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Ágata.

Eu nunca me senti tão traída assim. que ódio, que nojo.

Vargas: o que tá acontecendo aqui? - levantou, procurando suas roupas. - eu posso explicar, amor. Não é isso que você tá pensando.

Rafaela: é isso sim. - falou me olhando.

Eu: eu não quero saber de nada. - respondi, limpando uma lágrima que insistia em rolar. - me esquece, Vargas. Não me procura. - tirei a aliança, tacando nele. - eu tenho é nojo de vocês, nojo.

Falei saindo dali correndo, enquanto ele me gritava.

Que decepção.

Passei pelo pessoal e nem falei nada, só caminhei o mais rápido que eu pude.

Ingrid e Eric vinha atrás me chamando, mas eu não tava com cabeça pra me explicar, e falar o que aconteceu.

Eu nunca imaginei que, uma pessoa que faltou se humilhar pra ficar comigo, para no final, me trair.

Chocada, passada.

Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, tranquei a porta e verifiquei se a janela tava fechada.

Me joguei na cama, me permitindo chorar o tanto que eu precisava, para limpar a alma.

Eu nunca mais, nunquinha... caio no papo de homem escroto.

[..]

Acordei com alguém batendo na porta. Eu não iria abrir, não queria conversa. Muito menos se fosse Vargas.

Vargas: bora conversar, Ágata. - sussurrou. - por favor, eu não fiz nada.

Eu: some daqui. - falei com ignorância. - eu não quero saber. já deu.

Vargas: Ágata. - afundei meu rosto no travesseiro. - eu vou, mas eu não vou desistir de tu.

Fiquei calada, sentindo meu coração despedaçado. Eu tava tão chateada, não tinha explicação. Eu vi tudo.

Eu não era idiota a esse ponto. Os dois praticamente nus.

Neguei, dando um grito abafado, e me permitindo chorar de novo.

Vargas.

Merda. Mil vezes merda.

Que porra foi que aconteceu?

Eu não me lembro de nada.

Caralho!

"Cheguei na casa de Rafaela, enquanto ela falava que precisava de dinheiro emprestado, me deu um whisky e eu comecei a embebedar."

Mas não aconteceu nada. Ou aconteceu? Porra.

Aquela piranha só pode ter colocado algo na bebida.

Neguei, indo pra casa, com a cabeça a mil.

Eu tava muito puto, do jeito que o satanás gostava.

Pra matar um, era dois tempo. Sem dó, nem piedade.

[..]

Acordei com Freitas me gritando. Abri os olhos devagar, olhando aquela cara mais lisa me olhando.

Eu: qual foi o caô? - passei a mão no rosto, bufando.

Freitas: levanta pra cuspi, pô. - cruzou os braços e eu me cobri até a cabeça. - bora Vargas, o Tuca vai vim aqui.

Eu: o que ele quer? Tô afim de caô não, Freitas. - resmunguei.

Freitas: o que rolou? - perguntou confuso.

Eu: tudo, velho. Tudo. - tirei a coberta do meu rosto. - eu vou matar aquela Rafaela, irmão.

Freitas: ih, me conte melhor que eu não tô entendendo. - disse curioso.

Eu: pediu pro Tody me ligar pô, dizendo que precisava de uma ajuda... Cheguei lá pô, sem maldade. - bufei, me lembrando do dia anterior. - me chamou pra entrar, eu neguei.. mas me puxou e me ofereceu um copo de whisky. - parei e ele me encarou.

Freitas: continua porra, para não. Assim cê mata um curioso. - resmungou.

Eu: só pode ser isso velho, aquela porra armou pra cima de mim. - me sentei na cama.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Where stories live. Discover now