Dulce Maria e Christopher von Uckermann não tinham ideia de como seria suas vidas após a Soy Rebelde Tour, na realidade não imaginavam o que estavam botando em jogo quando aceitaram subir no palco com os outros integrantes e companheiros de banda.
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Uma semana se passou desde que assumimos para o mundo que estávamos juntos, e com isso, começou a perseguição por todos os lados. Paparazzi, fãs curiosos e jornalistas não davam trégua. Tivemos que trocar nossos carros com os nossos familiares, uma tentativa desesperada de despistar os mais insistentes e conseguir viver uma vida relativamente normal, ao menos por alguns momentos.
O caos afetou até a rotina da Mapi. Combinamos que, por segurança e tranquilidade, ela ficaria na casa da mãe da Dulce até o tumulto diminuir. A escola continuava sendo uma prioridade, mas os fotógrafos estavam sempre por perto, tentando capturar qualquer momento íntimo. Era angustiante, mas sabíamos que era temporário.
Em meio a tudo isso, conseguimos marcar uma reunião com o pessoal para finalmente definir o futuro do RBD. Era hora de colocar as cartas na mesa e decidir se estávamos prontos para dar mais um passo juntos, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. O RBD, afinal, foi o palco onde nosso amor renasceu, e nada parecia mais justo do que retribuir àqueles que sempre torceram por nós.
Any sugeriu que nos reuníssemos em sua casa, já que o Manu estava gripado e ela não queria se afastar dele. Todos concordamos, e, como sempre, a pontualidade imperava. Chegamos praticamente ao mesmo tempo.
Mai foi a primeira a entrar, com aquele sorriso contagiante e sua pequena Lia nos braços, a mais nova RBB. Christian, sempre prestativo, ajudava com as bolsas e trazia o bom humor de sempre. Eu e Dulce chegamos logo em seguida, de mãos dadas, como se cada encontro fosse um marco na nossa nova realidade.
A recepção da Any era, como de costume, impecável. Por mais que já tivéssemos passado por ali incontáveis vezes, dessa vez havia algo diferente. Talvez fosse a sensação de estar em uma nova fase da vida, com menos incertezas e mais segurança. Senti-me como o Christopher de dois anos atrás, mas agora muito mais confiante, tanto como artista quanto como homem.
— Que bom que todos conseguiram vir — Any nos cumprimentou com um sorriso caloroso, já segurando o Manu no colo. — Podemos nos organizar enquanto ele dorme um pouco.
— Parece que o universo conspira a favor hoje — Mai brincou, ajeitando Lia no colo. — Até as crianças estão colaborando!
Nos acomodamos na sala, com uma leveza que há muito não sentíamos. Era o primeiro encontro do grupo após todo o alvoroço das últimas semanas. O clima estava tranquilo, mas ao mesmo tempo carregava uma expectativa palpável. Sabíamos que essa reunião não era só sobre o futuro do RBD, mas também sobre nossas vidas pessoais e o impacto de tudo o que estava acontecendo.
Assim que nos acomodamos, Mai, que parecia empolgada, foi a primeira a falar:
— Então, estamos prontos para a segunda fase da turnê? Acho que ainda tem muitos fãs espalhados pelo mundo que estão esperando por nós.
Christian sorriu, sempre animado com essas discussões:
— Com certeza, Mai. E como sempre, vai ser uma loucura. Mas qual a lista de países que temos em mente dessa vez?
