Accidente Automovilistico

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Estávamos voltando da casa da Any tranquilamente quando o acidente aconteceu. Tudo parecia tão rápido e surreal. Eu não conseguia lembrar de onde aquele carro surgiu ou como colidiu com o nosso. A única coisa clara na minha mente, antes de tudo apagar, era a voz do Chris ao meu lado, insistente e cheia de desespero:

— Não se mexe. Vamos sair daqui, vou te ajudar.

Essas palavras ficaram ecoando na minha cabeça, repetidas vezes, até que meu corpo cedeu e me entreguei à inconsciência.

Quando voltei a mim, minha visão estava turva e a luz ao meu redor era quase insuportavelmente forte. Senti meu corpo sendo movido, mas tudo parecia distante, como se eu estivesse presa entre o sonho e a realidade. Havia vozes, mas elas pareciam vir de outro mundo, distantes e irreconhecíveis.

— A paciente se chama Dulce Maria Savíñon. Ela e seu companheiro foram atingidos por um motorista em alta velocidade — disse uma voz masculina, com um tom grave e profissional. — O motorista faleceu no local. O carro deles capotou, e o socorro foi chamado imediatamente por testemunhas.

O motorista está morto? E o Christopher? Meu coração disparou. Um pânico sufocante tomou conta de mim. Christopher está morto? Não, isso não pode ser verdade. Não pode ser.

Tentei mexer meu corpo, mas tudo estava dolorido. Minha mente estava nublada, e o medo de não saber o que havia acontecido com Chris me consumia.

— Vamos levá-la para a sala de avaliação. Precisamos verificar se há fraturas internas, mesmo que os sinais vitais estejam estáveis. Todo cuidado é pouco em casos assim. Precisamos colher sangue e fazer um ultrassom para verificar se algum órgão foi afetado. Levem-na para o Trauma 2, por favor.

Senti meu corpo sendo transportado em uma maca enquanto aquelas palavras reverberavam em minha mente. E o Chris? Onde ele está? Ele está bem? Cada pensamento era uma súplica silenciosa, uma busca desesperada por uma resposta que eu temia não estar pronta para ouvir.

Enquanto me moviam, tentei abrir os olhos por completo, forçando minha visão a focar, mas ainda era difícil. Ouvi passos apressados e o som de aparelhos médicos ao meu redor.

— Christopher... — murmurei, minha voz falhando enquanto o medo se espalhava por todo o meu ser. Eu precisava saber se ele estava vivo, precisava ouvir sua voz novamente.

A última coisa que vi antes de desmaiar novamente foi o teto branco e as luzes fluorescentes passando por cima de mim, enquanto uma enfermeira ajustava os aparelhos. A realidade do acidente começava a se infiltrar na minha mente, e a incerteza sobre o estado de Chris me fazia querer gritar, mas não havia forças para isso.

Tudo ficou escuro novamente.

A escuridão me envolveu como um cobertor pesado, sufocante. Era um vazio que me prendia, onde o medo e a incerteza cresciam. Eu tentava lutar contra a inconsciência, mas meu corpo se recusava a reagir. Cada segundo que passava parecia uma eternidade.

Pase Lo Que Pase - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora