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Beijar Ruggero era algo de outro mundo não é possível, meu corpo chega a tremer, confesso que perdi a fala quando ele entrou na cozinha com a camisa aberta, cacete o homem é uma delícia e meu único pensamento era deslizar a língua por todo seu corpo e me vi fazendo isso, só que tive que voltar a realidade ele não era pra mim e tinha que aceitar isso, a imagem daquela garotinha está bem nítida em meus pensamentos, só que indo contra tudo o que eu pensei, dessa vez eu juro eu não fiz nada, não dei em cima me comportei, Deus quando eu tento ser a garota boazinha sempre acontece algo para me tirar o tapete, e foi ele mesmo, o próprio Ruggero que me atacou com sua boca deliciosa e uma língua maravilhosa, não queria que esse beijo acabasse nunca.
Ruggero se afasta e vai até a porta.
- Porra, joguei pedra na cruz eu sei, vou para o inferno com passagem só de ida porque tudo tem que ser tão difícil, não Karol fácil aqui só tem você que não resisti a um homem gostoso.
- Karol... Shiiii.
- Que porra eu estou calada você não está vendo, calada não disse nada, quem está falando algo aqui eu... - Ele me beija de novo e então se afasta permaneço com os olhos fechados.
- Preciso saber o que está acontecendo, a luz foi embora não quero te deixar apavorada mas podem está tentando invadir a mansão. - Abro os olhos e o encaro e pela primeira vez consigo ler seu olhar de preocupação.
Pigarreio e salto da mesa.
- Tudo bem, tem um gerador no quartinho dos fundos, posso ir até lá e tentar ligar.
- Não sozinha, espere. - Ele vai até a porta novamente.
- Vem até aqui bem devagar. - E vou, ele me coloca atrás dele e pede silêncio e aponta então vejo uma sombra de alguém com uma arma, quando volto a olhar, Ruggero já está com uma arma na mão.
- Quero que respire fundo e conte até dez bem lentamente.
- O que?
Então a pessoa entra na cozinha de costas pra gente, Ruggero abaixa a arma e enforca sei lá quem, o cara cai desacordado e posso ver que usa um capuz cobrindo o rosto.
- Tudo bem? - Ele pergunta e assinto.
- Vamos até o gerador agora.
Abro uma porta que tem na cozinha e dar para alguns quartinhos que seriam de empregados mas estão vazios, entro e ele me segue, vejo um vulto e paro no lugar esquecendo que Ruggero está bem atrás de mim, seu corpo bate nas minhas costas mas com uma mão ele segura meu corpo que já estava indo pra frente, então sinto, seu corpo está colado ao meu, caraca não tenho tempo de falar nada o vulto vai saindo pela porta e quando vi já tinha girado o pulso dele fazendo a arma cair e chutei suas bolas fazendo o cara urrar de dor e cair de joelhos dou uma joelhada no queixo e o cara apaga, estou ofegante e olho para Ruggero que está em choque.
- O que? defesa pessoal, até que aulas serviram. - Dou de ombro e continuo o caminho.
- Você não vem. - Ele passa pelo cara e pega a arma dele, entramos no quartinho que mais parecia uma dispensa.
- Estou sem celular. - Ele tira o dele do bolso e acende a lanterna coloco a mão para puxar a lavanca e escutamos barulho de tiros, ele cobre minha mão com a sua e levanta.
- Karol olha pra mim. - Meu corpo está tremendo como se me puxasse novamente para aquele dia.
Ruggero segura meu rosto e beija meus lábios suavemente sem pressa alguma como se o mundo não estivesse acabando lá fora e funciona esqueço tudo, e quando ele se afasta me encara.
- Vai ficar tudo bem, mas preciso de você aqui comigo, não entre em pânico agora.
- Não tenho medo.
- Eu sei que não tem, sua força as vezes me faz questionar a minha. - Ele faz uma careta.
- Mas preciso de você concentrada aqui, tudo bem.
- Sim.
Ele desliga a laterna e liga pra alguém.
- Mike, o que está acontecendo?
- Invadiram porra, eu estava indo atrás de você quando escutei a explosão no portão.
- Onde você está agora, precisamos chegar até Valentina.
- Já estou com ela, corri para a porta da frente, a porta do quarto de Karol estava aberta e ela não estava então entrei no de Valentina, estamos aqui.
- Karol está comigo, escute coloque Valentina no banheiro precisamos tirar esses merdas da casa.
- Sim te encontro na sala.
Ele se vira pra mim.
- Valentina está bem e segura, preciso que fique aqui, e me espere quando tudo terminar eu venho buscá-la. - Faço que não.
- Karol não é hora pra birra você precisa ficar aqui e tranque a porta. - Meus olhos se arregalam e o choque de antes começa a tomar meu corpo.
- Merda me desculpe, não posso deixar você aqui trancada. - O que ele diz me tira do transe, Ruggero segura minha mão.
- Não saia de perto de mim. - Seus dedos estão entrelaçados aos meus e ele abre a porta com a outra mão que está segurando a arma, olha lá fora.
- Pronta. - Faço que sim e saímos, o corredor estava livre mas quando chegamos a cozinha vejo dois caras e Ruggero atira nos dois.
Se volta para mim e só assinto que está tudo bem, entramos na sala e está uma merda, a luz está fraca mais consigo ver Mike no alto atrás da pilastra e Agustin na porta e tem mais ou menos dez homens espalhados, alguém me pega por trás, mas Ruggero é tão rápido que sinto as mãos do homem raspando minhas costas, olho pra trás ele está caído, a cozinha está escura o gerador só funciona na sala e nos quartos, e merda de pontaria foi essa, ele se aproxima e passa a mão na minha testa secando... Sangue.
- me desculpe, você está bem?
- Estou bem, cacete que mira é essa? - Abro os braços sem ter o que dizer e ele rir.
- Tranque a porta e fique ao lado do armário, precisa ficar aí eu não vou tirar os olhos de você entendeu. - Assinto e tranco a porta, me abaixo onde ele falou e o vejo se abaixando atrás do móvel já na sala, sei que os tiros parecem não acabar nunca, vejo quando Ruggero levanta e caminha entrando na sala ele se vira pra mim mas a arma está apontada pra lá, pra alguém, vejo Agustin passar pela porta, logo Sebastian e Gaston.
- Levem esse merda daqui. - Ruggero fala coloca a arma no coldre e vem em minha direção.

EntrelinhasWhere stories live. Discover now