𝟑.

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" eu sei que é difícil, meu bem, mas eles são tão necessários, e aprenderá ***** **** *** a lidar com eles  "

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" eu sei que é difícil, meu bem, mas eles são tão necessários, e aprenderá ***** **** *** a lidar com eles  "

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1 mês depois

     Creio que não importa quanto tempo passe, continuarei ouvindo os gritos absurdos toda vez que Sina for ao banho. E não importa o jeito, a hora, a abordagem ou seu humor, a ida no banheiro sempre se encerra em lágrimas.

— eu posso tentar? — Any perguntou me encarando com um olhar de pena.

Certamente sua emoção não esteve ligada a mãe que sofre com todos os gritos, mas sim na criança chorando dentro do boxe.

Minha ligação com a cacheada evoluiu muito nos últimos dias, hoje ela sabe o que se passa comigo só de me olhar. Agora estamos trabalhando na relação dela com Any, que não mudou muito no último mês.

— fique a vontade.

Imaginei que a mulher entraria no boxe, mas ela foi até a banheira e a colocou pra encher. Após um tempo a cacheada começou a tirar as vestes, me surpreendendo em níveis altos.

Acho já ter decorado seu corpo por inteiro, mas creio que Sina nunca tenha lhe visto nua. A loira só virou o rosto e continuou com a cena, agora encarando a parede.

— venha, traga ela pra cá — Any mandou enquanto prendia os cachos com uma piranha grande.

Eu obedeci, segurando minha criança pelas axilas e a erguendo no ar. Assisti suas pernas chutarem, agressivamente, o ar, mas não me importei muito.

— assim você machuca nós duas — Any disse pegando a miúda no colo.

— você tá nua! — Sina gritou em meio ao choro — me soltaaa — a vogal se estendeu em mais uma série de soluços e lágrimas.

A mulher entrou na banheira e, calmamente, se sentou. Vi minha filha ser sentada nas pernas macias da mais velha, mas seus movimentos não pararam, e logo a água cristalina presente ali se agitou.

— shii, vamos nos acalmar? — ela pediu, deitando o rosto de Maria no próprio busto.

— me solta, me solta, me soltaaa.

Peguei a embalagem do sabonete líquido, que foi indicado para a idade da criança, e fui me sentar na borda da banheira.

— é só um banho, meu anjo. Quanto tempo faz que a mamãe não vem no banheiro contigo? Acho que foi o suficiente para se acostumar, não?

Me perdi encarando a mulher, tendo atenção em suas falas tranquilas. Apenas me dispersei quando vi sua feição de dor, então percorri o olhar por seu corpo até achar dois furos em seu braço.

No PassadoWhere stories live. Discover now