Capítulo 04

284 26 4
                                    


Maria: Está melhor?

Eu:  Não se preocupe. Se não se importa, gostaria de mexer no meu computador. 

Maria: O que está fazendo?

Eu:  Quero ficar sozinho, pode ser? 

José: Não, não pode. Preciso que venha na igreja me ajudar.

  Hoje é domingo. Não fui no culto pela manhã. Espero que meu pai  não me obrigue a participar do culto das 18 horas! Não tô afim.

Eu: Pai... Ajudar em quê? Estou ocupado!

José: O computador está com problemas, e não podemos ficar sem ele, é importante no nosso trabalho. Sei que você ama mexer com essas máquinas, e o seu velho pai não entende muito dessas coisas.  Então, vem, vamos.

Eu: Beleza.

  Fomos para a igreja. Enquanto eu olhava a bela máquina que não canso de admirar, ele estava tentando arrancar algo de mim; queria saber o que houve pra mim chegar bêbado e machucado.

Eu: Pai, não consigo concertar a bela máquina,  se não parar de me fazer perguntas. Eu sou um gênio, mas eu também preciso pensar. E como pensar sem silêncio?

  Ele foi para o escritório e pediu para avisar assim que terminasse.

Eu: Terminei.

José: Agora vamos conversar. O que houve? Eu te conheço bem, e sei que não é assim meu filho.

Eu: Desculpa pai. Mas, eu perdi a cabeça e briguei  com um cara... Só isso.

José: Você nunca foi assim. Sempre calmo, tranquilo...

Eu: Bobo. Todo mundo faz chacota de mim. As pessoas pensam que eu sou um alienígena fissurado em tecnologia. Eu sou um gênio e ninguém reconhece isso! Eu só quero contribuir com a sociedade. Por que ninguém me entende? Eu sou tranquilo, mas não sou bobo. Todo mundo quer tirar uma casquinha de mim, mas ninguém quer se aproximar de mim. Pai, eu amo o que eu faço. O que posso fazer se eu nasci um gênio? Não pedi a inteligência que tenho, mas eu sou assim e isso não deveria ser um problema. E, todos me vêem como um cara fraquinho, nerd e só... Sabe? Que só serve para ajudar com computadores e celulares... Mais nada!

  Olhei pra ele, e aparentava não estar entendendo o que eu falava. Como esperar que alguém me entenda?
  Eu penso o seguinte: um gênio só entende outro gênio.

Eu: Pai, preciso esfriar a cabeça. O computador está impecável e a impressora já está imprimindo os papeis do propósito... Vou indo.

         💛💛💛💛💛

  Avistei a Gabi. Tentei me desviar, mas ela veio até mim.

Gabriela: Luís? (estava chorando) o Leandro... Ele me bateu.

  Minha vontade? Era falar:
  "Mas, não é desse tipo de cara que você gosta? Um cara legal, respeitador e tranquilo como eu, você não quer, né?"

   Eu lhe dei um abraço. Não suporto covardia, principalmente quando se trata de homem que bate, abusa, desrespeita ou se aproveita dos sentimentos de uma mulher.

Eu: Você vai ficar bem, tenho que ir agora, qualquer coisa me liga. Ah, vai na delegacia e denúncia, se quiser vou  com você.

  Ela me agarrou e me deu um beijo. E que beijo!

Gabriela: Tchau Luís.

  Dias depois, fiquei sabendo que os dois estavam juntos de novo, e ela me beijou porque estava vendo o Leandro passando do outro lado da rua.

Eu:  Que raiva! Ela me usou! Os dois se merecem, e a Gabi não presta mesmo!

Fábio: Calma mano. Vamos dar o troco nesses dois... Ninguém mexe com um gênio e fica por isso mesmo.

Eu: E aí? Já pensou no que fazer?

Fábio: Deixa comigo moleque. Quem é o gênio aqui?

Eu: Sou eu, é claro.

Fabio: Eu tava falando de mim né, Luís.

Eu: OK. Vou concertar. Nós somos gênios, mas eu sou mais!

    

        Dias Depois

  

Leandro: Seus hackers de meia tigela. Vocês não prestam, seus imbecis. Pensaram que eu não iria descobrir que eram vocês? Vou processar vocês seus idiotas... (começamos a rir) estão rindo do quê?

Fábio: Tem como provar que fizemos algo contra você? Ahn? Tem? Seu metido a fortão.

Eu: Você não vai achar nada nosso aí... Pode conferir. Ah não, esqueci... Você não entende dessas coisas. (Falei irônico)

Leandro: Só pode ter sido vocês.

Eu: Não tem como provar. (Ele vinha em nossa direção). Se eu fosse você não ousaria dar mais nenhum passo. Não pise na área vermelha, tô avisando! 

Leandro: Ou o quê?

Eu: Criamos um sistema de segurança que vai além da sua compreensão, então não perderei meu tempo te explicando. O que posso dizer é: se afaste se não quiser morrer.

Leandro: Seus idiotas. Isso não vai ficar assim!

  Saiu com muita raiva.

Fábio: Mano, vamos instalar hoje o sistema de segurança na porta? Assim, ninguém entra sem a nossa permissão, e...

Eu: Se entrar, não vai conseguir ter acesso a nossa área de trabalho... Olha só a área vermelha. Haha.

Fábio: Você é um gênio.

Eu: Eu sei.



  Oi... O que está achando do nosso personagem? Deixe seu voto e comentário!

Esses meninos... 😂😂😂
😘😘😘

O Filho do Pastor, Livro 02 Where stories live. Discover now