Capítulo 86: Fotos Na Galeria

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Mais tarde, naquele mesmo dia, eu estava deitada na cama do meu quarto enquanto Bruno tomava banho

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Mais tarde, naquele mesmo dia, eu estava deitada na cama do meu quarto enquanto Bruno tomava banho. Ouvindo o barulho do chuveiro, sentei e peguei meu celular. Estava indo mudar meu papel de parede quando meu marido saiu do banheiro.

- A toalha não está no banheiro. - ouvi ele comentar.

- Eu que tirei. - falei, ainda olhando o celular.

- Por que? Quer me ver saindo pelado do banheiro? - perguntou.

Olhei em sua direção vendo que ele pegou uma toalha no closet. Enrolou ela na cintura deixando seu cabelo ainda um pouco molhado.

- Eu coloquei a toalha pra lavar e esqueci de colocar uma nova no banheiro. - contei.

Ele sorriu.

- A minha versão é mais interessante. - falou, e andou até o lado dele na cama.

- Acha isso porque você não vale nada. - exclamei.

E ele nem tentou negar.

Bruno tirou a toalha da cintura e usou a mesma para secar seu cabelo. Depois, deitou na cama se cobrindo com o edredom. Diferente dele, eu não estava nua. Usava uma blusa azul que substituía muito bem um pijama.

- O que está fazendo? - ouvi ele perguntar, assim que sentou ao meu lado.

Perto o suficiente para me fazer sentir sua respiração no meu rosto.

- Acabei de descobrir que não tenho uma foto minha no meu próprio celular. - falei, fuçando a galeria do aparelho. - Nem pra papel de parede.

Na verdade, só tenho fotos das meninas. E umas 10 do Bruno.

- Eu tenho fotos suas. - meu marido contou.

- Sério? Então me envia algumas.

- Meu amor, as que eu tenho não são muito apropriadas para a tela do celular. - disse.

Franzi o cenho confusa.

- Tá dizendo que tem fotos minhas nua no seu celular? - perguntei.

- Não, eu tô dizendo que não são apropriadas, não falei que tá nua. - disse.

- Eu quero ver. - falei.

- Por que?

- Por que as fotos são minhas. - respondi.

- Não, as fotos são minhas. - afirmou.

- Deixa de graça. Me deixa ver as fotos. - pedi.

Ele pegou seu celular que estava em cima da cabeceira. Desbloqueiou a tela e entrou em uma pasta. Quando me entregou o aparelho, comecei a ver as fotos. E acabei ficando surpresa com algumas.

- Eu não lembro de nenhuma dessas fotos. - avisei.

E várias daquelas imagens eu mesma que tirei.

- Você não costuma lembrar de muita coisa quando o tesão passa mesmo. - disse, e senti sua mão tocar meu rosto.

Mesmo com seu toque, continuei olhando as fotos.

- Quando essa foi tirada? - perguntei, me referindo a uma que eu estava deitada me cobrindo só com um lençol.

- Ah, eu lembro, depois de tirar a foto você me implorou para...

- Eu perguntei onde foi tirado, não o que estavamos fazendo nesse dia. - falei, sabendo que ele só queria me provocar.

- Foi em um dos quartos de hóspedes. - respondeu.

Voltei a olhar as fotos até que vi uma que eu estava segurando o p...

- Essa não...

Bruno pegou o celular da minha mão quando viu que eu estava quase excluindo a imagem. As outras eu até tinha gostado, não eram tão "inapropriadas" assim. Não como ele tinha insinuado. Mas aquela não.

- É a minha favorita. - disse, não me deixando pegar o celular de volta.

Quando fui tentar o aparelho, ouvi o choro de umas das meninas. Levantei da cama, mas antes de sair do quarto, olhei uma última vez para o Bruno.

- Apaga essa foto. - foi mais uma ordem.

- Meu celular está descarregado agora, talvez depois.

- É sério, Bruno.

Quando minha filha chorou mais alto, deixei aquela discussão para depois. Entrei no quarto das gêmeas e vi que quem estava chorando era a Alexia. Tirei ela do berço e comecei a balançar a mesma em meus braços.

- Está tudo bem. - falei, querendo acalma-la. - Mamãe está aqui.

Alguns minutos depois, sentei em uma poltrona que tinha ao lado da janela. Alexia parou de chorar e começou a cair no sono levemente. Ficando em silêncio, continuei a balançar ela até a mesma fechar os olhos.

Levantei com cuidado e coloquei Alexia de volta em seu berço.

Antes de sair do quarto, dei um beijo no topo de sua cabeça, fazendo o mesmo com Sophie que também dormia.

Apaguei a luz e deixei a porta um pouco aberta. Quando voltei para o meu quarto, sorri ao ver meu marido dormindo.

Ajoelhei no colchão e engatinhei até parar em cima dele, com uma perna de cada lado do seu corpo. Me inclinei em sua direção e comecei a beijar seu rosto. O que fez o mesmo acordar.

- Por que eu deveria deixar você dormir? - perguntei.

- Porque é uma boa oportunidade para você mexer no meu celular e excluir as fotos. - disse, de forma sonolenta.

Me afastei um pouco para olhar seu rosto.

- Realmente. - exclamei. - Mas acontece que eu gostei das fotos.

- Então posso ficar com aquela? - perguntou, se referindo a foto que tentei apagar.

- Pode ficar com todas, menos com aquela.

Ele segurou minha coxa e apertou não parecendo muito feliz com minha resposta. Sabendo que mais um pouco e ele ia voltar a dormir, eu deitei na cama encostando minha cabeça em seu peito.

- Qual das pequenas estava chorando? - perguntou, baixo.

- Alexia. Acho que ela teve um pesadelo. - respondi. - Mas já está tudo bem agora.

Quando ele não respondeu mais, levantei o rosto e vi que o mesmo tinha voltado a dormir.

Um tempo depois, eu também cai no sono com a tranquilidade de saber que os amores da minha vida estão perto e em segurança.

Olha quem deu o ar da graça

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Olha quem deu o ar da graça.

Para Sempre Te AmareiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora