A jovem herdeira destronada, motivada pela busca da verdade sobre sua linhagem e pelo desejo de unir seu povo, enfrenta não apenas inimigos externos sedentos por poder, mas também conflitos internos que testam sua coragem e determinação. Acompanhado...
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"Toda história tem dois lados."
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Laurel é recebida pela leve brisa fria da noite ao pisar pra fora da caverna no topo da montanha rochosa. O céu estava limpo e estrelado, deixando-a ainda mais surpresa, podia jurar que a luz que refletia como holofote dentro da caverna era do sol, estava enganada.
Ainda acolhida nos braços da matriarca draconiana, olhou a vista lá de cima, o céu escuro iluminado por milhares de estrelas estava de tirar o fôlego. E por mais alto que estivesse, as copas das arvores a alçavam o suficiente para que conseguisse tocar suas folhas. Daquele lugar era possível ver algumas fogueiras, tendas e barracas gigantescas, como um acampamento. Muitas pessoas circulavam por lá, via crianças brincando com espadas de madeiras, correndo de um lado para outro e brincando com os dragões. Primeiro Laurel pensa que uma das criatura, que teve o nariz violado pela mão de um bebê de dois anos, vai se levantar para engolir o projeto de draconiano, mas para sua surpresa, ele a empurra com delicadeza com o focinho e solta pela boca uma nevoa internamente flamejante em formato de dragão, do mesmo tamanho que o bebê, e usando a boca, coloca-o sobre o dragão de fumaça que começa a voar a poucos centímetros do chão, divertindo o bebê que gargalha. Como podiam parecer tão normais olhando de longe? Tudo o que sabia sobre a espécie deles era que suas almas se conectavam aos dragões e viravam selvagens sanguinários, traiçoeiros, cruéis e mortais, e o que estava vendo não condizia com as histórias que escutava. Será que até mesmo isso era uma grande mentira? Não poderia ser, seu pai foi responsável por exilar eles, conhecendo a bondade dele, sabia que jamais tomaria tal atitude sem motivo. E é nesse pensamento em que ela se agarra, deixando de lado o encanto que sentiu ao ver o carinho da criatura com a criança.
Tudo o que Laurel tinha certeza era de que realmente não era filha do rei, que não poderia voltar para o reino sem ser morta e que fora salva duas vezes por draconianos, primeiro no rio e agora pela mãe do líder que pretendia matá-la. Não tinha para onde ir, e certamente não ficaria ali no meio de criaturas repugnantes. Sabia que não conseguiria ir embora, a mulher que a abraçava pelos ombros não deixaria e provavelmente seria morta ao tentar fugir e o líder deles se certificaria disso. Precisava ir embora no tempo certo, quando a mãe de Kendrick e seu dragão não estivessem por perto, quando todos não estivessem por perto, dessa forma não causaria um alarde.
