A MULHER QUE DESEJAVA FICAR SÓ!

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                                                                                          DEPOIMENTOS

DO INFERNO QUE EU VIVI?

HOUVE MOMENTOS DE PARAISO NA BIBLIOTECA

QUANDO TORNEI ME AMANTE.

QUANDO ELE APARECEU!

A primeira vez que ele apareceu, eu já era casada. Eu estava no mezanino da Biblioteca quando escutei uma voz me chamando" Senhorita Maria Isabel ". Vim descendo a escada do mezanino. Vi que era um senhor alto. Perguntei o que desejava. Quem havia autorizado a entrada dele? Tranquilamente me respondeu que eu o havia chamado. Disse que devia estar havendo alguma confusão. Ele disse que não. Mostrou-me um livro. Para minha surpresa tinha a minha foto. O título era a mulher que desejava ficar só! Eu estranhei e disse que brincadeira de mau gosto era aquela? Eu era uma mulher casada.

Casada e muito infeliz! – Retrucou ele.  Ameacei sair e disse que ele estava sendo impertinente! Ele olhou me firmemente nos olhos e disse que não tinha muito tempo a perder e que eu fosse objetiva. Disse que não tinha por que ser objetiva. Que estava ali em um sábado agilizando o meu trabalho. Que eu era bibliotecária da Instituição e que levaria isso ao meu superior. Ele disse que meu superior era um velho e não poderia dar o que eu precisava. Pedi que fosse mais claro, porque a conversa estava tomando uma direção desconhecida. Ele disse que eu conhecia a direção melhor que ele. Perguntou se eu gostaria de ver o livro. Respondi categoricamente que sim, afinal era um documento , ou talvez uma brincadeira de mau gosto com minha foto e meu nome. Com firmeza, ele apontou uma mesa e pegou pelo meu braço, de certa forma me puxando para que lesse o livro. Achei meio abusivo!

Sentamos e comecei a folhear. Na prmeira página o título.

Ela precisa de sexo! Fiquei estarrecida. Mas que loucura é essa? Eu sou uma mulher casada. Quem lhe deu esta liberdade de brincar com o meu nome. Ele respondeu tranquilamente – Você!

Eu estava ficando sem fala e ruborizada. Ela é infeliz, ela nunca teve um amante. Vive as suas fantasias por meio de uma amiga pornográfica! Teve uma criação puritana. O marido é um babaca que gosta muito de bola, cerveja, mas não entende nada de mulher! Ela precisa de amor, mas deve receber sexo imediatamente.

Levantei-me indignada! O senhor é um canalha. Uma pessoa que vive brincando a vida das pessoas. O senhor pretende o que? Me difamar? Arruinar minha vida, meu casamento. Alguém da família fez-lhe mal? Comecei a chorar. Não conseguia mais controlar as minha emoções.

_ A senhora está sendo infantil. A senhora me chamou para relatar a sua vida. Estou aqui paciente. Ou passa por sua cabeça que eu tenha algum interesse na sua pessoa? Sim porque a ideia de uma chantagem, de uma vingança é totalmente descabida! A senhor por favor, melhore o nível de suas leituras!

O semblante dele passava uma indignação. Eu estava completamente sem entender nada. Aquele homem invadia a minha área de trabalho, com um livro onde havia a minha foto e com dizeres ofensivos a minha pessoa. Veio-me então a cabeça que ele podia estar sendo mandado por alguém. Minha cabeça pensou, pensou rápido e levantei os olhos para ele bem firme e disse com uma voz absolutamente segura, que eu não sabia de onde havia vindo. Acho da indignação.

- Foi meu esposo que pagou ao senhor para fazer esta palhaçda. Quando ele lhe pagou. Deve haver dinheiro do meu salário envolvido nisso! Ele me olhou cm absoluto desprezo.

- Não me tome por seu marido ou pela sua pessoa eu vm aqui porque a senhora me chamou. Se desitiu do seu projeto, da sua ideia, é porque é uma covarde. Leua penas a primeira página e já fiocou chocada. Pobre frigida puritana!

