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Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por mim se tornou minha auto aversão, tudo isso antes dela... antes de conhecer ela... minha, pra sempre...
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2009 PRESENTE
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Eu estava triste em ter que me despedir da minha mãe, mas depois dos meus pais terem se divorciado a minha vida se tornou uma bagunça. Eu acordei as 7:00 da manhã, cedo demais eu diria, mas eu tinha que terminar de fechar as malas, então levantei da cama e fui ao banheiro, meu reflexo mostrava uma jovem adulta alta e magra demais pra algumas pessoas, bom eu sempre ouvia isso, então escovei os dentes e desci.
Quando descia as escadas eu podia ouvir minha mãe cantar e fazer o café da manhã, eu sempre perguntava se ela precisava de ajuda mas ela sempre dispensava.
-Bom dia mãe. -Falei
-Bom dia meu amor- ela me respondeu se virando e dando um sorriso acolhedor, eu podia reparar em seus olhos que ela não estava bem.
-Nossa, eu preciso urgentemente de um copo de café- Falei rindo
Minha mãe sorriu divertida.
-Eu gostaria de conversar com você -Ela disse
Sua expressão mudou derrepente.
Então eu sentei na bancada da cozinha pra ouví-la, até aquele momento eu estava em pé.
-Catarina, querida, eu sei que não está sendo fácil pra você, tudo isso que está acontecendo entre eu e seu pai, mas... eu apenas gostaria que você soubesse que eu estou bem, sim eu não estou 100%, mas irei ficar e não precisa se preocupar eu vou ficar melhor com o tempo. -Ela estava se esforçando pra não chorar.
-Mãe, eu não tenho certeza se é uma boa ideia deixar você sozinha nesse momento. - Falei incerta
Eu sabia que mesmo fingindo, minha mãe, tinha essa necessidade de se mostrar forte o tempo todo, mas ao mesmo tempo em que eu gostaria de está aqui dando apoio pra ela, eu também pensei que era bom ela ficar um pouco sozinha pra raciocinar.
-Meu anjo, eu te amo tanto e você já faz muito pra mim -sorriu
-Eu também te amo mãe
Terminei meu café da manhã e subi pra fechar minhas malas. Minha mãe me ajudou a descer com elas e esperar meu pai me buscar. Ele chegou um pouco atrasado, ouvi o barulho de carro e já me levantei do sofá, meu pai abriu a porta e veio me cumprimentar.
