Capítulo 15

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       Anos Antes

  Desde muito pequeno, minha mente é elétrica. Busco conhecimento constantemente.
  Aos cinco anos de idade,  me foi apresentado o computador e a tecnologia.  Fiquei encantado pelo poder dessa maquina. Uma coisa tinha dentro de mim: ela e eu seríamos inseparáveis.

   Aos seis anos de idade, fiz um pequeno robô de controle remoto. Guardo comigo até hoje.

  Lembro-me de uma vez, a professora escreveu um bilhete para a minha mãe. Entreguei.

Maria: O que você fez meu filho?

Eu: Ela me pediu pra te entregar.

  No dia seguinte, ela foi  falar com a professora. Estava curioso, quase não dormir à noite.

Professora: Dona Maria, eu te chamei aqui pra falar do comportamento do Luís.

Maria: Pode falar. É algo grave?

Professora: Não, claro que não. Pode ficar tranquila. Ele é um menino educado e obediente. (olhei pra minha mãe e um sorriso se formou em seu rosto). Ele é uma criança muito inteligente, se destacando em todas as atividades. Trouxemos  na nossa escola, um profissional que constatou a inteligência avançada dele.  (sorriu). Fazemos o melhor para o seu filho, mas, sugerimos  uma escola particular, com aulas avançadas para ele se desenvolver...

         ~Em Casa~

José: Não temos como colocar ele em uma escola particular.

Eu: Pai? (Interrompi a conversa) eu sei que não podem me colocar em uma escola particular. Eu sei que vocês mudam demais e também não temos condições. Mas, eu posso aprender muito sozinho. Só me dêem um computador. (Falei com convicção).

José: Computador? Você ainda é muito pequeno pra essas coisas. Vou pensar!

  Quando mostrei o robô que fiz, ele ficou surpreso e admirado. E resolveu me dar um notebook.
  Eles estabeleceram  horários; um profissional, colocou  um programa que não me permitia ver conteúdo inapropriado.  
  Rapidamente, e a cada dia aprendia mais... Me tornei um gênio. Em  campeonatos escolares, me destacava sempre. 

   Minha vida sempre foi tranquila.
Igreja, casa e escola. Escola, casa e igreja.
 
  Meu pai não tinha muito tempo, afinal, ficava o dia inteiro na igreja;  mas,  procurava saber como eu estava e brincava comigo.
  Me dou super bem com eles. Minha mãe me mima muito e após saber da minha super inteligência, ficou muito orgulhosa e acho que me estragou um pouco. 😅😁 

Eu dizia que queria fazer a diferença no mundo e na tecnologia; meu pai sempre me deu apoio.
Algumas pessoas, tinham expectativas a meu respeito com relação a fazer a obra, ser pastor, assim como o meu pai.
  Mas, eu já estava decidido pelo que queria, e com total apoio deles. E é isso o que importa!
 

Eu: Pai, pode falar. Não sou como outras crianças, que os adultos precisam  falar no nível delas e...

José: Você é extremamente inteligente pra sua idade, mas tem que ser criança. Tem que aproveitar a infância.

Eu: Estou aproveitando. Tenho o meu mega robô que obedece ao comando da minha voz...

José: Comando de voz? Não era por controle remoto?

Eu: Era, mas troquei. Ele me ajuda em algumas tarefas. O senhor tem estado atarefado, não tive tempo de te mostrar.

José: Depois vou gostar de ver sua invenção. Mas, tenha uma coisa em mente, Luís (olhei atento pra ele). Você é muito inteligente, mas não  pode se esquecer de andar com Deus. Ele te emprestou esse talento pra você fazer o bem!  Somos humanos. Eu erro, e você, com sua inteligência poderá falhar... Ele não. Então, dependa de Deus. Siga a Ele, todos os dias da sua vida, só assim, você irá bem! Em tudo! Amém?

Eu: Amém, pastor meu pai.
  (Nos abraçamos).

José: Amém.

O Filho do Pastor, Livro 02 Where stories live. Discover now