XXVII - A melodia de um amor inexistente

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A janela, antiga guardiã, se abre,
E o frio, qual ladrão, invade o recinto...
Aguarda, coração insensato, o retorno prometido.

Tu, que sempre retornas, vieste.
E aqui me tens, rendida, cativa,
Nos laços dos teus beijos, no calor dos teus toques, na chama desta paixão que me devora...

Sem pudores, aos teus
braços me entrego,
Coração insubmisso, a dançar na
valsa das tuas falácias...
E assim, mais uma noite se desenrola,
Tu, meu efêmero encanto, a saciar-se em meu ser...

Partes com a alvorada ainda adormecida,
Deixando em mim mais que lembranças;
Um fruto de um amor, que para ti,
Era apenas carne a ser consumida.

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