Estúpido Cupido 💘

Pedido de trégua (Ep Inédito) 💘

⚠️ Capítulo sem betagem ou avaliação!

A tristeza se tornava cada vez mais intensa à medida que o dia de partir chegava mais perto. Ir embora de Santa Mônica, mesmo que por um curto período de tempo, não seria nada fácil para Jisoo. Ela estabeleceu uma vida ali. Tesouros preciosos seriam deixados para trás.

Possuía breves lembranças de sua cidade natal na Coreia do Sul. Assim como Taehyung citou, Jisoo e seus pais se retiraram às pressas no exato ano de 1946, época em que continha seus quatro anos. Migraram-se para a Califórnia à procura de recursos melhores de vida. Seu pai, um exímio engenheiro, aceitara uma proposta imperdível naquele ano.

A data conturbada se marcou pelo período pré-guerra e com a divisão da península coreana, em 1945. Kim Joon-ho se recusou a participar de qualquer batalha. Pegou sua esposa e sua filha e fugiu, deixando valores e familiares para trás.

A trágica guerra proporcionou a Jisoo perdas imperdoáveis, sendo que metade de sua família foi exterminada injustamente, vítima de um confronto cruel estabelecido por nações estrangeiras e ambiciosas.

Por essa razão, ela insistia em ocultar sua verdadeira nacionalidade. Nunca se sentiu pertencente ao país, considerando Santa Mônica seu verdadeiro lar.

Embora possuísse uma casa vantajosa no centro da cidade, quando Há-jun nasceu, em 1949, seu pai comprou uma cabana de veraneio na praia, para que Young-woo tivesse uma gravidez tranquila.

Assim, sempre que entrava período de férias, a família se refugiava para a praia para desconectar-se da vida agitada. Só que essa constância acabaria com o repentino deslocamento para Boston, a menos que ela adquirisse independência ao formar o científico, era como chamavam o ensino-médio em dita época.

Eram seus últimos dias ali. Sua família descansava na casa de veraneio. Quando partissem, iriam trancá-la. Jisoo esperava retornar o mais breve possível e viver o resto da vida lá. A praia, a areia e o mar eram sua vida.

Calcorreva pela areia densa e fofa naquele finalzinho de tarde. Vestia-se com um maiô listrado de vermelho e branco que modelava suas curvas finas. Uma saída de praia disfarçava um pouco do seu exibicionismo.

Foi desperta de seus devaneios com o aparecimento de Sana. Não haviam conversado desde o incidente infortunado.

― O que acha de nos sentarmos naquela pedra? ― Jisoo apontou para o elemento à frente.

As duas se dirigiram até lá e se acomodaram, enquanto o vento impetuoso esvoaçava seus cabelos.

― Estou me sentindo péssima agora ― Sana baixou a cabeça, meio retraída.

― Por quê?

― O Yeonjun agiu com estupidez e eu não te defendi como deveria.

― Ah, qual é, amiga? Isso já passou. Não tem que ficar remoendo. Você não teve culpa de nada.

― É como a mãe dele disse: ele é um bom rapaz. Só age dessa maneira por minha causa. Eu sempre detestei as atitudes dele, mas naquela noite, eu fiquei preocupada.

― Sei disso. Eu e o Yeonjun somos velhos amigos. Certamente ele não agiria assim se não estivesse sob efeito do álcool.

― Graças a Deus ele se recuperou. Fiquei com medo dele se machucar gravemente.

― É impressão minha ou está admitindo gostar dele? ― Jisoo sorriu, num tom sugestivo.

― Quem? Eu? Conta outra! ― Negou.

― Tá bom. Vou fingir que acredito em você ― respondeu na ironia.

― Em breve ele deve vir se desculpar ― alegou. ― Acredito também que o Taehyung não deve demorar em procurá-la.