Suas próteses metálicas vibravam como se tivessem recebido um choque violento. Aquele sorriso que ele sempre carregava desapareceu num instante de dor. Velma gritou, mas a cena parecia se desenrolar em câmera lenta. Grak caiu, seus braços mecânicos batendo no chão com um som seco. Morto.
Velma sentiu o chão fugir debaixo de seus pés. Brock, um dos amigos mais próximos de Grak, estava ao lado do corpo antes que qualquer um pudesse reagir. Ele olhou para Velma, tentando entender o que havia acabado de acontecer.
— Isso... isso não foi só um defeito — murmurou Brock, seus olhos se estreitando. Ele sempre foi o mais desconfiado do grupo, o primeiro a perceber quando algo estava errado. E agora, seu instinto gritava que havia algo profundamente errado ali.
— Ele estava bem... até isso acontecer — respondeu Velma, ainda em choque.
A culpa a consumia. Ela sabia que aquela máquina estava velha, sabia que não era segura, mas nunca imaginou que algo assim pudesse acontecer. Tentando suprimir o pânico, decidiu chamar um técnico imediatamente. Com pressa, usou um aplicativo de manutenção que escolhia o primeiro profissional disponível.
Quando o técnico chegou, mal olhou para o corpo de Grak. Ele era um homem magro, com olheiras profundas, como se não dormisse há dias.
— A máquina... parece que está com os circuitos corrompidos — disse ele sem emoção. Seus olhos evitavam os de Velma, enquanto mexia na máquina com pressa, como se quisesse terminar o trabalho o mais rápido possível.
Brock observava de perto, sua desconfiança aumentando a cada segundo. O comportamento do técnico parecia evasivo, e sua explicação, vaga demais.
— E isso seria suficiente para matar alguém? — Brock perguntou, a voz fria, mas carregada de desafio.
O técnico deu de ombros.
— Difícil de dizer. Essas máquinas antigas às vezes causam interferências... — Ele fez uma pausa, ajustando um fio com mãos trêmulas. — Mas deve estar tudo bem agora.
Velma não se sentia nada convencida. Algo no comportamento do técnico, na forma como ele lidava com o problema, parecia errado. Ela olhou para Brock, que a encarou de volta com um olhar firme.
— Não acho que foi um acidente — disse Brock. — Há algo mais por trás disso. E nós vamos descobrir o que é.
Nota do autor
Muito obrigado por acompanhar "O Caso do Fliperama Fatal" até aqui!
Espero que estejam curtindo o mistério e o clima da Cidade dos Dutos. Este é só o começo da jornada de Velma e Brock, e os segredos da Megadyne estão apenas começando a ser revelados...Deixe seus comentários sobre o que achou deste capítulo – adoro saber as teorias e impressões de vocês. 📜✨ E preparem-se, porque o próximo capítulo vai trazer novos desafios! Até lá!
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O Caso do Fliperama Fatal
Mystery / ThrillerNa Cidade dos Dutos, onde o neon ilumina sombras de segredos inconfessáveis, o fliperama do Refúgio do Aço era apenas um resquício de diversão. Mas quando Grak, um trabalhador modificado, morre ao usar a máquina, Velma e Brock mergulham em um mistér...