PRÓLOGO

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Sempre fui um homem que nunca teve grandes ganâncias na vida. Todos os meus sonhos podem ser resumidos em me formar, ter um bom emprego, fazer carreira e dar um lugar digno para minha mãe morar e viver sua aposentadoria. Madeline Bourdieu me criou sozinha porque meu pai foi canalha o bastante para não dar nenhuma assistência. E por que era casado. Deve ser até hoje. Nunca soube quem ele é, nunca nem fiz questão nem mesmo de saber seu nome. Minha mãe tampouco fez questão de me dar mais detalhes. Melhor assim.

Quando me apaixonei pela primeira vez, por uma garota sete anos mais velha do que eu e filha do patrão da minha mãe, na época, eu tinha treze anos. Marjorie Chevalier integrou minha pequena lista de sonhos e foi a primeira a ir para a sessão de conquistas impossíveis. Eu, na minha inocência de garoto entrando na puberdade, sonhava com dias com ela, é claro, mas tinha meus pés no chão e sabia que aquela garota — noiva de um homem da sua idade — nunca ia reparar em um pivete que estava com a sexualidade à flor da pele e que ainda por cima nem mesmo pertencia ao seu status social. Me conformei que aquele sentimento todo por Marjorie eram apenas os meus hormônios e que, um dia, ia superá-la, encontrar uma garota da minha idade, alguma coisa assim. Não foi o que aconteceu. Àmedida que eu crescia, meus sentimentos por ela se intensificavam.

Consegui me formar em arquitetura. Quando terminei a graduação, engatei em um mestrado e logo depois um doutorado. Apesar da minha formação, e apesar de trabalhar em uma empresa do meu ramo, há pouco tempo eu era um simples motorista de Ferdinand. A oportunidade de integrar sua equipe de arquitetos surgiu dois meses atrás.

Dois meses atrás, quase todos os meus objetivos tinham sido conquistados. Eu estava formado — com um título de doutor —, estava em um bom emprego e com a oportunidade de, finalmente, começar a fazer carreira na minha área. A única coisa que eu não esperava, de jeito nenhum, era que a única conquista impossível fosse, inesperadamente, estar na minha cama hoje.

Em uma ocasião pouco comum, Marjorie finalmente tinha me notado. Não sei dizer se foi o Universo conspirando a favor, destino, acaso, sorte. O que importa é que, na semana em que ganhei uma boa promoção, a mulher por quem sempre fui apaixonado tinha reparado na minha existência.

Hoje, aos vinte e oito anos, tenho um emprego com possibilidade de carreira, ganho o suficiente para pagar as contas, consigo poupar um pouco para dar uma casa para minha mãe no futuro e namoro a garota dos meus sonhos.

Eu não poderia querer mais nada.

Sorrio quando sinto suas mãos atrevidas correndo pelo meu peito, descendo perigosamente para o ponto que sempre a deseja. Ela está chegando lá, e não contesto. Marjorie está abraçada em mim, em uma conchinha invertida, e a posição permite que seus lábios estalem nas minhas costas, enquanto seus dedos se fecham ao meu redor.

— Já em pé? — ela graceja, me masturbando levemente.

É um pouco difícil respirar e responder, porque a suavidade da sua pele na minha me impossibilita de pensar qualquer coisa minimamente coerente, quem dirá dizer. Leva cinco ou dez segundos para que eu consiga responder, com um maneio de cabeça. Ela questiona se quero transar. Deus, que pergunta. Eu digo que sim. Marjorie se vira por cima de mim, montando meus quadris, inclinando-se sobre a mesinha na cabeceira da minha cama, pegar uma camisinha e rasga a embalagem com os dentes. Ela desliza o preservativo por toda a minha extensão e se senta sobre mim, muito devagar, como se quisesse aproveitar cada segundo sem pressa nenhuma. Ela cavalga, começando lentamente, até que aumenta o ritmo. Quando gozamos, minha mão direita está na sua coluna, ajudando-a nos movimentos, meus quadris batem contra os seus, e meu polegar esquerdo toca furiosamente seu clitóris.

(RETIRADO) PROIBIDO E IRRESISTÍVEL (Amores em Paris | Vol. IV) -Where stories live. Discover now