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Eu queria muito ficar com ela, vê-la acordar, mais eu não podia, e porque? Simples Bruno Pasquarelli, eu sabia que ligar para ele e pedir proteção a Ana faria com que ele viesse atrás de mim.
Assim que estaciono meu carro em frente a minha casa vejo dois carros parados e avisto meu pai na minha varanda sentado.
Desço do carro e já vou entrando em casa e ele me segue.
- Como me encontrou?
- Você achou mesmo que eu não vinha?
- Não, eu sabia que viria.
- Chega de fugir arrume suas coisas partimos em vinte minutos.
- Eu não vou a lugar nenhum.
- Vai sim, preciso que organize sua parte, o que sua mãe deixou está parado e não consigo mexer em nada porque tudo está no seu nome, ou vem comigo ou vai perder tudo o que ela te deixou.
Minha mãe deixou as empresas no meu nome sem direito que meu pai pudesse mexer, ele está no comando mais quando se trata de decidir coisas grandes ele não consegue e isso o deixa frustrado, e quando sumir piorou ele perdeu grandes investimentos.
- Tudo bem eu vou.
- Você o matou?
- Sim.
- Como se sente?
- Consigo dormir. - Ele assente.
Ligo pra Lina e aviso que estou viajando mais volto logo, pegamos o jatinho e partimos para Itália.
O que eu pensei que fosse rápido levou dois meses, consegui nomear Ana como minha procuradora ela ficou responsável por tudo e meu pai ficou muito satisfeito, ele gostava de Ana como uma filha no final fiz as pazes com ele.
- Tem certeza que não quer ficar?
- Tenho, minha vida é lá tenho a Lina e a Lete.
- Porque não trás elas?
- Porque a vida delas também é lá.
- Espero você aqui, não espere que eu morra para vir me visitar.
- Credo pai. - Me despeço dele e entro no avião voltando pra casa, desembarco e entro no táxi, quando ele passa perto da reserva um outdoor estampa uma foto de Karol, falei com Agustin e ele disse que ela estava bem melhor ainda faz uso das moletas mais aos poucos consegue se mover.
Ligo para Lina e ela me chama pra almoçar e quando pergunto onde ela está.
- Estou trabalhando venha me buscar e almoçamos, te mando o endereço.
Não vi o endereço, entrei em casa joguei a mala em qualquer canto e tomei um banho, me troquei e já peguei meu carro e sair, olhei no celular o endereço e Franzi o cenho, chego nas empresas Sevillas e entro, na recepção Luisa a recepcionista sorrir lembrando de mim.
- Que bom que se recuperou rápido, como posso te ajudar?
- Estou procurando Carolina Pasquarelli ela está aqui.
- Ah Lina, sim espere um segundo.
- Pode entrar ela está te esperando na sala.
- Qual sala? - Pergunto.
- A presidência. - Estou confuso agora, mais vou com o coração querendo sair pela boca só com a possibilidade de encontrar Karol, mas quando entro encontro Lina ela sorrir.
- Estamos em mundo paralelo e você está justo nessa cadeira.
- É louco né, eu ainda não me acostumei.
- Como assim, eu fico fora dois meses e você veio parar aqui?
- Pois é, Karol confiou a mim seu lugar aqui, claro estou sempre precisando dela mais a Valentina é um amor e me ajuda muito e o Jônatas também.
Não vai perguntar por ela, vamos pergunte? Ela me desafia e fico constrangido.
- Ela está bem, ainda usa moletas, mas está fazendo fisioterapia, e com os ensaios está a todo vapor.
- Ensaios?
- Em que mundo você vive, não usa rede social não é, Karol vai em turnê em poucos dias, na verdade ela viaja na segunda já depois do aniversário da Lete.
- Sério, caramba eu sabia que ela conseguiria ela tem uma voz maravilhosa.
- Sim, vamos almoçar tenho umas coisas pra fazer ainda e achei uma babá para Lete super gente boa.
- Fico feliz por você prima.
- Eu também e não sei como te agradecer por tudo.
- Não precisa agradecer eu faria tudo de novo se fosse preciso.
Quando saimos da sala dela Luisa chama Lina entregando uns documentos.
- Lina esses precisam da assinatura da senhorita Karol, são as faturas do hospital? - Lina franze o cenho.
- Da construção. - Ela explica.
- Ah sim, vou entregar a Valentina obrigado Luisa.
- Contrução de hospital? - Pergunto.
- Eu não te falei, as melhorias no hospital foram graças a ela, e a ala foi ampliada recebendo mais crianças, não é incrível.
- Sim ela é incrível.
- E o que está esperando para correr atrás dela. - Faço que não.
- Quando vai admitir pra si mesmo que gosta dela, quando vê-la partir é isso?
- Não gos...
- Nem vem, sua cara de bocó fala por si, não acredito que seja tão cabeça dura a esse ponto.
- Lina podemos mudar de assunto, eu fui estupido com ela da última vez e...
- Você tende a ser estupido as vezes quando tenta fazer exatamente o que está fazendo agora.
- Tudo bem vamos comer. - Falo mudando de assunto e saímos da empresa, paro em um restaurante e almoçamos, volto deixando Lina na empresa e vou até o hospital preciso fazer uma revisão no braço que não fiz.
O médico me atende super de boa, e meu braço está ótimo, encontro a doutora da outra vez ela estava saindo de sua sala.
- Oi Padrinho da Lete e não pai. - Ela rir.
- Oi Doutora como vai?
- Bem, ah que bom que te encontrei. - Ela me pede um minuto volta na sala e depois sai com um envelope nas mãos.
- pode entregar a Karol, obrigado você me salvou , já tem um tempo que está comigo.
Pego o envelope, posso sempre entregar a Lina.
Volto pra casa apoio o envelope na mesinha de centro e vou tomar banho e fazer algo para jantar.
Sento de frente para a tv e coloco em qualquer canal, então vejo o envelope e pego.

Reparto de células troncos.

Porque a Karol estaria interressada em células troncos por acaso ela está doente?.
Percebo que o envelope não está fechado. Suspiro pensando se leio ou não, então retiro os papéis.
Tem o nome dela como paciente, é uma cartela clínica.

Doadora com êxito positivo.

Continuo lendo e vejo a data que ela doou e meus olhos se arregalam.
Pego meu telefone e ligo para Lina.
- Quando a Lete fez o tratamento com as células troncos? - Já pergunto direto e ela me diz a data, ou seja dois dias depois que Karol fez a doação, pergunto a Lina como é feita a doação e ela me explica que por meio de uma cirugia ele extraem da coluna o sangue e que o paciente fica de repouso por uma semana a quinze dias.
Desligo o telefone e ligo para Gaston e peço que consiga a cartela clínica da cirugia que Karol fez.
Em menos de meia hora tenho tudo no meu email.
Não sei o que pensar porque ela fez isso, ok ela já tinha toda uma rotina de visitar as crianças no hospital sei que ampliou a ala médica, a mãe dela descobriu o câncer muito tarde e ela...
Ela é perfeita e maravilhosa e mimada irritante mais é a pessoa mais bondosa que existe.

EntrelinhasWhere stories live. Discover now