II Os exilados

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#ODuqueVampiro

— Sabe porque o assassino não foi preso por matar na rua?

— Por que estavam no mundo da lua?

— Porque era um crime sem gravidade.

Jon deu uma gargalhada, já Perrys assimilava o que havia sido dito. A ronda era sempre tediosa, então dessa vez Jon decidiu trazer um livro de piadas e trocadilhos.

— Se Logan pegar você com isso, está ferrado.

— Ele não liga — diz Jon — oh, aqui tem uma boa. Por que o Titanic perdeu a batalha naval?

— Fogo.

— Não — responde Jon — foi um Iceberg.

— Não tô falando das piadas, idiota — Perrys pega a espada em sua bainha — tem algo ali na frente.

Jon fica à espreita. Ele guarda o livro de trocadilhos.

Perrys andava devagar, a rua estava deserta. Ali no beco da ronda, normalmente passava carrinhos de mariscos, uns vendedores de lã e prostíbulos abertos. Mas estava tudo relativamente quieto demais.

Os ventos brandiam ao contrário. Areas se ocupava as costas do pacífico, em meio às montanhas. Os ventos sopravam o ano todo, desde os dias frios de janeiro aos meses calorosos de abril. Mas em junho, era onde o bochorno se acentua. Em meios a imigração das aves, a capital de Areas se tornava infestada de penas e peixes deixados cair pelas aves marítimas. Mas o ar soprava ao contrário do mar, não havia pássaros e os comércios estavam fechados. Perrys viu, algo preto atrás do barril. Ele se aproximou e tocou, era um corvo morto. Estava quente, sem sinal de mordidas, de tiros ou estilingues. Normalmente as crianças de Areas tinham seus hobbys.

— Que estranho.

— O que foi?

— Parece que ele morreu sem ar — comenta Perrys, Jon se aproxima — está vendo? Está roxo, a pele envolta das narinas, a língua.

— Quem será que fez isso?

— Não acho que alguém tenha feito isso.. não tem marcas de estrangulamento.

Jon e Perrys andam mais a frente, na encruzilhada, guardas caídos. Perrys então soube que algo estava errado.

— Vamos voltar.. vamos avisá Logan.

Uma sombra se formou. Com olhos roxos e pele púrpura, Traos rosnou.

— Ele não pode fazer isso — Logan bate com as mãos na mesa — Temos um acordo de paz de séculos, Traos não deve ser usado, ele é uma arma química. — Logan suspira, levando as mãos aos fios — comuniquem Seokjin, e os outros reinados imediatamente.

— Sim senhor.

— E por favor.. traga um médico para Perrys.. sua pele está.. esfolada.

۝

Argh..

Seokjin apertava a mesa, seus olhos estavam turvos. Sua cabeça doía, não era uma simples dor de cabeça, era a dor de cabeça. Iniciou na reunião do conselho Logan estava falando sobre a aliança, até que Ivan entrou, com uma carta em mãos de Ravin. A possível invasão era real, Ravin havia um dragão. Traos. Traos era um grande problema, se não o problema. Ele foi o dragão de Heron I, antes de ter sua coroa tomada por seu irmão e sua morte com uma adaga no olho. O rei demônio, como era conhecido, dominou a coroa à força. O tempo sombrio da França se passou no reinado de Heron I, muitos morreram, e mesmo depois de sua morte, não se sabe onde o grande dragão havia parado. Matá-lo chegou a ser uma opção, mas sua pele era grossa, e seu fogo venenoso era um obstáculo. Sim, venenoso. Seu fogo não era como dos outros dragões, era uma névoa ardente roxa. Causava alucinações, intoxicação, e lhe matava de dentro para fora. Traos não era um dragão de guerra direta, mas sim, usado para efeitos controlados e discretos. Isso preocupava Seokjin.

Entre presas e garras [Jikook]Where stories live. Discover now