21. Um natal cheio de adrenalina

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Taehyung estava desacordado há duas horas. O médico disse que a dor tinha sido demais para que ele aguentasse acordado, e assim que chegou ao hospital, trataram de sedá-lo imediatamente.

Aquela notícia perfurou o coração de Jimin como se fosse um tiro. A bala estava alojada.

O anzol estava cutucando suas costas de novo, e ele não achava que ia conseguir se livrar dele tão fácil.

Os pais de Tae viajavam para Daecheon e já deviam estar chegando. Sua mãe, a Sra. Park, tinha ficado em casa com Damon, pois ela ainda não tinha habilidade motora o suficiente para ficar muito tempo de pé - ou mesmo andando, então seu pai pediu que ela não se precipitasse.

Mas para Jimin, aquela frase ainda doía.

Por que precipitar? Taehyung, seu melhor amigo, estava gravemente ferido. Sua mãe o conhecia desde sempre. Não era nada precipitado, era consideração!

Yoongi, porém, não saía de seu lado. Ele não dizia nada, não se mexia muito, mal o olhava nos olhos por muito tempo. Mas todas essas coisas que ele não fazia, o Park sabia que ele queria fazer. Quando acontecia de se encararem, dava para notar a aflição do moreno e o quanto estava tenso.   E era o suficiente.

O Sr. Park, por outro lado, estava mais nervoso do que preocupado. A quantidade de vezes em que ele culpou Tae por andar com Draco tarde da noite fazia o rosa querer vomitar. 

- Para de chorar, filho. Ele vai ficar bem, ele só caiu.

Yoongi levantou a cabeça. Seus olhos semi-cerrados encararam o Sr. Park diretamente, negros como a noite, frios como geleiras, ameaçadores como se fossem disparar laser. Jimin engoliu o choro, pousando a mão na coxa do rapaz discretamente, olhando em seus olhos, procurando pelo Yoongi de antes, que estava o passando segurança. Ninguém precisava de desentendimentos agora, muito menos entre duas pessoas que ele gostava.

Sob o olhar repentinamente mais afetuoso do moreno, Jimin ruía.

Taehyung era o seu forte, a sua muralha. Jimin não era forte por si só, e ver a sua força reduzida a um mero corpo desacordado destruía suas esperanças. Ninguém disse que Tae ia morrer, mas a perna dele estava claramente muito ruim, ao ponto da pele ter cedido, do osso ter saltado e quebrado, e de Taehyung ter ficado tão assustado que seus olhos pareciam prestes a cair do rosto.

Eles se conheciam desde pequenos. Não havia um dia de tristeza na vida daquele garoto, e o rosa tinha se acostumado com o Tae invencível, o Tae inabalável. Vê-lo machucado o drenava. Lembrar do quanto ele chorou de desespero partia seu cérebro em mil pedaços inúteis, porque o rosa logo se lembrava do quão impotente ficou na hora. Não havia nada que pudesse fazer pelo seu amigo de vida.

De uma coisa, o baixinho tinha absoluta certeza. Se fosse ele pisoteado por um cavalo, Taehyung moveria o céu e a terra para não fazê-lo sofrer.

Pantera ▫ pjm+mygWhere stories live. Discover now