vou mudar essa parada que tu acha de mim

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Malu

Fiquei fazendo o que me indicaram. Dancei como se tivesse numa festa e aproveitei o momento, descontraindo com a música. Cabelinho tocava na minha cintura me puxando pra perto e até parecia que a gente tinha uma conexão de anos.

- Corta!

O diretor diz e a música para. Saiu de perto dele que me olhou meio desiludido, fui até ao monitor onde a cena passava e o Cabelinho me seguiu.

- Tá foda, papo reto! - ele bate palma mostrando o seu contentamento

- Caralho, parece até que se conhecem á mó tempão! - Arthur comenta com Cabelinho que ri dele

- Tá chapado mermão? Viajou demais.

Eles tinham razão. A cena tinha ficado realmente boa, os olhares e a forma como ele me tocou, a gente tinha uma conexão diferente.
Pra minha primeira vez fazendo isto tinha ficado muito bom, papo reto.

- Arrasou muito, patricinha. - Cabelinho chega em mim

- Valeu - viro as costas pronta pra vir embora mas ele segura meu ombro

- Qual foi? Eu sei que eu vacilei feio contigo, mas eu não sou o filha da puta que tu acha que eu sou.

- Cara, tu me viu caída no chão e sua reação foi me chamar de patricinha e teve a cara de pau de ir embora sem nem perguntar se eu tava bem. Já tirei todas as conclusões sobre o tipo de pessoa que você é.

- Pô, tá sendo injusta, na moral. Nem me conheceu direito. - reviro os olhos ao ouvir aquilo. Como se eu não tivesse motivos para achar ele um grosso - Pega a visão, tu me da seu número e durante duas semanas vou mudar essa parada que tu acha de mim.

Eu rio em forma de deboche e ele me olha sério, talvez um pouco confuso.

- E eu vou ganhar o que com isso cara?

- Eu paro de pelar seu saco, tá ligado. Só quero mostrar pra tu que não sou aquele vacilão pô.

Respiro fundo sem nem ter certeza da minha resposta mas tudo mundo merece uma segunda oportunidade, né. Arthur parecia estar sendo mesmo sincero aquele dia na padaria e não perdia nada em conhecer o Cabelinho melhor.

- Anota aí. Vai logo antes que eu mude de ideias.

Ele pega em seu celular e anota meu número salvando como "patricinha marrenta".

- E para de me chamar de patricinha, na moral, mó chato isso. - ele ri de mim e abana a sua cabeça de leve

- Fé

QuímicaWhere stories live. Discover now