Fourth

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Um

Dois

Três

Os chutes de Ryan não causavam efeito nenhum na madeira que tinha uma aparência apodrecida, porem se provava muito forte aos golpes. Simmons um pouco frustrado pelas tentativas que fez sozinho convenceu o John a participar dos golpes e no segundo pontapé firme a porta foi ao chão, causando eco pelo lugar e fazendo alguns pássaros que antes estavam no telhado voarem.

O lugar estava limpo, sem nenhuma folha ou sujeira. Alguém havia passado por ali e limpado toda a bagunça da mãe natureza. Alyson fez questão de entrar primeiro, segurava firme sua pistola cromada 9mm. Varreu o pátio do lugar com os olhos. Vazio. Totalmente vazio.

— Ryan vai pro piso superior com o John. Vou dar olhada atrás daquela parede e em volta. — Ela ordenou e foi atendida pelos companheiros.

Andava com cautela vasculhando canto por canto. Atrás da parede estava vazio, toda aquela droga de galpão estava vazio. Ela queria gritar de frustração. Maldito assassino cruel!

Foi então que se deparou com uma porta enorme de ferro enferrujado. Empurrou fazendo o material praticamente gritar. Seus olhos brilharam ao avistar o Gran Torino verde musgo estacionado na sombra de duas arvores. Teria que ser uma pista!

Caminhou até o automóvel e abriu a porta do motorista correndo pra longe e se abaixando. Se alguem transformava um carrossel em uma visão horrenda, transformar um carro em uma bomba não seria tão complicado.

Nada de bomba. Ótimo. A detetive sentou-se no banco do motorista abrindo o porta luvas retirando de lá o documento do carro. O veiculo pertencia a Arthuro Videl, parecia intacto. Sem manchas de sangue, sinal de briga ou algum arranhão, perfeito, estava perfeito.

Olhou em baixo do tapete encontrando as chaves. Começou a desconfiar, estava fácil demais. Saindo do carro caminhou até o porta-malas e o abriu. Um estouro foi ouvido assustando Alyson, serpentinas coloridas, pequenas bexigas e confetes metálicos voaram no rosto da detetive. M-A-L-D-I-T-O-D-E-B-O-C-H-A-D-O. Aly passou as mãos na blusa de seda e na calça social tirando os papeis e logo voltou à atenção pro porta-malas. No meio dos papeis coloridos que restaram tudo que sobrou foi um baralho de verso vermelho quadriculado.

Juntando em um saco transparente Aly pegou as cartas com uma luva de látex. Mas uma vasculhada no carro e procuraria os companheiros. Entre um dos bancos achou uma bituca de cigarro, coletou a prova e caminhou de volta para o galpão. Era hora de encontrar os rapazes e voltarem para fazer as analises. Mandaria alguém buscar o Gran Torino e levar para o pátio do departamento, ainda tinha muito a ser estudado.

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Quase duas horas esperando o resultado de analise das amostras do baralho e da bituca. Ryan e John conversavam sobre a próxima festa do final de semana enquanto Aly analisava as fotos dos corpos tiradas pelo perito. Cath atravessou a porta da sala da detetive trajada no seu jaleco e segurando alguns envelopes e o saco com o baralho, atraindo a atenção dos demais companheiros que se sentaram para explicações do que havia sido encontrado.

—Sobre o baralho: Está limpo, sem nenhuma digital nada que possa incriminar, porém faltava uma carta. Cinco de ouros. — Catharina entregou a Ryan o baralho de verso quadriculado.

—Uma carta não é tão importante, não é?! — John perguntou um pouco confuso.

—Se a carta é encontrada entre as costelas de Francis, ela é importante. — A legista retirou do bolso do jaleco outro saco plástico transparente que mostrava a carta suja com sangue da vitima, mas ainda dava para ver o nipe e o numero. Estendeu para Ryan enquanto John fitava o objeto com uma expressão de nojo, nunca foi numero um no quesito sangue.

7 de CopasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora