A jovem loira de olhos azuis, Historia Reiss, continuava ainda em sua carruagem junto com os ex-colegas Armin Arlet, Jean e Eren Yeager, a carruagem saía de seu orfanato em Trost para a direção de seu palácio na muralha Sina. Historia que antes se perdia em pensamentos sobre o fato da mesma não poder sair do palácio no momento, agora se perdia nos pensamentos refletindo no que o rapaz de olhos verdes, Eren, com sua voz suave havia então falado com tanta convicção algo que ela não esperava. - "Protegeremos você."
"O Sr. Triste de Trost tem razão." — Soltou Jean na direção de Historia fazendo ela sair de sua reflexão mais uma vez. — "Além do mais, você já fez parte da Tropa de Exploração uma vez, certo? Então obviamente devem deixar você vir conosco." — Jean disse antes de olhar para Armin e questioná-lo. — "O que você acha, Armin?" — Armin colocou sua mão no queixo e pensou por alguns segundos. — "Acho que deve haver um jeito deles permitirem, se falarmos que talvez exista algo que a Rainha necessita ver ou algo do tipo, pode ser que teremos sucesso, apenas uma teoria." — Argumentava Armin com uma espécie de tese. — "Desse jeito parece que vocês estão fazendo um plano para sequestrar a sua Rainha." — Dizia Historia em um ar de brincadeira antes de cair em gargalhadas com Armin e Jean.
"E como estão Connie, Sasha e Mikasa?" — Perguntava Historia encarando os três rapazes de pouco em pouco. — "Estão bem na medida do possível eu creio. Sasha e Connie estão como sempre, atentando um ao outro por aí." — Respondia Jean com um leve sorriso se lembrando de seus amigos. — "Sobre Mikasa, se eu me lembro bem..." — Armin havia começado a responder em seguida de Jean. — "Ela está fazendo alguns testes com Hanji e capitão Levi agora, algo sobre um possível equipamento de movimento novo. Talvez seja possível se locomover melhor mesmo usando diversas 'Lanças do Trovão', e como a Mikasa é a mais forte de todos nós, Hanji chamou ela." — Armin então terminava de falar.
"Mikasa é realmente forte!" — Falava Historia totalmente impressionada. — "ELA É SUPER FORTE!" — Exclamou Jean com convicção, foi tanta convicção que quase poderia ouvir-se um eco dentro da carruagem. Historia lembrou-se de como o ex-colega gostava da Mikasa e até hoje ainda é possível perceber isso já que Jean sempre contém um brilho nos olhos quando começa a falar dela. Os mesmos brilhos nos olhos que ele contém agora. Historia não poderia deixar de achar aquilo completamente fofo.
Porém, isso era uma questão complicada caso ela fosse pensar mais profundamente nesses sentimentos do Jean, pois ela — Historia — sabia também que Mikasa no momento se enche de sentimentos por Eren. Sentimentos que vem desde infância, ela acreditava, então com certeza, para Mikasa isso seja algo completamente forte. No entanto, Eren não me parece corresponder a esses sentimentos, ou talvez ele mesmo não saiba ou não tenha percebido que sua amiga de infância o ama. História pensava sobre isso e tinha dúvidas. Será que é mesmo possível que ele não teria percebido? Ou talvez seguindo essa cadeia de sentimentos que uma pessoa tem por outra e que corresponde pela outra, será que no fundo Eren pode estar gostando de alguém? Foi o que Historia pensou, porém deixou isso de lado quando se lembrou de todo o retorno da Tropa as Muralhas após Shiganshina e o choque sobre a revelação do mundo, o choque sobre a revelação dos titãs. 13 anos. "A maldição de Ymir." Historia começou a se sentir completamente triste. "Eren com certeza não tem tempo e nem o por quê de pensar nesse tipo de coisa." Historia pensou. "É impossível!" Ela concluiu.
"Chegamos sua Alteza!" — Uma voz veio de fora dacarruagem. O Policial Militar que dirigia os quatros para o Palácio em Sinaanunciava a chegada ao mesmo.
Historia se deslocou de seus pensamentos mais uma vez e se assustou ao nem perceber como a viagem havia sido rápida. Conversar com seus antigos colegas realmente fez o tempo dela passar rapidamente. Já que, desde sua coroação, para ela sua vida se remete há apenas se manter dentro do Palácio Real cuidando de documentos e assinaturas de alguns soldados e o pessoal de classificação mais alta do governo. Fora isso, ela não se pode dar ao luxo nem de sair na rua sozinha, tudo é feito na base de guarda-costas e atendentes. Ela entende que isso é totalmente necessário mas ainda sim ela não pode deixar de se sentir presa.
