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Me arrumo e saiu de casa, João está me esperando e vejo dois seguranças dentro do carro, me sinto não sei como me sinto esperava vê-lo, porque mesmo se ele me irrita, melhor assim.
João para na entrada do hospital e os caras me seguem.
- Senhorita Karol. - Um deles me chama.
- Vai a uma consulta médica, desculpe só preciso saber porque o chefe vai me perguntar.
- Qual o seu nome?
- Michel. - Olho para o outro.
- Lionel.
- Ótimo Michel e Lionel, eu não vim fazer consulta, vim visitar me esperem aqui.
- Aqui?
- Sim eu vou entrar aqui. - Eles assentem e entro, Chiara me ver e sorrir vem me abraçar.
- Que bom que veio, as crianças já estavam perguntando se teríamos a tia Karol hoje, sabe a semana foi difícil com toda a quimioterapia que eles tem feito.
- Imagino, vamos trazer um pouco de alegria para eles hoje.
Passo as próximas horas contando e cantando para as crianças do hospital.
- Como estão as coisas? Conseguem atender todo mundo?
- Não, as doações não nos permite atender a todos inclusive semana passada tivemos uma garotinha de dois anos, mandamos para São Paulo menos mal o pai conseguiu pagar o tratamento, não quero nem pensar.
- Nossa, mais eles tem família lá?
- Não pelo que entendi, a mãe viajou com a criança e está hospedada em algum lugar.
- E não poderia fazer aqui?
- Não tínhamos como, não possuímos essa estrutura aqui, são poucos o que conseguimos atender.
- Temos que fazer alguma coisa... - Falo
- E como?
- Não sei eu vou dar um jeito você vai ver, e vamos trazer a mãe e a filha de volta não podemos deixar que uma família passe por isso ainda mais separados. - Ela segura minha mão.
- Seu coração é enorme garota, mais por enquanto não podemos fazer muito.
- Deixa comigo eu vou dar um jeito.
Saiu do hospital com o essa família na minha cabeça.

Entro em casa e vou para o meu quarto, faço algumas coisas da faculdade e coloco um maiô a noite está tão quente vou dar uma caida na piscina.

Vou na cozinha e faço um sanduíche e saiu de casa acabo chamando atenção dos seguranças quando passo, claro estou só de maiô e um roupão e comendo.
Tiro o roupão e coloco em cima da espreguiçadeira e pulo na piscina, vou até o final e volto, vou e volto umas cinco vezes, fico de barriga pra cima boiando quando escuto uma voz atrás de mim olho ele está abaixado, continuo nadando.
- Vejo que arrumou algo para passar o tempo.
- Está dizendo que eu não tenho nada pra fazer?
- Não quando está aprontando.
- Não sei o que significa aprontar nessa sua cabeça.
- O que tem minha cabeça?
Continuo nadando de costas.
- Velha.
- Garota...
- Garota o que? Eu estava aqui quietinha foi você que veio me encher.
- Tem razão, talvez porque não aguento vê-la quietinha.
- Deveria aproveitar são raros momentos. - Canso de nadar e saiu da piscina aperto o cabelo tirando o excesso de água e sacudo um pouco com os dedos pego o roupão e visto.
- Deveria entrar, já está tarde e pode pegar um resfriado. - Faço uma careta.
- Sim senhor papai.
- Não sou seu pai. - Olho ele de cima a baixo e mordo meu lábio segurando um gemido, porque o que ele tem de chato tem de gostoso.
- Tem razão não é. - Dou um passo para ir embora e paro ao seu lado, sussurrando vejo ele engolir em seco.
- Não sentiria tesão ao olhar meu pai. - Sorrio comigo mesma e caminho de volta pra casa, ponto pra mim.
Tomo banho e lavo meu cabelo, visto um blusão e uma calcinha penteio o cabelo e desço, encontro Valentina na frente da tv.
- Que tal um filme? - Ela pergunta.
- Vou pegar a pipoca.
Volto e ela coloca um filme lá e assistimos.
- Como está a faculdade? - Pergunto.
- Não vejo a hora que termine.
- Nem me fale, você acha que a Sevilla vai sobrar pra gente?
- Eu não queria, mais estou pensando na quantidade de gente que trabalha ali. - Respiro fundo.
- Faremos o possível para que eles não percam o emprego. - Ela assente.
- Eu quero fazer uma coisa e queria sua opinião?
- O que é?
- Quero implantar um centro para crianças com câncer, é mais o apoio para o hospital porque a cidade não dispõe de recursos e eu queria dar isso a eles.
- É maravilhoso Karol, eu super apoio vou falar com Jonatas amanhã mesmo vamos fazer isso.
- Sabia que iria me apoiar.
- Sempre, sei como é difícil pra você vimos a titia passar por isso.
- Se ela sofreu não consigo imaginar uma criança. -Valu assente.
- Precisamos de uma bebida.
- Oh eu super concordo, aproveita me conta como está o disco.
- Aí não te contei comecei a gravar ontem vou te mostrar. - Ligo o som enquanto enche as taças e coloco minha música

