Capítulo 94

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Nora Becksen on

Sinto o hálito mentolado com tabaco vindo de Maxie e minha mente nublada me faz encarar descaradamente seus lábios rosados. Ele direciona o olhar para meu olhos eu diria, mas é como se estivesse vendo minha alma escura e surrada. E isso apenas o faz se aproximar mais. Nossos lábios roçam um no outro com extremo cuidado.

- Nora...

Ele sussurra para dizer algo mas desiste logo no começo e gruda nossas bocas uma na outra com delicadeza. E então com força e desejo.

Nossas línguas brigam uma pela outra, e uma eletricidade percorre pelo meu corpo. O beijo é delicioso mas assim que me lembro de Sam, não consigo continuar tranquila. Sei que não temos nada sério e bom, ficamos apenas duas vezes mas essa manhã foi como se estivéssemos nos prometendo um para o outro. Mas ainda assim não consigo me desgrudar dos lábios do loirinho em minha cama. Me sinto completamente perdida e sem saber o que fazer.

As semanas se passaram e fiquei isolada em meu próprio mundo. Meus amigos no começo mandaram mensagem mas como eu não respondia, desistiram. Sam me mandou mensagens e respondi algumas, me sinto mal por deixá-lo preocupado mas me recuso e deixar ele me ver nesse estado deplorável. Já Maxie, eu o uso para me satisfazer e logo em seguida me sinto culpada. No momento ele é o único que se aproxima de mim e atura meu mal humor devido os remédios e as merdas que uso escondido dele. Mas acho que ele já percebeu, pois fazem alguns dia que me encara estranhamente. Como se eu não fosse eu. E o engraçado é que é exatamente assim que me sinto.

Katarina Langford on

Sinto o gel gelado em minha barriga e sorrio com o friozinho na barriga. Henry aperta minha mão e dá um enorme sorriso.

- E então, doutor? -ele diz ansioso-

- O bebê de vocês está saudável e crescendo bem.

- Já dá pra saber o sexo?-pergunto sorrindo-

Ele ri.

- Talvez no próximo mês. Você está com quase 3 meses de gestação, com a tecnologia atual, creio que daqui algumas semanas vocês saberão. -ele diz e sorri suavemente-

- Obrigada, Dr. Avelar. -Henry diz-

- Então... -ele tira o sorriso do rosto e logo me sinto estranha- o bebê está bem mas devo alerta-los que essa gravidez tem que ser muito bem monitorada e cuidada. Você está com um pequeno deslocamento de placenta, Kat. Mas creio que se continuar assim, em algumas semanas tudo volta ao seu devido lugar.

Me sinto decepcionada comigo mesma e com medo. Pelo meu bebê. Eu quero que ele cresça e nasça saudável.

O doutor limpa o gel da minha barriga e abaixo a blusa. Assim que entramos no carro, Henry procura minha mão e a aperta com carinho.

- Vai ficar tudo bem, amor. Eu sei que vai. -ele diz sorrindo suavemente e beija minha testa-

- Sim, vai.

Suspiro e beijo sua mão entrelaçada a minha.

- Que tal irmos para nosso lugar preferido? Falta muito tempo para o pequeno sair da escola. Podemos pegar algo gostoso para comer e ficarmos vendo as ondas.

Sorrio animadamente.

- Você é o marido perfeito. Eu te amo, Cavill.

Ele ri.

- Eu te amo, carinho.

Saímos da padaria e vamos para a praia. A mesma em que ele me pediu em namoro e que nos casamos.
A praia está vazia, apenas algumas pessoas fazendo caminhada. Henry estende uma janta na areia em um canto mais isolado e abre o saco de papel com croissants e abre minha garrafa de suco natural.

Depois de comermos me encosto em seu peitoral largo e duro. Esse homem é um pedaço de mal caminho. Uma de suas mãos acariciam minha barriga enquanto a outra fica entrelaçada a minha. A brisa salgada faz cócegas em nossa pele, me fazendo sorrir. Esse é um daqueles momentos simples mas perfeitos. Tiro a pequena câmera instantânea da bolsa e o cutuco. De imediato ele sorri para foto junto comigo. Sorrio satisfeita e guardo a câmera novamente na bolsa junto a pequena foto.

- Eu te amo, Henry. Já disse isso hoje?

- Talvez umas cem vezes.

Faço beicinho.

- E eu ouvia mais milhares de vezes todos os dias, Kat. Eu te amo. -diz olhando em meus olhos e juntando nossos lábios-

- Acho bom, Cavill.

Ele ri e dá um beijo estalado em minha bochecha.

O tempo passou voando e logo é hora de irmos buscar minha terceira metade.

Assim que Izuku vê a mim e Henry esperando por ele no pátio da escola, ele logo abandona os amigos e vem correndo até nós gritando mamãe e papai.

- Oi meu amor!! -digo beijando sua bochecha-

Henry o pega no colo.

- Oi filhão! Se comportou hoje?

- Claro né. -ele diz e dá uma piscadela-

Dou risada. Acho que ele está andando muito com James. Ele vai para o chão e se aproxima de mim, ergue as pontas dos pés e beija minha barriga.

- Oi bebê, tudo bem aí? -ele diz sussurrando e coloca o ouvido contra minha pele-

Sorrio emocionada. Assim como todas as vezes que ele faz isso, todos os dias ele dá oi e pergunta se está tudo bem para o nanico em meu útero.

- Amor, temos que passar na obra da casa uns minutinhos, tem problema? -Henry diz após desligar a chamada do celular-

- Não, carinho. Você está com muita fome, filho?

- Não, mamãe.

- Então vamos indo. -digo indo em direção ao carro-

Paramos em frente a enorme obra da mansão. Henry queria algo com muito espaço, que as crianças vissem como seu próprio castelo durante a infância, algo mágico. Eu queria algo familiar. Mas conseguimos chegar a um acordo e estou maravilhada com o resultado. É incrível o que o dinheiro não faz. Normalmente uma casa dessa demoraria no mínimo 1 ano para ser construída. Mas ela já está nos últimos preparativos. Que são da decoração interna. Aproveito que ela está toda iluminada para tirar uma foto e guardar de recordação.

Assim que voltamos para minha casa, dou banho e logo o jantar de Izuku

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Assim que voltamos para minha casa, dou banho e logo o jantar de Izuku. Ele e o pai brincam na sala até o pequeno pegar no sono no tapete. Henry coloca ele na cama e o ajudo. Coloco a coberta sobre Izuku e o coelho de pelúcia. Encaro as caixas e pela primeira vez em meses me sinto animada para conhecer nosso novo lugar.

Depois do banho me encaro no espelho. Minha barriga ainda está muito pequena e até ontem isso não me incomodava. Mas depois do que o médico disse, passo a ficar meio complexada.

Naquela noite tenho um pesadelo horrível com Nora e decido que já dei tempo suficiente para ela fazer merda. Tá na hora dela voltar a ser ela mesma.

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