Voltando ao antigo eu

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    Passo a passo, sua imaginação fica menor e inexistente perante a beleza da casa, sempre atravessando a mesma impressão que a deixa estatelada, meio gaguejante

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    Passo a passo, sua imaginação fica menor e inexistente perante a beleza da casa, sempre atravessando a mesma impressão que a deixa estatelada, meio gaguejante. Antes de continuar deu uma volta e indo em direção a Maurice, o abraço que lhe deu não precisou sussurrar no ouvido a intenção, já bastou para ele, seus braços já representavam cada carta que foi parar na lareira que apagou as palavras, apesar de ferir, a sinceridade de Maurice lhe tirou a censura que sua mãe não aceitaria. Sentiu os passos da Sra. Aimeé chegando. O fôlego que ela tomou deve ser respondido, antes de sentir raiva, a saudade derrubou qualquer outra ação, agora se via naquele espelho do casamento, uma mulher crescida era a partir de agora uma exigência, a criança estava na estrada que passou para trás, ainda na carruagem podia ser aquela inocente alegria, agora respirava para assumir o lugar que lhe foi dado.

    Mesmo de costas e não demonstrando que sua presença apresenta para ela algo intimo, mesmo assim, a Sra. Aimeé com todas as forças que já teve, envolveu o corpo que segurou na palma, mesmo que não desejasse, mesmo que fosse corrigida pela Madame k, quando sentiu os braços envolvendo com força sua cintura. Cecília permaneceu imóvel, as lembranças das falsas palavras, do segredo que preferiram manter. O sorriso que apresentou foi pela infância, pelo laço construído as brincadeiras que aquelas mãos lhe deu, não a trataria mal.

 -Quanta saudade é possível de guardar num corpo só, quanta?- no meio da força que seus braços se apropriam, as lágrimas afrouxam o laço recriado, mas Cecília respondeu o afeto sem restrições, as suas lágrimas foi uma confusão de raiva e amor. 

-Vocês mulheres estão sempre com mesmo drama, por favor, parem, a Srta. Gregori tem que ir vê o sue pai, rápido Nadine. -Apesar do que falou, Maurice era complacente com a situação.

   Caminhando mais a frente Maurice leva as malas de Cecília, com as novas e antigas coisas que tinha, após completar o abraço, às duas finalmente entram de fato nas terras da família Gregori. Atravessando o arco e os javalis, sentia o dever abrir os braços e aceitar o novo ano e o dia que chegou, mas não queria certas mudanças, que não seguem a ordem  para as coisas crescerem como uma flor cheia de espinhos perto da primavera ou uma árvore. Manteve o comportamento que as irmãs ensinaram, respondeu cada pergunta com a verdade total sem floreios ou meia verdade, só a mentira necessária. Ficou curiosa para saber como funcionava a família Resnais e para sua surpresa descobriu que sua madrasta estava na cozinha matando duas galinhas para o almoço, a Sra. Aimeé teve poucos minutos para notificar como funcionava o dia a dia deles, era confortante saber que diferença do que imaginara, no casamento os Resnais pareciam distantes de uma terra como essa. 

   Quando falou isso, a Sra. Aimeé escondeu um ar de "mas" na ponta do dedo, fazia o mesmo quando tinha algo errado, era hilário vé-la secretamente levantar o dedo para dizer ter algo de errado, ao notar isso, um pouco de esperança aperto seu coração "ela pode confiar em mim de verdade". Pela forma que seus olhos tomaram, entendeu que só falaria fora da casa, fora das paredes estranhas.

 -Maurice, por favor, leve as minhas coisas para meu antigo quarto, vou revisitar o campo.-ele não acreditou, a olhou do mesmo jeito quando fazia suas mentiras de boa moça, mas nada disse, da porta que estava perto continuou. 

 Como antes elas andaram até perto do muro, as borboletas circulam as árvores próximas como o silêncio entre elas, algo em primeiro lugar devia ser dito, mas Cecília desistiu de falar ainda na carruagem, o passo de falar algo foi de Sra. Aimeé, antes de finalmente construir a frase, Cecília se apoio em esperanças, aguardava o que diria como antes, as palavras de conforto que sempre as fazia verdadeiras. Era o que queria ouvir, é estranho não ter mais isso. 

-A Família Resnais é de uma falsidade completa, toda essa postura meio realeza que nós vimos no casamento, não é nada além de uma nuvem extensa, algo como uma bela pintura. Nada têm eles de compostura ou educação. -A decepção que descobriu nessa informação não transpassou os dentes e os olhos, se manteve longe, num lugar imparcial. 

— O que você quer dizer exatamente?-disse sentando numa pedra do muro que sempre sentou, os olhos de uma fofoqueira da mais alta regência brilham. Ela olha nos lados e escolhe uma expressão mais contida, para ter imagina Cecília, mais liberdade sem ter uma futura censura.

  -Essas duas crias que a auto-intitulada Madame k tem como filhos, esses demônios, não no sentido de alguém que possa melhorar com o tempo ou com algumas palmadas. São verdadeiramente criaturas de um inferno que Dante não descobriu, disso tenho certeza. -Cecília acha graça e esconde uma pequena risada, mas sabia que apesar dos exageros que a Sra. Aimeé já falava antes, sempre era pontual nas coisas que dizia. 

-Alguém lhe fez algum mau? 

-Bom seria isso, fazer algo por pura maldade, mas não. É pior, nos primeiros dias se mostraram gentis, como se realmente se importassem com a fazenda, mas de longe ela faz algo para outra pessoa além dela mesma e dos seus filhos. A menina Floence se apresentou como inteligente e rápida, mas se negou a utilizar essa inteligência para outra coisa além dos cadernos, trata mal os empregados, já me acordou varias vezes à noite para fazer um lanche que nem comia todo. Geraldine diz não se prender a um só gênero, quando chegou estava com calções e um gibão bordado, noutro dia vestia um extravagante vestido, o respeito por minha parte sempre existiu, a Madame k demitiu, quem falasse dele ou ela, nunca sei como chama – lá. Achei inicialmente que pelo distanciamento do que é normal, seria a diferença dentre todos, alguém na posição dela trataria os outros diferente, novamente me enganei. Além de fazer o mesmo que a irmã, ele xinga a todos, quebrou vários objetos da casa...

 -Meu pai não fez nada? Ele sempre foi um homem severo, nunca tolerou essas coisas, quando me comportei de forma semelhante foi mandada para lá. - o olhar dele de reprovação ainda esta na sua mente.

-Também me pergunto, ele parece enfeitiçado, não parece ele mesmo, desde que a Madame k começou a fazer festas, isso mesmo que ouviu, nunca o vi tão fechado. Agora ele fez essas viagens de negócios, essa família faz as coisas livremente, eu sempre ponho as coisas valiosas no seu quarto, seu pai ordenou que ninguém além de mim podia entrar, até agora estão obedecendo. - tentando capturar um pouco a mais de fôlego, continua com a voz triste. – Madame k ela anda pela casa num olhar de quem ordena reverencia, ela e seu macaco-dourado são cruéis, Mefistófeles uma vez por ordenança de K atacou uma das meninas, a Marion, a deixou com mordidas e feridas horríveis.

   Cecília sentiu as paredes de a sua casa lhe sufocar, como se a própria fosse um mero inseto,  a Sra. Aimeé estava na porta naquela hora nas portas para da boas-vindas, mas também para alertar do que pode acontecer, o que mudou desde que foi embora.




COMO DISSE NO CAPITULO ANTERIOR, VOU COLOCAR AS MÚSICAS QUE escutei PARA ME INSPIRAR NA ESCRITA DESSE CAPÍTULO.

-Sign of the times.-Harry styles

-Decode.- Paramore.

-Consideration. -Rihanna e Sza.

-Fire meet gasoline. -Sia.

-Pink and white. -Frank ocean

- Shecharchoret.-Ofra haza

-Water under the Bridget. - Adele

-Wings. - Birdy


Seus olhos azuisWo Geschichten leben. Entdecke jetzt