HISTÓRIA DISPONÍVEL ATÉ 25/08. DEPOIS DISSO APENAS CAPÍTULOS DEGUSTAÇÃO. DISPONÍVEL NA AMAZON A PARTIR DE 22/09/20
Proibido e Irresistível é o quarto volume da série Amores em Paris, mas pode ser lido separadamente porque se tratam de histórias inde...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Abro o porta-luvas e tomo o contrato de trabalho em mãos outra vez. Assim como minha interação com Marjorie minutos atrás, tenho medo de que essa oportunidade seja também um sonho. Na real, quais as probabilidades de conseguir meu emprego dos sonhos e ser, finalmente, notado pela garota por quem sempre fui apaixonado? Mais fácil um raio me atingir.
Abano a cabeça, querendo me desfazer de tanta negatividade, e me encaminho até o RH. Eu já deveria ter deixado lá, mas a solicitação de Ferdinand para estar à disposição da sua filha me fez querer ir logo de uma vez até ela.
Não sei quem redigiu o documento, mas acreditando que Juliette vai querer saber da novidade, decido que vou procurá-la. O pessoal dos Recursos Humanos está trabalhando praticamente em silêncio quando chego. Procuro por Julie entre todas as pessoas no escritório e a localizo na sua mesa de costume, concentrada em alguns papéis, de frente para seu computador. Caminho na sua direção e, ao chegar, espalmo na sua mesa. Minha chegada súbita a assusta e eu preciso segurar uma risadinha.
— Oi — cumprimento-a, com um sorriso, abanando o papel no ar. — Tenho novidades.
Minha prima toma o contrato da minha mão. Leva só um segundo para compreender do que se trata. Seus olhos vêm aos meus, sua boca em um pequeno O, completamente adorável.
— Você conseguiu! — exclama, contornando sua mesa e vindo na minha direção.
Sou tomado por um abraço apertado e caloroso, Juliette tagarelando um monte de coisa ao mesmo tempo, mas reconheço um "Eu sabia que você ia conseguir!". Rio e retribuo ao seu afeto, relembrando de todas as vezes que essa garota torceu por mim. Ela pisou na bola comigo algumas vezes, mas nada nunca foi o suficiente para abalar a amizade que temos desde crianças. Eu cresci sem pai, criado por uma mãe solteira e filho único. A amizade e cumplicidade que temos é a uma das coisas mais fortes que tenho na vida e por qual prezo muito.
— Eu sabia que o espanhol ia escolher o seu projeto — diz, cessando o abraço e me olhando com todo orgulho do mundo.
— Ele é argentino, Juliette. E ele não escolheu meu projeto, mas ganhei o cargo mesmo assim — explico. — Começo na próxima semana. Ferdinand me pediu uns dias para conseguir outro motorista.
— Já estava na hora de ele te dar o devido valor — menciona, voltando para sua mesa e conferindo com mais atenção o documento que eu trouxe. — Isso merece uma comemoração. — Antes que possa abrir a boca e dizer "não precisa" ela me interrompe: — Nem pense em cortar meu barato. Vou preparar tudo. Não se preocupe. Hoje, às oito, lá em casa. Leva o vinho, tá?
Sem muitas opções a não ser aceitar, concordo.
— Tem mais uma coisa — digo, tirando o telefone do bolso. Acesso meu Instagram e procuro pelo perfil da Marjorie. Começo a segui-la antes de acessar a foto de minutos atrás e mostrar para Juliette.
Minha prima olha com atenção para a tela do celular, lendo a legenda que Chevalier postou. Quando parece perceber que sou eu — ou pelo menos, minhas mãos — nessa foto, ela me olha daquele seu jeito animado outra vez e exclama:
