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Marina

Parei em frente ao galpão ainda com meu braço enfaixado, mas com a outra mão livre segurando minha arma. Não sinto medo, receio ou insegurança sobre o que tenho que fazer. Tudo que sinto é ódio!

O sobrenome que carrego e o legado que corre em minhas veias me fazem se lembrar de quem eu sou, e com certeza não nasci para ser derrotada de forma alguma.

Jhonatan — Está pronta para fazer isso? — Perguntou tocando meu ombro gentilmente.

Marina — Prontissima. — Respondi com a cabeça erguida.

Os vapores que estavam ali de guarda puxaram a porta e o som dos trilhos enferrujados ecoaram por todos os cantos, as luzes se acenderam conforme entramos passos por passos. Bem no centro avistei meu agressor, já machucado e ferido o suficiente para sangrar até desidratar. Pela forma que ele se encontra, posso apostar que está desejando a morte.

E eu darei isso a ele!

Marina — Saiam! — Digo para Henrique e Diego que estão de vigia.

Os dois se olharam antes de Henrique se virar em minha direção, na intenção de dizer algo, mas se silenciou quando levantei minha mão interrompendo ele.

Marina — Saiam, todos vocês. — Repito para ver se dessa vez entendem.

Henrique — Estaremos do lado de fora — Indagou passando por nós e seu irmão o seguiu, logo depois meu pai também saiu sem dizer nada.

A porta se fechou e agora, no grande galpão restou apenas eu e o filho da puta.

— Vejo que você se recuperou bem— Brincou, com um maldito sorriso no rosto.

Marina — Sim, me recuperei. Afinal, um merda feito você não poderia me causar tantos ferimentos. Para isso, tem que ser um homem de verdade.

Seus olhos inchados pelos socos, se ergueram para encarar os meus, mas não lhe dei essa oportunidade. No mesmo instante segurei minha arma e bati com força em sua têmpora fazendo o mesmo soltar um grito de dor.

Marina — Não vou fazer o mesmo com você porque sei que eles já cuidaram de tudo, o que é uma pena pois eu queria esfolar sua pele no afasto e ferir seu maldito corpo com soda até que seus ossos se derretesse lentamente e eu pudesse ouvir seus gritos por misericórdia!

Sussurrei para apenas ele ouvir, o tremor que passou por seu corpo me fez rir, a adrenalina da ameaça e o jeito que ele está com medo de mim me faz se sentir ainda mais poderosa. Foda-se, eu sou.

Marina — Olhe pra mim— Ordenei me endireitando e apontando a arma direto em sua testa — Olhe no fundo dos olhos da mulher que vai te matar!.

Quando o desgraçado tomou coragem para tal ato, meu olhar prendeu o seu e um sorriso se estendeu em meu rosto.

Marina — Essa mensagem vai servir aos seus comparsas. Ninguém mexe com um cria e vive. Ninguém!

Com meu discurso final, não dei a ele a oportunidade de responder. Meu dedo apertou o gatilho e a bala se afundou em seu crânio. O sangue espirrou por toda a parede e seus miolos formaram uma arte bem abstrata no chão de madeira. A cadeira caiu para trás junto com o falecido e o orgulho latejou em meu peito.

A sensação não poderia ser melhor, talvez seja adrenalina ou algo assim. Mas porra, não existe nada mais excitante que apertar o maldito gatilho.

Marina — Caralho!!! — Murmurei com um sorriso vitorioso.

Minutos depois a porta se abriu e Henrique foi o primeiro a entrar, joguei a arma no chão e andei até ele. Sem ter a chance de dizer alguma coisa eu o empurrei contra a parede e o beijei com força tomando tudo dele. Foram lábios com lábios, dentes com dentes e língua com língua. O fôlego não teve vez entre nós dois. O calor estava irradiando meu corpo.

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⏰ Last updated: Sep 13, 2023 ⏰

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Crias do AlemãoWhere stories live. Discover now