Percebi que eu tinha que mudar de tática. Ele iria embora sem eu ver as outras páginas. Se a primeira já falava escancaradamente de sexo A segunda eu já estaria na fogueira ou apedrejada em praça pública. Como uma mulher destemida, olhei bem para ele , como se fosse uma naja do deserto!

- Não tenho medo! Quero ver a obra toda! Ele aproximou-se de mim e disse tranquilamente, sem alterar um músculo da face, seguro demais para o meu gosto.

- Pelo seu comportamento verá apenas a segunda página. Não verá mais nenhuma! Nunca mais chame a minha pessoa para atende-la. Não atendo pessoas inseguras, medíocres e com falso pudores. Jogou o livro na minha mão.

- Veja apenas a segunda página! Mais nenhuma!

Quando abri o meu coração saiu pela boca. Era muita sem-vergonhice demais. Eu sou uma mulher honesta. Eu vou sumir com este livro. Dito isso sai correndo pela biblioteca. Tentei rasgar as folhas, mas era de acetato, um plástico quase metalizado. Escondi me atrás de uma mesa e ele foi em outra direção . Eu tinha que dar um jeito.

Caso fosse fumante teria um isqueiro, nem que tocasse fogo na biblioteca inteira. Aquele livro não podia cair nas mãos de ninguém. Ele começou a me seguir pelos corredores da estante. Parecia uma brincadeira de gato e errado. Ele , calmo, dava umas passadas. De repente sumiu.

Pensei não está na porta. Levantei-me para correr e ele surgiu do nada. Segurou meu braço. Disse eu tenho mais cópias, mas essa é minha. Devolva por favor Senhorita.

- Sou uma mulher casada! Uma senhora. Exijo respeito! Tome o seu livro.

Quando ele ia pôr as mãos, o medo me deu forças, consegui me desvencilhar dele e subi a escada do mezanino correndo. Ele foi atrás de mim. Dessa vez ficou irritado. Falsamente irritado. Na verdade estava gozando da minha cara.

Agora a corrida era na parte superior do piso. Quando fui dar o golpe de mestre com uma corrida de Olimpiada, um tiro rápido de 100 metros escorreguei no piso liso e cai no chão. Ele que veio na intenção de me proteger caiu sobre mim. O livro caiu aberto na terceira página e eu desmaiei.

Quando acordei ele estava ao meu lado, gentil, com um copo de água. Perguntei o que ele pretendia comigo. Tranquilamente ele disse nada. Pela primeira ve eu via um homem mais bonito que o meu tio Juliano. Perguntei quem havia me colocado no banco . Respondeu que foi ele. Pediu autorização para examinar o meu pé. Diss e que sim. Ele parecia conhecer o meu corpo todo;

- Não foi nada. Apenas um susto. Levante-se e veja se pode andar normalmente. Levantei apoiando-me nele. Era bastante perfumado. Procurei ser o menos oferecida possível , não deixando que o meu corpo encostasse no dele e assim descemos o mezanino.

Embaixo agradeci e perguntei se ele gostaria de vender o livro. Ele disse que não poderia vender algo que não é dele? Perguntei então de quem era?

Tranquilamente ele respondeu – Seu!

Olhei o bem desconfiada e disse fingindo calma.

- Ótimo. Uma vez que é meu, pretendo ficar com ele para uns ajustes. Vi que está faltando acentuações.

Ele sorriu, O livro é seu depois de terminado. Falando isso puxou das minhas mãos. Acrescentando - Por enquanto é do universo.

Fiquei apavorada. Eu vendo já está transfigurada com as ilustrações, algumas palavras do texto. Já pensou o universo todo com a obra. Perguntei já disposta a dar um cheque m branco ao vigarista.

- Eu encomendei também com ilustrações?

Ele sorriu e disse com umleve sorriso cinico....

- Não! As ilustrações são um presente para ficar mais atraente a leitura.

Desmaiei novamente.

                                                 Fim do capitulo  01

A MULHER QUE DESEJAVA FICAR SÓ!Where stories live. Discover now