Aumentamos o som e começamos a dançar e rir as duas.
- Acho que bebemos demais. - Falo
- Também acho, será que consigo subir as escadas. - Valentina fala se apoiando em mim e esbarramos no vaso fazendo-o cair com baque no chão.
- Aí meu Deus, acho que não. - Ela resmunga.
- Vai vamos tentar. - Digo e a porta da sala se abre com tudo fazendo com que a gente se assuste e caia com tudo no chão.
- Aí meu bumbum, sai sua gorda está me matando. - Reclamo.
- Eu não sou gorda, estou muito gostosa vocês não acham garotos? - Ela pergunta e só então me dou conta que Michael e Ruggero estão nos olhando.
- E você está uma delícia. - Ela bate na minha bunda quando fico de quatro no chão tentando me levantar e falhando.
- Desisto acho que vamos dormir aqui.
- Posso saber quanto as mocinhas beberam? - O chato tinha que ser ele.
- Só um pouquinho. - Valu faz com o dedo e vejo Michael levantar uma garrafa.
- Acho melhor ajudar elas. - Ele fala.
- É a primeira coisa legal que ouço esse chato falar puta que pariu palmas pra ele. - Falo e Valentina começa a rir.
- Vou levar em consideração que está bêbada Karol.
- Não leve, aproveite que estou bêbada e fale, tanto não vou lembrar de nada amanhã mesmo. - Ele respira fundo e vejo Michael pegar Valentina no colo.
- Vem deixa eu te ajudar. - Ele se abaixa me ajudando a ficar em pé, já que eu estava de quatro no chão.
- Consegue se apoiar em mim.
- Sim. - Subimos as escadas bem devagar e ele abre a porta do meu quarto, segurando minha cintura caminhamos até minha cama e não entendo quando ele me solta e vou caindo pra trás agarro na jaqueta dele e ele cai em cima de mim fecho os olhos e sinto o colchão macio, a idiota ele te soltou porque você já estava na cama.
Abro os olhos e encontro os seus, que se alternam entre meus olhos e minha boca.
- Você tem os olhos mais lindos que já vi. Falo.
- E a boca tão chamativa que dar vontade de beijar e morder. Sinto suas mãos se fecharem no lençol apertando como se estivesse reunindo forças, ele então beija minha testa e se levanta.
- Boa noite Karol. - Escuto só clic da porta.
Porra eu devo está bêbada mesmo.
Vou para o banheiro tropeçando e abro o chuveiro me jogo em baixo, e quando me sinto mais sóbria saiu, me enxugo e visto o roupão, pego a garrafinha de água e bebo, seco meus cabelos e vou até a porta que dar no terraço abro e me apoio no muro olhando as estrelas que estão muito bonitas hoje.

EntrelinhasWhere stories live. Discover now