Prólogo

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JENNY MILLER

Desperto sentindo a claridade do sol bater contra meu rosto me fazendo abrir meus olhos lentamente, me levantando e tiro a minha chupeta da boca a deixando no potinho, e ando em direção ao banheiro.

Essa já é a quarta universidade que eu entro esse ano, estou tão cansada de viver me mudando.

Saio do banheiro já vestida, pego minha mochila e vou para a cozinha tomar meu café.

Me sento na mesa me servindo mesmo não querendo comer aquilo.

No mesmo momento, papai entra na cozinha.

— Bom dia filha. Dormiu bem?, Animada para seu primeiro dia na faculdade nova?.

— Bom dia pai, sim eu dormi bem, e não, não estou animada. — digo comendo uma uva e faço uma careta, queria está comendo chips de batatas.

Ele me olha e respira fundo.

— Eu sei que não está sendo fácil, mas nós vamos conseguir, okay?.

Assinto mesmo sabendo que nunca vou superar a morte dela. pego minha bolsa e me levanto.

— Não quer, que eu a leve?.

— Não. Irei andando mesmo... — digo e ele se levanta deixando um beijo rápido em minha cabeça.

Je t'aime ma princesse — diz nosso "te amo" e sorrio.

je t'aime aussi papa — digo e saio de casa.

je t'aime aussi maman — digo olhando para o céu e beijo meu colar.

Entro na universidade e todo mundo me olha, uma coisa que eu não gosto é chamar atenção, vou para sala da direção para pegar a chave do meu quarto. 

Eu espero não ter que dividir meu quarto com uma pessoa que não tome meu espaço pessoal.

Mas tenho que fazer amigos como papai disse "filha você tem que fazer amizades, sair, se divertir", mas como irei fazer amigos se a gente se muda a cada um ou dois meses?.

Mas uma coisa que eu sei, é que eu vou dormir poucas vezes aqui, eu prefiro ter o meu conforto em casa.

Todo mundo já estava entrando nas suas específicas salas, e logo eu acho minha sala e entro.

Me sento em qualquer cadeira e espero o professor entrar na sala, quando entra um menino e se senta do meu lado.

Ele parecia nervoso com alguma coisa.

— Olá — ele diz tão baixo que eu quase não escutei direito.

— Oi — digo abaixando a cabeça.

— Você é nova por aqui né?, nunca tinha te visto antes.

— Sou sim.

— Você não gosta de falar muito, entendi — Ele estende a mão para mim.

— Prazer, Issac — diz e espera que eu aperte a sua mão suspiro incomodada e a aperto.

— Jenny — me apresento em um murmúrio.

— Jenny, seu nome é diferente você é daqui?

Ele pergunta e quando vou responder, vejo um professor barbudo entrando na sala.

— Ah, olha o professor entrou — digo mudando de assunto, e o professor olha pra mim.

— Olha vejo que temos uma carinha nova por aqui. — diz me olhando, como todo mundo me fazendo encolher.

— Deseja se apresentar senhorita?

Balanço a cabeça em negação e vejo o Issac franzir o cenho.

— Okay então, vamos começar a aula.

• • •

Depois de mais três aulas o intervalo chegou.

Vou em direção à lanchonete que tem no campus para comprar o meu tão desejado chips de batata. O compro e vou para debaixo de uma árvore.

Me sento e começo a comer a minha batata. 

Fico observando as pessoas, tem algumas lendo outras comendo alguns conversando

Fico às olhando quando meus olhos caem em uma pessoa ou melhor uma garota.

Ela tem cabelos pretos ondulados, tem a pele morena e curvas maravilhosas. Uma Deusa.

— O nome dela é Perséfone — Issac diz se sentando ao meu lado.

Perséfone, nome de uma Deusa.

Combina com ela.

Olho para o lado dela e vejo ela conversando com uma menina.

— Quem é aquela que está do lado dela?

Aponto com o queixo discretamente.

— Aquela é a Alisson, mas não se preocupe, elas são amigas.

— E porque eu iria me preocupar? — digo olhando.

— Quando cheguei você estava quase babando. — ele diz e eu revirei os olhos voltando a olhar para frente.

Quando meus olhos caem nela novamente.

Ele está me olhando e fico encarando também. Só que ela vira o olhar e sai andando e sua amiga vai junto.

-— Perséfone, acho que ela também gosta de garotas, nunca a vi pegando nem um menino, ela é tipo a badgirl da faculdade.

-— Como você sabe, já tentou ficar com ela? E como você sabe que sou lesbica?

— Não sabia só deduzir você não parava de olhar para ela ou você era bi ou lesbica. E não, eu não tentei ficar com ela, sou gay. 

Ele fala olhando para um lugar, ou pessoa, sigo seu olhar e vejo ele olhando para um menino de óculos, lendo.

— Quem está babando agora é você.

Digo e ele balança a cabeça.

— Não estou não.

— Okay. — digo com um mínimo sorriso.

• • • 

PERSÉFONE SCOTT 

Me pego olhando para a novata mais uma vez.

— Vai ficar com ela? — Alisson pergunta.

— Não sei, nem sei se ela gosta de garotas.

— Ah Perséfone! você falando isso pra mim, logo pra mim.

Nós rimos juntas.

— Ela parece muito certinha.

— Vai me dizer que não gosta das "santas"?.

Volto a olhar pra ela e mordo os lábios, ela tem cabelos ondulados marrons tem curvas maravilhosas que está me dando água na boca, e tem uma bundinha arrebitada que está me dando vontade de apertar.

— Meu Deus, você está parecendo uma tarada a olhando desse jeito.

◇◇◇

𝐌𝐘 𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋Where stories live. Discover now