cap 40 - dog.

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                         NARRADORA ON.

Kaden segurou o celular, seu coração afundando ao ver a foto de Ivy acorrentada. Uma onda de emoções o inundou: tristeza, raiva e, acima de tudo, culpa. Ele encarou a imagem por um momento, os olhos ardendo de dor e frustração.

A visão do estado de Ivy o feriu profundamente, fazendo-o questionar suas próprias ações e decisões. Ele se culpava por não ter sido mais vigilante, por não ter protegido aqueles que amava. A raiva borbulhava dentro dele, dirigida não apenas para aqueles que causaram o sofrimento de Ivy, mas também para si mesmo, por não ter sido capaz de evitar aquilo.

Cada elo das correntes parecia um golpe direto em seu coração, uma lembrança constante de seu fracasso em manter Ivy segura. Ele cerrou os punhos, sentindo a impotência e a raiva se misturarem dentro dele.

Mas, apesar da dor e da raiva, havia também uma determinação renovada. Kaden não permitiria que essa situação continuasse. Ele faria tudo ao seu alcance para libertar Ivy e garantir que ela nunca mais sofresse. Com determinação feroz, ele guardou o celular no bolso e se lançou de volta à busca, com a determinação de um homem decidido a fazer o que fosse preciso para consertar seus erros e proteger aqueles que amava

Kaden caminhava pelas ruas agitadas da cidade, seu olhar atento, sua mente cheia de preocupação. Ele sentia o peso da culpa em seus ombros, uma culpa que parecia sufocá-lo a cada passo. Vários homens, equipados com drones e cães farejadores, espalhavam-se pela cidade, em uma busca frenética pela pessoa que ele mais ansiava em encontrar, ivy.

Cada esquina virada, cada rosto desconhecido que passava por ele, aumentava a sensação de desespero. Ele se perguntava como pôde deixar que isso acontecesse, como pôde permitir que Ivy se afastasse. As palavras não ditas, os gestos não feitos, tudo parecia pesar sobre ele como uma âncora, prendendo-o a um mar de remorso.

Enquanto a busca continuava, Kaden sentia-se cada vez mais perdido. Seus pensamentos eram um turbilhão de arrependimento e autocrítica. Ele sabia que precisava encontrar Ivy, não apenas para garantir sua segurança, mas para tentar consertar os erros do passado, para mostrar a ela o quanto a amava e o quanto estava disposto a lutar por ela.

Cada minuto que passava sem notícias dela parecia uma eternidade, e a culpa continuava a corroer sua alma. Mas, apesar do peso esmagador, uma chama de determinação queimava dentro dele. Ele não desistiria. Não enquanto houvesse uma única chance de encontrar Ivy e trazê-la de volta para ele.

Kaden observou o cão farejador latindo freneticamente em frente a uma porta de ferro maciça, seu coração acelerando com a esperança repentina. Ele se aproximou cautelosamente, sentindo a tensão no ar, mas quando tentou empurrar a porta, percebeu que estava emperrada.

Seus músculos se contraíram de frustração enquanto ele tentava novamente, aplicando mais força, mas a porta permanecia imóvel. Ele olhou ao redor, procurando por uma maneira de contornar o obstáculo, sua mente trabalhando freneticamente para encontrar uma solução.

Com um suspiro de determinação, Kaden se afastou da porta por um momento, buscando algo que pudesse ajudá-lo. Seus olhos pousaram em um pedaço de metal retorcido no chão, uma barra quebrada talvez, e ele se aproximou, pegando-a com as mãos trêmulas.

Com um esforço renovado, Kaden retornou à porta, utilizando a barra como alavanca, aplicando toda a sua força para tentar abrir o caminho bloqueado. A porta rangeu e gemeu sob a pressão, mas finalmente cedeu, revelando um corredor escuro.

O coração de Kaden disparou de emoção e apreensão enquanto ele avançava pelo corredor, a esperança renovada pulsando em seu peito. Ele não tinha certeza do que encontraria além daquela porta, mas estava disposto a enfrentar qualquer desafio para encontrar Ivy. Nada. Era apenas um bar antigo.

Kaden adentrou o bar antigo com uma mistura de esperança e apreensão, mas ao não encontrar Ivy ali, a frustração cresceu dentro dele como uma chama voraz. Ele sentiu a raiva borbulhando em seu peito, uma tempestade de emoções que ameaçava consumi-lo por completo.

Caminhando pelo ambiente sombrio e enfumaçado, Kaden cerrou os punhos com tanta força que suas articulações doeram. Cada canto escuro do bar parecia zombar dele, lembrando-o de sua falha em proteger Ivy, alimentando sua raiva até que transbordasse.

Sem pensar, ele começou a descontar sua ira no ambiente ao seu redor, derrubando cadeiras, socando paredes e gritando palavras de frustração. Cada golpe era um grito silencioso de sua impotência e culpa, uma tentativa desesperada de aliviar o fardo esmagador que carregava consigo.

Mas mesmo enquanto sucumbia à sua raiva, uma voz interior sussurrava para ele se acalmar, para manter a mente clara e focada na busca por Ivy. Com um esforço tremendo, Kaden tentou conter sua fúria, respirando fundo e se concentrando na tarefa em mãos.

A raiva ainda queimava dentro dele, mas agora era uma chama controlada, uma força que ele usaria para impulsionar sua busca e garantir que, desta vez, ele encontraria Ivy e a traria de volta para casa, onde ela pertencia.

IVY BENNET.

O coração de Ivy disparou quando os barulhos começaram a ecoar do andar de cima.

Primeiro, o som agudo de cadeiras se quebrando, seguido pelo estilhaçar de vidros.

Murmúrios baixos sussurravam ameaçadoramente no ar, como se fossem fantasmas sussurrando segredos sombrios.

No meio do caos, uma voz familiar cortou a escuridão: a voz reconfortante de Kaden.

Por um instante, Ivy sentiu um lampejo de esperança, imaginando que ele viria em seu socorro. Mas o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, deixando-a com a sensação de abandono.

O desespero tomou conta dela, fazendo-a pensar que talvez nunca fosse encontrada.

— Merda, era ele. Era a voz dele, eu tenho certeza.—  Digo pra mim mesma. — Kaden não estaria envolvido com a casaco vermelho.—

O latido frenético do cachorro ecoava pelo ar, fazendo o meu coração acelerar em pânico. Começo a gritar desesperadamente, sentindo-me cercada por uma aura de terror.

De repente, um homem surgiu do nada, colocando um paninho sobre a minha boca.

O odor forte me invadiu e, antes que pudesse reagir, a escuridão me engoliu enquanto meu corpo desabava em desamparo. O desespero me consumia enquanto desmaiava, perdendo-me em um turbilhão de incertezas e medos.

KADEN COLLINS.

— Para de latir caralho. Não tem ninguém aqui. Ela não está aqui.— Digo e o cachorro insiste em continuar latindo.

Me viro e dou apenas dois passos a frente. Foram apenas dos passos até Jaden aparece na frente enquanto segurava um pequeno tablet e vários dos meus homens estavam atrás fortemente armados e Banks e Apollo também estavam juntos com equipamentos de alta qualidade.

— Ela está aqui.— Apollo diz enquanto joga um colete a prova de balas em minha direção.

Me viro pra trás me deparando com o cachorro sentado em frente a uma pequena portinha. Bom garoto.

the labyrinth of IllusionOnde as histórias ganham vida. Descobre agora