tap tap tap

399 33 11
                                    



Resumo: primeiros encontros e fluffy fofos.

-----


Will lembra do dia em que eles se conheceram.

Ele estava tendo um dia tranquilo que rapidamente se transformou em um dia ruim quando uma senhora aleatória gritou com ele no ônibus sem motivo algum. Will se retirou o mais breve possível, descendo algumas paradas antes do seu flat, quando começou a chover esporadicamente. Decidindo não tentar o destino ainda mais, ele se enfiou na cafeteria mais próxima, tirando o cabelo do rosto.

A cafeteria estava lotada, provavelmente porque todo mundo sabia que iria chover. Ele encontra uma mesa nos fundos, guardando suas coisas antes de ir ao balcão pedir um chocolate quente e um muffin. Pelo menos, o barista parece entendê-lo, anotando o seu pedido. Will dá uma olhada na tela para checar se o seu pedido está correto antes de pagar.

Quando ele retorna à sua mesa, ele encontra outra pessoa sentada nela. Por um momento, ele só fica ali em pé, sem saber o que fazer. Ele não quer exatamente falar com a pessoa, mas o cara está meio que bloqueando as suas coisas. E talvez fosse culpa de Will por encostá-las na parede ao invés de guardá-las na cabeça, mas ele não queria que alguém roubasse.

O homem olha para cima no momento que Will decide se aproximar. Ele parece confuso ao vê-lo ali, a boca se abrindo lentamente. Will também não tem certeza do que fazer, então ele aponta para as suas coisas. O cara recua, começando a entender a situação ao ver a bolsa de Will enfiada embaixo da cadeira.

Will entende uma desculpa antes que o homem continue a falar, e está muito cansado para ler lábios. Ele só balança a cabeça, e o cara para, confuso. Will bate na sua orelha, balançando a cabeça, vendo os olhos do homem se arregalarem. Depois de um momento, ele levanta a mão, sinalizando lentamente uma desculpa.

Agora é a vez de Will ficar surpreso. "Você sabe sinais?" ele sinaliza. É um pouco atrapalhado já que ele está segurando sua bebida e bolinho.

Ele parece envergonhado. "Mais devagar," Ele sinaliza. "Eu sei um pouco." Ele tem que soletrar de vez em quando, mas Will não se importa. A maioria das pessoas não sabem nem o alfabeto o que resulta em movimentos exagerados enquanto eles falam tão rápido quanto antes.

"Posso sentar?" Will pergunta. Se eles iam continuar se falando ou não, Will gostaria de comer o seu muffin. Ele está com fome.

O homem sorri, fazendo um punho com a sua mão. Sim. Will puxa uma cadeira e retira o seu muffin do pacote. Ele foca no bolo por um minuto ou mais, tentando pensar em algo para dizer. Ele era ridiculamente atraente, além do fato que ele sabia um pouco de ASL.

Ele não olha para cima novamente até um guardanapo aparecer em seu campo de visão. 'Se importa se eu sentar?' Will faz um sinal afirmativo com as mãos, levantando o dedão, sem ter certeza do que o cara sabia e não sabia. O homem puxa o guardanapo na direção dele. 'Me chamo Nico. E você?' Will espera pacientemente enquanto Nico sinaliza lentamente o seu nome. É adorável de uma maneira que Will nunca experienciou.

Will sorri. Ele escreve o nome dele, sinalizando lentamente para Nico. Nico copia ele. Will pensa na sorte dele e Nico terem nome curtos. Ele sabia sinalizar rapidamente, mas as vezes seus dedos ficavam com câimbras quando ele tinha que sinalizar em casa, listando qual irmão fez o que. Sinais de nomes tornavam as coisas mais fáceis.

Will interrompe essa linha de pensamento. Ele acabou de conhecer Nico. Porém, eles ficaram ali por mais uma hora, trocando pequenas perguntas e histórias. Quando cada um tomou o seu rumo, Will tinha o número de Nico salvo em seus contatos e um sorriso no rosto.

Doctor's Orders - Portuguese VersionDonde viven las historias. Descúbrelo ahora