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Índia.

06:40 da manhã e essa porra de despertador tocando, abri meus olhos devagar sentindo uma movimentação do outro lado da cama.

Vi o braço tatuado em cima da minha cintura e lembrei de cada momento da noite passada.

Às vezes voltar no passado é bom pra caralho.

Levantei de um jeito que ficasse sentada na cama e olhei pra trás vendo ele com a mão no rosto

Passei meu olhar pelo corpo inteirinho dele, mesmo que dá cintura pra baixo tava tudo coberto pelo edredom.

Peguei meu celular de cima da mesinha e desliguei aquele barulho dos infernos e voltei a encarar o Vilão que também me olhava.

Vilão: vai me bater não né?

Índia: que? não, porque?

Vilão: bipolar do jeito que cê é, já faz a gente acordar com medo.

Índia: vai se fuder idiota.

Vilão: fiz isso ontem e tu é a prova

Olhei pra onde ele tava olhando e vi as marcas, meu Deus.

Índia: filho da puta.

Fui pra cima dele começando a dar socos no abdômen do mesmo que dava risada, sentindo nem cócegas, desgraçado.

Cansei e parei de bater nele percebendo que eu tava sentada em cima dele enquanto suas mãos tavam na minha cintura apertando e soltando.

Fiquei encarando os olhos dele enquanto algumas lembranças vinham na minha mente.

Ele virou o corpo fazendo eu cair deitada no outro lado e veio pra cima de mim ainda sem quebrar a troca de olhares e veio chegando mais perto começando a me beijar.

Um beijo caralhento, como se a única boca que encaixasse na minha, fosse somente, a dele.

Sai do beijo dando um selinho e levantei.

Índia: é triste, mais tanto eu quanto você, temos muito trabalho pra fazer.

Vilão: a não Índia.

Índia: a não nada, invasão vai rolar toda semana quer apostar?

Vilão: para de jogar praga.

Índia: praga em que? em mim? já viu a entrevista nova do meu pai?

Vilão: eu não, velho chato, tenho paciência nem pra mim.

Murmurou e eu peguei meu celular de volta abrindo na galeria e indo pra um vídeo que tava lá no meio da entrevista que ele deu.

Taquei o celular em cima do Diogo que tava olhando pro meu corpo e eu fui pro banheiro puxando uma camisa dele e a minha saia jeans que tava jogando no chão

Vilão.

- e o senhor tem diversas visões sobre as facções do Rio de Janeiro, uma delas é a do Vidigal, que tem a dama do crime, uma das mais fluentes do Brasil.

Roberto: Manuela Oliveira, ou melhor o vulgo né, Índia, porque infelizmente essa criminosa carrega o meu sobrenome com ela sujando ele pelo país a fora e como muitos dizem, ela já foi a namorada do Vilão, o que comanda tudo ta no topo das facções criminosas do Rio, e o que não é novidade pra ninguém é que ela tem valor pra ele, ela é o ponto fraco, então pensando muito pela lógica no momento o alvo ta sendo ela.

Falso, mentiroso, sempre foi ela nesse caralho, eu fui preso pq miraram nela e a bala pegou em mim, esse inferno

Índia: ta bem aí?

Olhei pra porta do banheiro vendo ela sair com a minha blusa amarrada e a sainha que ela tava ontem.

Vilão: teu pai é muito falso, credo você é igualzinha ele, esse nó aí vai estragar minha blusa.

Índia: shiu

Bateu na minha perna e esticou a mão, eu peguei e dei um beijo vendo ela jogar o corpo pra trás.

Índia: saí cara, meu celular da.

Vilão: me ama gatinha, cê já ta indo?

Índia: tenho que passar na casa da Carol, ver a Larinha.

Vilão: loirinha ta toda soltinha

Índia: aniversário dela tá chegando

Vilão: ta ficando velha

Índia: ela vai fazer 6 anos Diogo.

Vilão: idai? menos um ano de vida.

Índia: se tu já quis ter um filho, cancela esse pensamento viu

Vilão: vou ter um monte e vai ser tudo com você.

Índia: sonha fofo, sonha

Saiu do quarto fechando a porta e eu dei risada levantando, daqui a pouco nois vai tar casando e ela nem vai entender nada.

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Eu na primeira ficada:

Mente CriminosaWhere stories live. Discover now