• Capítulo 12

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Dante 🚬

Boa leitura 📚

— Acompanhantes de Valentina Ferreira – escutei o médico chamando e já me levantei, indo em passos rápidos até ele.

— Cadê minha mulher? E o meu filho, eles estão bem? – disparei, estava pouco me importando com os olhares de surpresa, diante de toda a minha preocupação.

Até eu estou surpreso com essa minha atitude, mas não posso deixar de me preocupar. A porra da minha mulher e do meu filho estão ali dentro... Sim, mulher independente se ela queira ou não, ela é minha de qualquer jeito.

Olhei para o maldito médico, que tinha uma expressão no rosto que não sei explicar, mas ali já imaginava que vinham más notícias.

— Fala, doutor, cadê minha amiga?

– Bom, a paciente estava à beira de um aborto – arregalei meus olhos, como assim aborto? Eu ia perder meu filho – Bom, pelas suas reações, venho a crer que não sabia que a gravidez dela é de risco, certo?

Que porra era essa? Como assim, gravidez em risco? Eu vou matar você, Valentina, me aguarde.

— Como assim de risco, doutor? – Yasmim perguntou, e ele limpou a garganta antes de continuar.

— A paciente tem Distúrbios autoimunes.

— Que porra é essa?

— Distúrbios autoimunes durante a gravidez podem representar um risco para a saúde da mãe e do bebê. Um exemplo é a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, que causa a formação fácil ou excessiva de coágulos sanguíneos. Essa condição pode levar a complicações como aborto espontâneo, natimorto, hipertensão arterial ou pré-eclâmpsia – ele deu uma pausa – então, recomendo que a deixem ficar em repouso absoluto, sem fazer muito esforço e, principalmente, nada de estresse – ele falou a última parte me encarando, seu maldito.

— Mas tem algum medicamento? – Yasmin perguntou.

— Corticosteróides: Esses medicamentos, como a prednisona, têm propriedades anti-inflamatórias e imunossupressores, ajudando a reduzir a atividade do sistema imunológico e controlar os sintomas. Vou passar a receita, ela tomando os remédios tudo direitinho e ficando em repouso o máximo, não iremos ter complicações durante a gravidez, certo? – insistimos.

– Podemos vê-la – disparei antes que ele saísse.

– Claro, está tudo bem agora. Conseguimos conter tudo antes que um aborto acontecesse. Ela e o bebê estão bem. Vou deixá-la em observação por hoje, amanhã poderá voltar para casa. Ela está no quarto 120 – falou e saiu.

— Pode ir vê-la primeiro, esperamos aqui fora, mas peço que tome cuidado com suas palavras, está me entendendo, Daniel? – fechei a cara, essa porra sabe que não gosto quando falam meu nome em público – vá e não a estresse.

Minha vontade mesmo era socar a cara dessa filha de uma puta, mas deixei quieto, indo em direção ao quarto onde ela estava.

Entrei sem bater na porta, encontrando-a deitada, com um fio do soro em seu braço esquerdo. A encarei e ela não percebeu minha presença ali. Cheguei perto da cama e sentei ao seu lado, fazendo o colchão afundar um pouco. Ela me olhou assustada.

– Por que você não contou que sua gravidez é de risco, Valentina? – ela me encarou por um instante, mas depois desviou o olhar – responde, caramba, e para de desviar o olhar enquanto falo com você.

– Pra quê essa preocupação toda? Você nem ao menos já chegou a me perguntar se estava tudo bem com meu filho(a) ou como eu estava me sentindo sobre tudo isso. Mas não, em vez disso, passou quase três semanas fora, me deixando sozinha naquela casa – ela disparou, falando e levantando o olhar para me encarar.

Porra, eu não posso nem rebater. Ela estava certa sobre tudo isso. Eu sou um completo filho da minha mãe por deixá-la sozinha. Eu sei que prometi cuidar deles, mas porra, tinha que entender meu lado. Eu nunca tive um motivo algum para agir diferente, não tinha motivos para sair de casa e não precisar me preocupar se vou voltar vivo ou não. Mas estava sendo um idiota, tendo uma pessoa foda me esperando em casa, que está gerando o meu mais puro amor, minha cria.

Depois de alguns momentos em silêncio da minha parte, ela desviou o olhar e encarou um ponto fixo no quarto. Levei minha mão até seu queixo, fazendo com que ela me olhasse.

— Desculpa, pow – falei, e ela me olhou surpresa. Nunca fui de pedir desculpas a ninguém, e lá estava eu, quase implorando perdão para essa fdp – Eu fui um babaca contigo, e sei disso, mas prometo para ti que a partir de hoje irei cuidar mais de vocês.

Ela não falou nada, e o caralho desse silêncio estava me deixando nervoso. Levei minhas duas mãos ao seu rosto e a beijei. Ela não se afastou, mas, ao contrário, retribuiu na mesma intensidade. Esse beijo, essa boca, porra, esse caralho é mais viciante do que cocaína. Ela é a porra de uma droga que me vicia todos os dias.

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A vai achei fofinho ele
Todo preocupado kk

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GRAVIDEZ INDESEJADA Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon