Assassina

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 Bom, se você está lendo isso, talvez você tenha sobrevivido a noite do dia em que leu a história anterior. Ou talvez não tenha dormido ainda... Que ousadia sua estar lendo essa história então, porque está até vai te lembrar um pouco a anterior, mas não se iluda, são absolutamente distantes...

Por que, então, dessa vez nós não começamos de onde a história fica mais legal?

Os pais de Kara e Joah saiam da sala com uma expressão familiar. Pareciam estar com uma preocupação comum. A médica tinha prescrito um remédio um pouco mais forte daquela vez, e a mãe das meninas carregava a receita consigo com uma cautela incomparáveis.

Kara tinha 10 anos e Joah 8. Com essa diferença tão pequena de idade era de se esperar que as irmãs fossem muito próximas. Brincavam o dia todo sem parar. E enquanto seus pais se preocupavam com remédios, as duas não conheciam a palavra "preocupação". Como crianças normalmente são...

A família morava num bairro nobre de São Francisco, California. Tinham de fato uma vida boa e uma condição financeira bem estável, mas como nada pode ser perfeito, a família vivia sob a vigilância de seguranças particulares.

Sua casa sempre estava em risco pois havia um maníaco Serial Killer que os perseguia.

Obviamente a polícia havia sido acionada após algumas movimentações estranhas no quintal dos fundos e até mesmo dentro da casa. Tiraram, então, por conta disso, que alguém estava os observando e ameaçada sua integridade. E já que alguns meses antes, uma investigação policial tinha sido aberta procurando justamente um Serial Killer... A família recebeu informações da própria polícia que eles encaixavam no padrão das vítimas.

Família loura, quatro membros, meninas pequenas...

Enfim, tinham motivos e provas para se preocupar.

Kara, filha mais velha, era muito cuidadosa com sua irmã casula. Estava disposta a qualquer coisa para proteger a sua irmã, tal como seus pai por elas duas. Lembro-me do dia das primeiras manifestações na casa, como Kara corria pro quarto Joah, pálida, tremando... Tal como seus pais que corriam até elas.

Naqueles últimos tempos, cenas como aquela de correr para o quarto haviam se tornado rotina. E a situação tendia a piorar.

A mãe da família era cardíaca. Dá pra imaginar o plantão que os médicos não deveriam fazer, não é mesmo? Toda noite era um inferno, tomava seu remédio controlado e rezava para não ser acordada com um susto.

O pai tinha pouco menos de 40 anos. Era advogado, por isso tinha certa facilidade com segurança privada e ativação da polícia.

Houve uma vez que o pai da família foi designado para defender um assassino que era claramente perturbado psicologicamente. O assassino foi preso, em uma cadeia comum. Conseguiu fugir depois de alguns meses, e tanto a família quanto a polícia suspeitavam que a fuga do prisioneiro e os eventos nas vidas deles poderiam estar relacionados.

Não que esta seja história mais fácil de explicar... Acho melhor irmos direto ao clímax para facilitar.

Foi numa noite de fim de verão. O tempo começava a esfriar, mas ainda se mantinha a umidade do ar. Chovia muito aquela noite, uma chuva típica de fim de verão.

Três quadras se encontravam sem luz. Algum problema caindo árvore eu acho... A família havia trancado todas as portas e janelas e acendido velas por toda a casa. Havia também uma luz de emergência na sala. Mas essa era toda a luz que tinham...

Era por volta da 22:00 horas quando o clima começou a ficar tenso. Kara levantará com um susto de sua cama que ficava ao lado da de sua irmã. A sacudiu sussurrando quase em gritos dizendo que havia alguém na casa.

Não Leia Essas Histórias Antes de DormirWhere stories live. Discover now