tá bem?
Eu ergo os olhos e vejo Elliot da porta do quarto.
- o que você quer?
- papai me ligou! Disse que você foi dispensado.
- é!
- o que você vai fazer agora?
- não sei! Acho que vou pra Seatlle viajar um pouco!
- porque não fica?
Ele fala se sentando na minha cama.
- o que?
- é! Porque não fica aqui com agente um pouco! Faz tanto tempo cara! Aqui é sua casa.
- eu não sei se consigo ficar aqui Elliot.
- ja tentou?
- morar com o papai e agora com a Grace...
- sabe aquela grana que você recebeu da herança do vovô?
- sim! Está no banco!
- é mais ela triplicou você nunca mexeu nela mesmo pelo contrário seu salário do exército veio quase todo pra cá.
- eu não tinha com o que gastar
- tem um apartamento bem legal vendendo no centro e você tem alguns imóveis também deixados pela mamãe no seu nome quando se separou...
- eu sei.
- fica cara pelo menos por um tempo fica com agente! Eu sinto sua falta. Todos sentimos...
Eu dou uma olhada no apartamento! No centro! Arejado amplo e eu realmente gosto!
- e então podemos fechar a compra?
Pergunta Elliot encostado na parede.
- podemos.
Eu olho pro closet e rio! Ternos calças jeans blusas sociais...
- eu espero que não se importe!
Fala Grace da porta do quarto
- tudo bem! Eu só tinha fardas mesmo.
- Gail está terminando a cozinha e ela vai arranjar alguém pra vir uma vez na semana pra limpar tudo pra você.
- obrigada Grace nem sei o que dizer a você.
Ela me abraça.
- estamos felizes por ter você em casa.
- eu também estou feliz...
Eu fico mudando de um canal pro outro seriamente entediado quando alguém bate na porta.
- mãe?
Ela abre um sorriso largo pra mim.
- podemos conversar?
Eu quero dizer não! Mais seria muita falta de educação.
- entra
Ela da uma olhada na sala.
- fiquei sabendo que você comprou esse lugar! Você tem um ótimo gosto.
- eu tive ajuda.
- eu sei!
- o que você quer?
Pergunto seco.
- conversar com você!
- mãe não é uma boa hora.
- e quando será uma hora boa? Nunca de depender de você!
Eu suspiro
- diga vai!
- sua irmã quer te conhecer.
- o que?
- você sabe que eu tive outra filha não sabe? Ela tem 9 anos Mia.
- eu sei mais eu não...
- olha nessa cidade não se fala em outra coisa a não ser em você! Ela escuta as pessoas falarem as amigas perguntam.
- eu não...
- ela não tem culpa do seu ódio!
- eu sei que não! Eu preciso pensar.
- tá bom!
Ela me olha.
- você tá bem filho?
- sim!
- eu acho que você precisa de ajuda!
- eu preciso que você vá!
Ela se levanta.
- tá bom!
Ela bate a porta e eu esfrego as mãos no rosto.
- porque é tão difícil pra mim?