Capítulo 1

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Bem-vindos!!!! Estava com saudade. 

RECADOS!!!!!!!! ATENÇÃO!!!! A postagem será toda terça-feira, eu sei que acham pouco, eu também acho, mas foi o único jeito que consegui de encaixar para não abandonar o wattpad, espero que compreendam.

Essa é uma história antiga minha, no tempo que eu escrevia fanfics e estou adaptando com carinho e muitas mudanças para vocês. 


   Abby

O último aluno deixa a academia às nove da noite, esse é sem dúvida meu momento favorito, poder pegar minhas duas espadas e treinar, limpar a mente e me deixar levar pela beleza dos movimentos, suar até cair de cansaço e apagar em uma noite de sono sem sonhos.

Caminho para sala principal, os espelhos me encaram refletindo minha figura que quase sempre me parece patética. Não reclamo da solidão, pessoas definitivamente não são boa ideia para mim, a vida me ensinou do jeito mais difícil e dolorido que estou melhor sozinha. Não importa o quanto isso pareça estranho para o resto da humanidade.

As espadas ficam em minhas costas formando um X, me posiciono com pés firmes no chão, puxo o ar com força, solto lentamente limpando a mente, busco equilíbrio e concentração.

Eu as puxo de uma só vez, os movimentos elegantes, repetidos e repetidos até a perfeição em busca da exaustão e do esquecimento. Aprendi muito com as artes marciais, foi com o Kubodo que comecei a manejar as espadas Sai, duas ao mesmo tempo, com os princípios fundamentados no Karatê, essa arte veio da pequena ilha de Okinawa, e me fez sentir realmente livre ao menos quando as domino, nesse instante, nada mais existe, só a dança das espadas e meu corpo em um ballet perfeito e vivo.

— Caramba, X, esse movimento ficou perfeito! – Paro no mesmo instante, vejo Sam encostado na parede atrás de mim. Garoto maluco.

— Uma hora ainda acabo arrancando suas orelhas Sam. Não pode ir entrando assim, a academia está fechada. – Aviso com meu peito subindo e descendo pelo cansaço dos exercícios. Ele me sorri completamente despreocupado.

— Eu sei. Vim ver você, não finja que está surpresa, nem trancou a porta, sabia que eu vinha. – Sam me provoca coberto de razão.

— Porque é um garoto esquisito que não tem amigos e vem toda noite me perturbar. – Devolvo a provocação e ele simplesmente não se importa, sabe que é verdade.

— Ao menos trouxe hambúrguer, aposto que não comeu.

Ele estava certo, suspiro, posso parar um momento, comer com ele, depois expulsa-lo, trancar a academia e continuar meus exercícios.

— Ok, vamos comer então, depois vai para casa.

Nos sentamos no tatame de frente um para o outro, ele me estende uma lata de refrigerante gelado e um hambúrguer, depois se serve, encosta no espelho e me olha pensativo.

— Devia tentar fazer amigos, não dói.

— Você tem dezoito anos Sam, é noite de sexta, o que faz aqui comigo? – Ergo uma sobrancelha.

— Somos amigos, desde que me salvou ficamos amigos e como sempre está sozinha faço a caridade de te fazer companhia. – Ele brinca, não me faz sorrir, eu não sei se existe algo que me faça sorrir, não mais.

— Eu estive pensando, a academia está fechada, você entra sem aviso, estou treinando com minhas espadas, é natural que no susto, tentando me defender, eu por reflexo, corte suas orelhas, talvez a língua, não vou acabar na cadeia.

Corações Quebrados DEGUSTAÇÃOOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz