Capítulo 72

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Katarina Langford on

Enquanto adentramos a mata, Henry continua contando a visão dele sobre nosso primeiro camping.

- ... Aí eu pensei, essa ponte é mesmo confiável? Mas mesmo se não fosse, eu teria atravessado apenas para que sua atenção fosse para mim.

- Então você queria minha atenção, Cavill?

Ele ri e coça a nuca.

- Bem, o tempo todo.

- Aquela hora na cachoeira, foi a primeira vez que tive o desejo de afogar alguém. -digo gargalhando e lembrando do momento com a Maria-

Ele ri junto comigo.

- Acho que todos tiveram esse desejo em algum momento da viagem.

- Provavelmente.

- Ah!!! Então você queria mesmo me beijar na pedra, né?

- Quem disse? Acho que você está enganado. -respondo me fazendo de desentendida-

- Eu senti.

- Como?

- Pela sua respiração.

- E como ela estava?

Ele me encosta em uma árvore e massageia meu pescoço, enviando ondas de prazer por todo meu corpo. Sua boca roça a minha e logo minha respiração encurta.

- Dessa forma.

Sua risada ecoa pela mata e o mesmo se afasta.

- Isso não é justo. -digo fazendo beicinho-

- Ah não é? -com as duas mãos ele aperta meu rosto fazendo meu bico ficar maior-

Nossas bocas se encostam.

- Fofinha! -exclama-

Mostro a língua e reparo que o sol pôs-se.

- É melhor começarmos a procurar um bom lugar para armar a barraca, amor. -digo observando o horizonte-

- Sim, tem razão.

Andamos por mais alguns bons metros e achamos um lugar perfeito, ok, não tão perfeito como seria em filmes, mas é lindo ao meu ver. Assim que terminamos de montar o nosso pequeno acampamento, Henry começa a tentativa de acender uma fogueira... com pedras.

- Eu sou a favor de tudo que é sustentável mas acho que seria melhor você usar logo um fósforo, carinho.

- Obrigado pelo apoio, querida. -ele diz ironicamente e rindo-

- Disponha. Vou me trocar, está começando a esfriar, não demora.

- Tudo bem.

Entro na barraca que ficou aconchegante com todas as mantas que o Henry conseguiu enfiar dentro das mochilas. Coloco um conjunto de moletom preto mas continuo com o coturno. Logo ele vem se trocar também e ficamos um pouco perto da fogueira, papeando e comendo sanduíches.

Bocejo involuntariamente.

- Está cansada, amor?

- Sim. -digo timidamente-

- Vamos deitar então, eu te faço dormir.

Sorrio em resposta e aperto afetuosamente suas mãos que estão enroscadas nas minhas.

Me aconchego em seu peito após o mesmo nós cobrir e apagar a lanterna.

- Eu te amo, Henry.

- Eu também te amo, anjo.

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