Capítulo 44

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Katarina Langford on

Acordo duas horas antes do meu despertador, sabe quando você acorda meio pra baixo? Você se sente estranha e quer chorar, coloco Roslyn - Bon Iver e St. Vincent para tocar baixo, essa música me deixa meio embriagada, não como se eu estivesse bêbada, mas uma embriaguez de memórias e sentimentos, eu recomendaria todos que eu conheço à ouvir essa música, deitar e fechar os olhos.
Teve uma vez que era aniversário do Izuku, mas nós tínhamos aula no dia e como nossos pais eram mais rigorosos, não podíamos faltar. Então, eu fiz um bolo escondido mas ele deu todo errado e minha mãe acabou descobrindo, achei que ela iria me dar uma bronca mas então ela deu risada, arrumou a cozinha toda e começou fazer um bolo, ele era lindo, de chocolate, chantilly e morangos com raspas de chocolate branco por cima.

Eu fiquei tão feliz de poder cantar parabéns para o meu melhor amigo, meu amor, meu irmão. No dia seguinte, eu fugi dele até o intervalo, ele estava achando que eu tinha me esquecido mas então quando ele estava lá no nosso cantinho, eu o surpreendi com o bolo e cantando parabéns. Seu olhinhos puxados se encheram de lágrimas e os meus mais ainda. Aquele dia foi mágico, nós comemos, rimos e ficamos abraçados por longos minutos. Tudo nele inspirava amor e carinho.

Limpo as lágrimas que insistem em cair, tanto por Izuku como pelos meus pais. Se eu soubesse que tudo mudaria, em apenas um ano ou em quase uma década, não tem algo que eu me arrependa, mas eu com certeza teria abraçado cada um deles mais. Perder alguém é perder à si mesmo. Tem que executar a pessoa que me ensinou os sentimentos variados da vida, me doeu mais do que eu já falei para qualquer um, mais do que eu disse à mim mesma, eu me enganei dizendo que aquele não era o Izuku e que se ele tinha me pedido, então eu deveria fazer. Mas aquilo acabou comigo.

Me levanto e tomo um banho rápido, coloco um vestido preto colado e um sobretudo bege por cima, coloco os saltos e pego minhas coisas. Desço as escadas mas passo pelo Sam direto para a porta, ele fala algo mas eu não respondo. Eu não respondi ao Henry ontem e não pretendo ver se ele deu algum sinal de vida, hoje eu só quero ficar no meu canto. Normalmente eu tiraria fotos mas esse emprego está me tirando disso, meu Deus, eu sou uma verdadeira bagunça, não sou? Parece que foi só ele ir que todos meus sentimentos tristes e problemas vieram à tona. Minha cabeça está doendo tanto e meu nariz não para de escorrer.

Nora Becksen on

- Esse grupo está bom, mas esse não. -digo a respeito das fotos-

Assim que eles saem a porta da minha sala se abre novamente, James aparece sorrindo, ele a tranca e vem até mim.

- Sabe que aqui é meu local de trabalho, né?

- Sim, exatamente por isso eu vim. -ele diz sorrindo-

- E o que está esperando? -eu sorrio e arranco minha camiseta-

- Sem sutiã? Que ousada.

- Eu sou ousada, meu amor.

Eu o sento na minha cadeira e ele me puxa pela cintura, beija meus seios e suspira. 30 minutos depois, meu gemidos provavelmente podem ser ouvidos pela minha secretária. Dou um selinho em seus lábios e o deixo ir, após um tempo minha secretária entra com algumas fotografias.

- Nora, chegaram essas aqui agora. Dizem que é um rosto novo.

Eu resmungo e pego as fotos.

- Que merda é essa? -eu grito-

Só pode ser brincadeira, o Jason Mckay é o meu "rosto novo"? Não possível.

- Tá ruim? Desculpa, pensei que gostasse de morenos. -ela diz constrangida-

- Não é isso, deixa elas aqui que vou analisar, ok?

- Ok.

Maldito Mckay. Pego meu celular e ligo para o mesmo.

Sim?

Sim o cacete, que merda é essa? Desde quando você quer ser modelo, Mckay? Para de sacanear minha vida, filho da puta.

Ei, ei, ei! Calminha, morena.

O que você quer?

assim para chamar sua atenção. Relaxa, modelar não é minha praia, mas você é. Você é totalmente minha praia.

Não enrola, o que quer?

Um encontro.

Tenho que pensar.

É amanhã, às 20:00. Na minha casa.

Eu desligo. Eu não vou. Óbvio que não vou, mas estou em dúvida. Pego meu celular e mando uma mensagem para a Kat.

Quando você está em dúvida entra sorvete de baunilha e chocolate, o que faz? -N.B.

Provo os dois, o que eu mais gostar, eu fico. -K.L.

Se a Kat está dizendo... sorrio maliciosamente.

Katarina Langford on

Saio do trabalho com o corpo todo dolorido, acho que estou com febre e minha garganta está doendo. Chego em casa e me sento no sofá, meus olhos doem.

- Ei, você não parece bem.

- Não estou, acho que estou doente.

- Deixe-me ver.

Ele se aproxima do meu lado e coloca a testa na minha.

- O que está fazendo?

- Vendo se está com febre, e ao que parece você realmente está.

- É, eu me sinto com febre e...

Sam Claflin on

E é isso, ela apagou no meu ombro. O que eu deveria fazer? Acordá-la? Eu a arrumo no sofá, tiro seus sapatos e a cubro. Vou para a cozinha e vejo na internet receitas de sopa para doentes, não sou o melhor cozinheiro mas não sou o pior.

Corto as batatas e as coloco para cozinhar, depois de tirar a pressão, descasco- as e coloco todos os ingredientes, depois de 1 hora e meia, temos A sopa. Sento no tapete da sala e cutuco Katarina, ela resmunga e abre os olhos azuis, me fita por um tempo que me deixa levemente desconcertado, me ajeito e aponto para o prato.

- Bom, eu fiz uma sopa para ver se você melhora esse seu mau humor.

- Hã?

- Você tá com febre, apagou do meu lado, te fiz uma sopa, é tão difícil de entender?

- Grosso.

- Te fiz uma sopa, sopa!! -dou ênfase no final da frase-

Ela solta uma risada nasalada, olha pra baixo e depois olha pra mim. Ela não pode parar de fazer isso?

- Obrigada, Sam.

- Pela sopa?

- Por cuidar de mim.

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Oi nenéns, talvez não tenha ficado muito bom mas eu tentei. Xoxo!!

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