CAP 40: me matar de prazer

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Nossos amigos foram à loucura com aquele beijo, só fiz com a esperança de amanhã eles não se lembrarem disso e por que uma parte de mim queria beijá-lo por pelo menos mais uma última vez.

Espero que ninguém em casa tenha acordado com a gritaria aqui fora.

— Satisfeitos? — Perguntei.

— Satisfeito mesmo eu vou ficar quando for padrinho do seu casamento, mas por hora eu estou.

Ignorei seu comentário e me despedi deles, eles foram embora e quando eu estava entrando em casa meu irmão apareceu e eu me dei conta que eu sou uma péssima irmã.

Não havia notado que ele desapareceu e agora estou me sentindo a pior pessoa da face da terra.

— Onde você estava? — Pergunto vendo ele vindo em minha direção sorrindo.

— Por aí. — Ele fala me abraçando mantendo o sorriso no rosto.

— Você está completamente bêbado, e por algum motivo está rindo à toa. Você usou alguma droga? — pergunto olhando no fundo dos olhos dele e segurando seus ombros.

— Não.

— Você tem certeza?

— acho que sim.

— Me escuta, a gente vai entrar, em completo silêncio, você irá tomar um banho frio e se deitar na sua caminha, tá bom?

— Não precisa falar como se eu fosse uma criança. Eu sei que temos visitas em casa, Anna. Vou me comportar.

Nós três entramos em casa e já fomos recebidos pela Magali, que se empolgou e soltou uns latidos, o que me fez ter um mini infarto.

Consegui que ela ficasse em silêncio e subi obrigando o Gabriel tomar um banho frio. Logo em seguida também obriguei madu a tomar banho no outro banheiro, por que em hipótese alguma eu iria deixá-la se deitar em minha cama cheirando a álcool e até mesmo cigarro, por mais que ela não fume ficamos perto de algumas pessoas que fumavam e o cheiro acabou impregnando em nossas roupas.

Enquanto ela estava no chuveiro encaminhei para o outro banheiro para verificar meu irmão, bati na porta e perguntei se estava tudo bem, quando ele não respondeu eu abri a porta e vi que ele estava vomitando.

Droga.

— Que merda, Gabriel. — Falei fechando a porta atrás de mim com cuidado.

— Pelo menos foi aqui e não na cama.

— Que ótimo momento para você ficar vendo o lado bom das coisas.

— Ja estou melhor, não precisa se exaltar. — ele falou se levantando do chão e dando descarga.

Ele havia terminado seu banho e provavelmente a única coisa que deu tempo dele vestir antes de passar mal foi uma bermuda preta.

— Eu não estou brava, estou preocupada, e afinal, por que bebeu tanto?

— Por que deu vontade, maninha, sei lá eu apenas quis ficar muito doido. Sou um adolescente que faz merda, qual a novidade nisso? — Ele respondeu e começou a escovar os dentes.

— Espero que você saiba que se você bebe na adolescência há grandes chances de você se tornar uma pessoa alcoólica no futuro.

— Acho que agora não é hora de bancar a nerd.

— Não estou sendo nerd, estou apenas te apresentando fatos para depois você não dizer que ninguém te avisou.

Ele acabou de escovar os dentes e eu o acompanhei até o quarto. Ordenei que ele se deitasse e por algum motivo ele me obedeceu sem questionar, o que foi uma surpresa para mim, joguei o cobertor sobre ele e peguei uma lixeira e coloquei ao lado da cama dele para o caso dele passar mal novamente.

Meu vizinho é meu inimigoWhere stories live. Discover now