A jovem herdeira destronada, motivada pela busca da verdade sobre sua linhagem e pelo desejo de unir seu povo, enfrenta não apenas inimigos externos sedentos por poder, mas também conflitos internos que testam sua coragem e determinação. Acompanhado...
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"Não existe amor que ultrapasse o desejo fervoroso de poder. A ganância é uma venda que cega os olhos e corrompe até a alma mais pura."
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"Ah minha querida..." A voz áspera e comovida de Salazar não passa de um sussurro. Ele acaricia o rosto carbonizado a sua frente, fechando os olhos para se entregar a sensação que toma seu coração, como se a tocasse em vida, lembrando-se de como a pele era macia ao toque. "Espero que entenda que seu sacrifício foi necessário."
"Milorde, perdoe-me o atraso." Balderik se ajoelha perante a figura alta e assombrosa. O homem era maior que qualquer outro, possuía a pele pálida e repleta de cicatrizes, o nariz quebrado e torto, longos cabelos pretos mal-cuidados e vestia roupas pretas velhas, roupas que um dia foram de alguém honroso. Balderik não conseguia olhar para ele sem pensar que a jovem e falecida princesa Laurel havia puxado a beleza de sua mãe.
"Achou o cristal?" Salazar pergunta, virando-se lentamente para olhar a criatura medrosa e asquerosa a sua frente. O falso profeta balança a cabeça negando. "Acho que meu velho amigo, Elliot, poderá nos ajudar." O homem diz, abrindo um sorriso malicioso. Havia tantos anos que não se viam, certamente sua aparição atormentaria o rei.
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Após dias de viajem, Laurel nota os cavalos pararem bruscamente, quase a derrubando de cima de um deles. Amarrada dos pulsos aos tornozelos e pendurada de bruços na traseira do animal, como se fosse um cervo abatido, a jovem já se encontrava em um estado deplorável. Estava suja, fedida, com os cabelos emaranhados e com o vestido encardido. Seu corpo doía devido a posição que se encontrava e as amarras apertadas que as prendia, mas de longe essa era a ultima coisa que a incomodava, a dor em seu peito ainda persistia e por mais que as lagrimas não caíssem mais de seus olhos, ainda chorava e lamentava internamente. Não entendia como em questão de dias o seu corpo recusava-se a demonstrar fragilidade, ele mesmo a impedia de demonstrar fraqueza, era como se tivesse uma grande muralha entre ela e as reações que tinha. Não tinha e nem sentia mais controle sobre si.
