destinados a se amar

capitulo 3.

estava procurando um filme na netflix enquanto esperava meu irmão tomar o seu tão demorado banho, tá pra nascer alguém que demore tanto pra se arrumar igual meu irmão, é pior que mulher.

escuto o som da campainha soar por toda casa me fazendo revirar os olhos, não tinha mais ninguém além de mim para abrir a porta. me levanto do sofá contra minha vontade e vou e direção a porta abrindo a mesma, encaro o menino que esperava do outro lado da porta e rapidamente me recordo de quem é, o brutamonte que quase me derrubou na escada ontem e ainda foi super mal educado.

— oi? - sou a primeira a falar após alguns segundos de silêncio - tá fazendo oque aqui?

ele solta uma risada sinica e revira os olhos. eu em, que menino estranho.

— oque você tá fazendo aqui? - ele me pergunta passando seu olhar por todo meu corpo, com uma cara de deboche.

— eu moro aqui? - arqueio minhas sobrancelhas e me encosto na porta.

— vem falar com o endrick. - ele da de ombros passando por mim e entrando dentro de casa, que abusado.

reviro os olhos fechando a porta e me jogando no sofá novamente, que inclusive não deveria nem ter saído daqui e deixado aquele brutamonte lá fora.

— cadê ele? - o loiro pergunta escorado na para de sem tirar os olhos do celular.

— descobre.

vejo o mesmo revirar os olhos e dou de ombros voltando a procurar um filme na tv, odeio ser sem educação com as pessoas mas com esse menino, sinceramente? eu não ligava mesmo.

não posso negar que ele é um GATO mas, oque tem de gato tem de insuportável, então pra mim automaticamente ele era um feio. vejo meu irmão descer as escadas e ir de encontro com o garoto que ainda estava na mesma posição.

— eai, colombiano! - endrick comprimenta ele com um aperto de mão e um "abraço de mano". - chega mais, irmão.

meu irmão se senta ao meu lado e o loiro ao lado dele, os dois começaram a conversar sobre vários assuntos que eu não dava a mínima e eu finalmente havia achado um filme que chamou minha atenção, "para todos garotos que já amei" era o nome.

[...]

o filme já estava pela metade e meu irmão não parava de falar de como ele era chato e de como ele queria jogar um fifa. o amigo do endrick não falava nada apenas ria de vez em quando observando nossa discussão que não tinha fim.

paro de descurtir assim que ouço o barulho que o ps5 do meu irmão faz quando estava ligando, olho para o colombiano desacreditada quando vejo o mesmo com os controles em suas mãos escolhendo um jogo. endrick sorri travesso batendo na mão do seu amigo que também sorria igual criança quando faz arte.

— você pensa que é quem em, brutamonte? - pergunto claramente irritada.

— richard rios, por que? - ele sorri debochado sem tirar os olhos do jogo.

— vai se fuder, otario! - me levanto do sofá puta caminhando em direção a escada.

— vai dormir, menina. - ele da uma pausa e olho no relógio em seu pulso. - tá na hora de criança ir pra cama.

— vou pra cama com seu pai, arrombado. - mando o dedo para ele subindo as escadas.

— melissa!!! - meu irmão me repreende.

reviro meus olhos entrando no meu quarto e bato a porta, se eu pudesse esmurrava a cara dessa colombiano filha da puta.

já se passava das 21:30 da noite e eu ainda não havia comido nada, já estava estressada e ainda com fome, eu com certeza mataria alguém. desço para cozinha sem ao menos olhar para o sofá preto onde os meninos jogavam o jogo deles.

faço um pão com queijo rápido e gostoso, nunca tem erro! decido comer no meu quatro terminando de assistir meu filme que os dois otarios se entrometeram. tento passar por eles novamente sem ser percebida, mas lógico que isso é em vão já que meu irmão não podia ver ninguém com comida que parecia uma criança lombriguenta.

— qual foi maninha, lança um desse pra mim. - ele sorri de uma maneira, com cara de dó, oque não colocou logicamente.

sorrio ironicamente pra ele e logo fecho minha cara respondendo ele com um "não" e nem dando tempo para ele falar mais nada, sim, eu sou muito dramática mas estou no meu direto.