"Ah, a conversa estava tão boa!" — Dizia Jean com uma expressão de completo tacho. — "Concordo, eu mal tinha visto o tempo passar." — Armin dizia em seguinte. — "É..." — Eren soltou sua pequena quase nem visível opinião sobre. Historia então sorriu para os três e com uma expressão mais pra cima, decidiu então argumentar. — "Vocês sempre podem vim me visitar, ou ir ao orfanato se quiserem, por mim eu iria há Trost todos os dias, mas também não posso..." — Dizia Historia. Ela havia dado uma pausa pra olhar pra baixo, ainda pensando na indignação de estar presa, porém ela levantou os olhos encarando os três e completou — "Mas eu fico muito feliz que vocês vieram aqui me ver, foi muito bom poder ver vocês mais uma vez e também eu agradeço por conversarem comigo, o tempo passou tão rápido e eu me senti muito bem, só agora a pouco eu ri diversas vezes, graças a vocês!" — Historia falava com um sorriso gentil e completamente honesto no rosto.
"É uma honra servir a sua majestade!" — Ousou dizer Jean atentadamente. — "Não comecem..." — Antes de Historia poder pensar em algo pra terminar sua frase, ela então escutou um — "Não incomode vossa majestade!" — Eren havia respondido também debochando do fato de Historia não gostar quando a chamam assim. — "ATÉ VOCÊ, EREN?!" —Historia quase ousou a exclamar em tom alto, mas sua voz era completamente suave pra algo assim. O fato era que ela estava surpresa pelo Eren ter dito isso, e então enquanto ela o encarava, ela percebeu que, ele — Eren — a encarava também mais uma vez, porém de frente, abertamente, com um pequeno sorriso no rosto, sem estar cerrado dessa vez.
Ao ver aquele rosto tão iluminado por causa do Sol da janela e com um sorriso tão simples, porém, ao mesmo tempo aconchegante em sua direção, observando aqueles profundos olhos verdes fitando seu completo rosto, Historia não pode deixar de se sentir meio acanhada e agora em sua vez, sua chance de dar um sorriso completamente serrado e tímido.
Eren então se levantou, agora ele e Historia estavam de pé na carruagem. Eren então olhou para Jean e em seguida para Armin — "Devemos ir, eu acredito." — Dizia Eren. Armin então também se levantou — "Sim, por favor! Antes que alguém nos veja e dê problemas não só para nós como também para a Historia." — Armin parecia meio assustado enquanto argumentava. — "Já falei pra relaxar Armin, eu já não disse antes? A ideia foi do Eren." — Dizia Jean após também levantar-se.
"Jean, pare de jogar a culpa no Eren." — Com todos já de pé na carruagem, Historia então soltou em direção ao Jean. Apesar de saber que era apenas uma brincadeira de provocação entre eles, Historia assentiu que o Eren com certeza estava passando por diversas coisas, e não é legal quando o ficam incomodando, mesmo que seja brincadeira, ela decidiu fazer uma defesa ao seu antigo colega que um dia ela já passou com o mesmo tamanhas coisas.
"Hum? Não é bem jogar a culpa, Historia! É a verdade." — Respondeu Jean. E em um tom de surpresa e dúvida Historia só conseguiu realizar uma cara de curiosidade enquanto encarava seu ex colega. — "A ideia de irmos até o orfanato foi totalmente do Eren." — Terminou Jean. — "Hã?" — Historia não conseguiu deixar de soltar uma expressão, porém um pouco mais alta do que ela imaginava que soltaria.
'Foi Idea do Eren'?, ela pensou. Ela com certeza estava completamente surpresa, ela realmente achava que talvez fosse ideia do Jean e do Armin, ou talvez apenas um deles de irem ao orfanato para encontrarem a Rainha e então arrastaram o Eren junto com eles. Porém, não, 'a ideia foi totalmente do Eren'? Ela se questionava. Eren Yeager, "a ultima esperança da humanidade", título dado pelo antigo comandante Erwin Smith. Historia não conseguia esconder a sua cara de surpresa.
