Máscaras Caídas

O Início de um Pesadelo

São Paulo, dia 14 de janeiro de 1973, sede da Folha Nacional.

Paulo, Félix e Felícia estavam trabalhando em seus escritórios a procura de coisas interessantes que poderiam se tornar artigos para o jornal. Haviam denúncias de brigas de rua, agressões, roubos e coisas relativamente comuns, nada que poderia gerar algo que prendesse o público. A maior vontade deles era de fazer um artigo mostrando os erros e crimes contra a humanidade que o governo militar estava cometendo, mas seriam incapacitados pela DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, então era algo que não valeria a pena tentar.

Enquanto olhavam fichas, atendiam telefones e recebiam FAX, o presidente da Folha Nacional, Olavo Freitas, os chamou para uma reunião. Os três foram até o elevador, se cumprimentando e aguardando mais um problema. Pablo e os irmãos já se conheciam de uma missão anterior, a qual rendeu baixas significativas, já que uma equipe de oito pessoas foi reduzida a três. Alguns membros sumiram, outros foram mortos e outros simplesmente desistiram, e no final só sobraram: Felícia Felicis, irmã gêmea de Félix, uma jovem de 22 anos com 1,70 de altura, pele clara, cabelos ruivos com uma franja que recai sobre sua testa e olhos cor hazel. Ela sempre está usando suas luvas pretas e seu sobretudo cinza com uma calça qualquer e suas botas. Tem um colar com uma metade de um gato preto que é completado pelo colar de seu irmão; Félix Felicis, irmão gêmeo de Felícia, um jovem de 22 anos com mais ou menos 1,80 de altura, pele clara, cabelos ruivos com o corte curto estiloso e de olhos cor hazel. Seu maxilar marcado e seus traços extremamente atraentes e refinados eram coisas que sempre facilitavam para a obtenção de informações. Amava usar um sobretudo marrom com uma camisa social complementada por uma gravata preta que combinava com seu cachecol de mesma cor. Usa um colar com a metade de um gato branco que é complementado por um colar que sua irmã usa; Por fim, temos Pablo Schneider, um jovem de 23 anos com 1,80 de altura, pele clara, cabelos e barba loiros com um corte parecido com o de Félix e de olhos azuis. Usa uma camisa social com uma gravata preta, e nada demais, sempre buscou ser o mais básico possível.

Enquanto o elevador subia até o andar do escritório de Olavo, os três exalavam tensão, tinham medo do que poderia acontecer a seguir. Será que teriam que se esforçar o máximo possível, perder colegas e amigos e se machucar para falharem novamente? Essa dúvida era pertinente na cabeça do trio. Não dirigiram uma única palavra entre eles, tendo como principal som do ambiente o silêncio ensurdecedor do medo. O elevador finalmente alcançou o último andar depois de vinte longos segundos. A porta do elevador se abre,revelando uma grande porta de madeira que guarda o escritório de Olavo Freitas, o presidente da Folha Nacional.

Ao abrirem a porta, se deparam com Olavo, um homem com 1,65 de altura, barrigudo, calvo com bigode de sargente grisalho e de pele preta vestindo um chique terno cinza conversando com um homem virado de costas para a porta de pele parda com 1,69 de altura e cabelo raspado preto que estava vestido com um terno preto elegante. A equipe reconheceu logo como Igor Abrão Fonseca, irmão do antigo colega de equipe deles Carlos Abrão Fonseca que foi dado como desaparecido.

- Bom, como eu ia lhe falando, Igor... - A voz grossa e com indícios de que ele fumava com frequência de Olavo cessou ao ver Pablo, Felícia e Félix entrando na sala e acenando para ele e o Igor - Ah, ótimo, chegaram mais rápido do que eu esperava. Bom, eu estava conversando com o amigo de vocês aqui sobre uma nova tarefa pra vocês...

- É sério que você vai mandar uma dessas de novo, Olavo? - Pablo fala, tomando a frente e se aproximando lentamente de seu chefe - Você quer que eu lembre o que aconteceu na última missão que nos deu? - a indignação de Pablo era perceptível até pelo jeito que ele se movimentava - Bom, vamos lá. O Alex foi morto em sua própria casa por suspeitas de investigar a DOI e a CODI, o Hilmo e o Carlos foram dado como desaparecidos, o Adamastor levou a porra de um tiro na cabeça! E olha que eu nem citei os que desistiram por medo de que acontecesse algo com suas famílias. - fala em um grito de ódio, batendo na mesa.