Capítulo 28: Armadilha

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    - Do que você está falando?
Davi aproxima a arma para mais perto de longa cabeça.
    - Eu que estou fazendo as perguntas aqui.
Não sabia o que estava rolando, mas do jeito que Davi estava falando, ele realmente ia explodir meus miolos.
Davi falou para eu ir para o canto da casa e ficar parado, se eu me mover, ele ia me matar. Apenas o obedeci.
    - O que você fez com o Lucas?
Davi parecia estar nervoso, mas estava bem determinado.
    - Seu idiota, eu sou o Lucas.
    - Não tente me enganar.
    - Por que você acha que eu não sou eu?
    - Porque eu vi o que você fez com ele.
    - O que?
    - Na floresta, eu vi que você fez alguma coisa com Lucas.
Nessa hora, acabei percebendo algo, o motivo de Davi estar achando que eu não sou o Lucas, é porque ele viu quando eu entrei na mata para ter a conversa. Então era ele que estava me olhando na mata, e foi ele que fez o barulho que eu tinha ouvido atrás de mim.
    - Davi, você não está entendendo.
    - Cala a boca.
Davi se aproxima de mim com a arma sempre apontado na minha cabeça. Eu sabia que Davi não gostava muito de mim, mas expodir a cabeça de seu irmão?
Se fosse eu no lugar dele, não teria coragem de fazer uma coisa dessas, mesmo sabendo que era um demônio que estava sobre o controle dele.
    Quando ele se preparou pra Atirar, escutamos uma risada muito alta, era como se tivesse mais alguém com a gente ali. Davi apontou a arma para todos os lados. Nesse momento, corri para fora da casa, enquanto ele se distraia com aqueles risos. Quando eu estava quase saindo de casa, aquele maldito gato estava na porta, e estava me encarando com seus olhos de fogo, então ele começou a andar em minha direção, corri para o meu quarto, mas assim que eu ia fechar a porta, o gato já estava dentro. Podia estar ficando louco, mas o gato parecia estar bem maior do que era. Bem rápido, voltei atrás e tranquei o gato dentro do meu quarto. Davi passou por mim correndo, ele estava indo para fora da casa, acompanhei ele, mas assim que já abrir a porta, ela não abriu, estava trancada.
    Nesse momento, o "gato" consegui de algum modo, abrir a porta do quarto. Nesse momento, o gato já estava enorme, aquilo pareceu mais uma onça. Chutei a porta com toda a minha força, mas ela não abria.
    Mas Davi que estava no outro lado, abriu ela pra mim, parecia só estar trancada pra mim. Então eu consegui sair da casa. Davi não olhou para mim, apenas correu, e eu o acompanhei. Estávamos andando pela estrada, então eu tentei falar alguma coisa, mas não sabia o que exatamente ia falar.
    - Eu ainda não confio em você.
Disse Davi.
Não falei nada, apenas o olhei.
Ele pegou um graveto, e falou:
   - Escreva seu nome aqui.
   - Ok.
Como pedido, peguei o graveto e escrevi meu nome no chão. Quando terminei, Davi disse que agora sabia que eu era o Lucas verdadeiro.
    - O que? Por que?
    - Seu "L" é meio torto, é uma característica sua.
Não entendi muito Bem, mas em saber que ele agora sabia que eu era Eu, já me acalmava.
     - Onde você acha que aquilo levou nossa família?
Pensei, e falei:
     - Eles devem ter sido levados para a cabana.
     - A cabana?
     - Sim.
Encarei Davi um momento, então ele decidiu ir até lá comigo.
    Depois de um tempo, conseguimos achar a cabana, e com cuidado, entramos nela. Eu estava no lado do do Davi, enquanto ele andava lentamente com a espingarda apontada para qualquer barulho que nós ouvimos.
Davi subiu a escada, mas eu não subi, não queria nem estar ali, mas não queria ficar sozinho em um lugar desse. Assim que ia subir a escada, alguma coisa me puxou pelo meu ombro, e quando vejo, um cara de máscara branca de ópera, mas não era sorridente, e sim, tinha uma feição triste.
    Soltei um grito muito alto, Davi ia atirar nele, mas não deu tempo, aquela coisa me puxou para fora da cabana. Davi estava paralisado de medo. Aquela pessoa me segurou e me jogou para dentro de um buraco. Era uma cova.
    Não parecia ser de terra, e sim de madeira, tentei levantar, mas colocaram uma tampa. Parecia agora que eu estava em movimento, junto com os gritos de Davi. Gritei, Chutei, mas nada abria aquela coisa. Depois de uns segundos sendo carregado para algum lugar, estava parado, e percebi que a tampa do caixão estava aberta, então apenas abri ela, e vi o lugar que eu estava, era o porão da cabana.
     Tinha várias pessoas ao redor, todas de ternos, mas não faziam nada. Quando me afastei, sem querer, acabei batendo contra o caixão, quase fazendo ele cair. Todos aquelas pessoas gritaram assutadas, o caixão parecia ser algo precioso.
As pessoas pararam de gritar, e trouxeram até o meio da sala, uma pessoa amarrada, olhei e percebi que era o Sr.Oliver de novo. Corri e tirei a fita que cobria sua boca. Não tinha muito o que me ajudar ali, mas com certeza não queria ajudar de um psicopata, mas não tinha escolha.
    Tirei a fita do Sr.Oliver e vi que seu corpo estava cheio de hematomas.
    - Levanta, eu sei o que pode fazer essas coisas deixaram a gente em paz.
Sr.Oliver olhou para mim, e disse:
    - Como você sabe?
    - Eu estou do que está acontecendo Aqui, Aquela coisa quer me possuir.
    - E como você sabe Disso?
Sr.Oliver estava com a voz rouca.
    - Aquilo me contou.
Ele arregalou os olhos com medo e gritou:
    - SEU IDIOTA!
    - O que?
    - Isso daqui é uma armadilha.
    - Hã?
    - Aquele demônio não contou a verdade pra você sem um motivo.
Ele continuou.
    - Saber a verdade sobre a casa, é o 1° passo para a possessão.

Continua....

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