Então a olhar na direção do Eren que já havia aberto a porta da carruagem para sair, ela então olhou completamente para o seu rosto que estava de lado, completamente de lado, pois o mesmo caminhava em direção a saída da carruagem. Foi como se o tempo passasse devagar naquele momento, o vento que vinha de fora da carruagem em confronto com o Eren, fazia todo o seu cabelo completamente volumoso balançar, sua franja balançava como se os fios dançassem entre sua testa em direção aos seus olhos. Mesmo nesses poucos milésimos que o cabelo passava bloqueando seus olhos, foi possível ver em um flash a expressão que o Eren continha, na qual os olhos dele estavam firmes, diferente de antes quando o mesmo estava sentado. Além dos olhos completamente concentrados, algo que ela não esqueceria nesses segundos que se passavam em câmera lenta. Após Jean revelar que a ideia era do Eren, e História ter soldado uma expressão de surpresa alta, a Rainha não pode deixar de perceber o sorriso misterioso que o Eren estaria fazendo enquanto saía. Tal sorriso que deixou ela completamente em um mar de dúvidas. Mar, um oceano profundo de dúvidas, assim como a cor de seus olhos que se mantinham brilhando ao vivenciar essa cena.
E então ao voltar a realidade, Jean e Armin se despediram de Historia e saíram da carruagem também, apenas deixando a mesma. E com isso caminharam em direção a saída do Palácio Real. O portão qual onde se mantinha alguns guardas e o Eren completamente esperando encostado em um muro. Ela olhou mais uma vez para o Eren e se perguntou — "Por quê?" — Porém, sem ter muito tempo para se perder em seus monólogos dessa vez, pois no mesmo estante escutou alguém a chamar!
"Majestade!" — Um dos guarda-costas reais com semblante da Polícia Militar chamava Historia, após se aproximar e se curvar perante sua presença, ele continuou. — "Até agora estivermos preocupados, sua alteza já deveria ter chegado há tempos." — Dizia o guarda com uma cara de susto, porém também de alívio ao mesmo tempo. — "Está tudo bem! Não se preocupe!" — Dizia a Rainha em um tom calmo. — "Eu só pedi para que viéssemos mais devagar para eu poder aproveitar a viagem, eu só posso ficar dentro desse lugar, então gostaria de poder ver mais o mundo aqui fora." — Terminava a Rainha de dizer.
O guarda então se pronunciou em resposta — "Eu entendo sua Alteza, mas ainda sim, é necessário cuidado, nunca se sabe se alguém possa atacar a carruagem e decidir cometer um atentado ou algo do tipo." — "Está tudo bem! As muralhas estão em tempos de paz agora, nada de ruim vai acontecer." — Dizia Historia após começar a caminhar em direção ao seu quarto no último andar. — "Majestade mesmo assim—" o guarda suplicava antes de ser interrompido. — "Eu só quero um pouco de paz!" — Exclamou Historia de forma curta e afiada sem nem mesmo olhar para trás. — "Estarei em meus aposentos!" — Após isso, permaneceu calada e continuou caminhando em direção as escadas.
Após caminhar no Hall em direção ao seu quarto, a Rainha abriu a porta de seu quarto e entrou. Assim, se trancando e indo em direção a cama para então se deitar. Ela não conseguia deixar se abominar com o fato que ela era uma pessoa que realmente necessitava de guardas e vigilância agora. Pois de fato, ser uma pessoa importante ao ponto de seu maior papel é apenas se manter viva, isso é tão grande que pode ser completamente frustrante em qualquer perspectiva. Obviamente ela se lembra de tudo, desde o grande golpe, ela decidiu que faria esse papel e ela não se arrepende de sua escolha. Porém, obviamente, como uma garota de 16 anos no momento, ela não poderia deixar-se de não poder se sentir a vontade para poder pelo menos respirar um pouco sozinha.
Ela se lembra das palavras da sua antiga amiga, e até então garota que ela começou a ter sentimentos há um ano, uma jovem que infelizmente recebeu um nome forte demais pra sua própria existência, e decidiu devolver o que ela havia roubado uma vez. Essa sua amiga, no entanto, pediu que Historia tivesse uma vida na qual ela teria orgulho. Pois assim, isso faria ela perceber como ela tem muito mais a oferecer do que imagina.
Em homenagem a sua amiga, essa primeira pessoa que realmente começou a gostar dela, e que Historia também realizou que havia começado a gostar da mesma, em sua homenagem, decidiu arcar com a procura desse orgulho, de fazer as coisas que pertencem a ela por direito. Historia decidiu enfrentar seu pai, decidiu usar seu real nome, e tomar seu trono por direito, para que, mesmo que sua amiga tenha falecido, de longe ela poderá notar como essa Historia Reiss cresceu e agora pretende cada vez tornar-se mais forte.
Não ter nenhum arrependimento e seguir em frente, isso é o que essa Historia Reiss mais deseja, por mais que seja difícil, ela sabe que não pode desistir sobre isso. Jamais!
Contínua!