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Ágata.

Vargas chegou acompanhado de Freitas. Os olhos miúdo entregava que ele fumou maconha. Encarei ele e fiquei quieta.

Ele se aproximou com duas sacolas, me entregando. Ergui a sobrancelha, mas peguei.

Olhei dentro e em uma sacola tinha chocolate e na outra, lanche.

Esse santo tá querendo reza, certeza.

Eu: obrigada. - levantei o olhar pro mesmo, que deu de ombros. - educação tá no máximo.

Vargas: vai vendo. - riu fraco, se aproximando e colando nossos lábios.

Maravilhoso mesmo, credo.

Paramos o beijo com Eric fazendo barulho de vômito, bicha chata.

Eric: vocês elevam o nível da minha diabete. - jogou o cabelo imaginário.

Vargas: e tu cheio de vontade de arrumar um mano né, purpurina. - Eric olhou o mesmo e revirou os olhos.

Eric: fica na tua, bofe. - riu fraco.

Eu: o que ele tá sabendo que eu não sei? - fiz careta.

Didi: não sabemos né, porque essa yag tá toda no sigilo. - resmungou.

Eric: ele fala demais, Queen. - falou rápido.

Neguei rindo, eu sabia que ele tava escondendo algo, mas Vargas saber primeiro que eu, era o auge.

[..]

Anoiteceu, Didi e Eric estavam bêbados. Freitas tentava cuidar da Ingrid, e eu puxei Eric pro quarto de hóspedes.

Eu: dorme aí, amanhã você vai embora. - ele tentou responder, mas se jogou na cama e logo dormiu.

Viado prego.

Fui andando lentamente pro meu quarto, quando vejo Ingrid em outro quarto e Freitas segurando o cabelo da mesma, que vomitava horrores.

Eu: boa sorte, meu chegado. - fiz ânsia.

Freitas: tu que tinha que tá aqui, bota fé. - eu neguei. - ela bebeu com você.

Eu: e eu não bebi nada. - ele me olhou e eu dei de ombros. - depois quero falar contigo.

Freitas: ihhh. - concordei e sai dali.

Adentrei no meu quarto e Vargas já tava de samba canção, procurando algum canal na tv.

Bonito pra caramba.

Todo cheiroso, gostoso. Pelo amor de Deus hein.

Passei direto, não ia dá o gostinho pra ele né.

Eu ainda tava p da vida porque não pude ir a praia, tá doido.

Entrei no banheiro, tirei meu biquíni e liguei o registro, adentrei na água e comecei a tomar meu banho relaxante.

_

Vargas: tem certeza que vai ficar de cara amarrada? - disse tragando o cigarro, enquanto olhava em minha direção.

Eu: vou mesmo. - ele respirou fundo e ficou um tempo calado.

Vargas: você acha que eu tô na maldade né, mais o povo tá ligado na tua. - encarei ele. - só não sabe ainda do nosso bacuri. Tu tá ligada que isso também é bagulho que rapidinho vai cair no ouvido do inimigo. - senti um aperto no coração. - quando eu falo os bagulho, é pro bem de vocês. Tô nem aí pra mim não pô, mais vocês é minha vida. - minha garganta travou e eu só concordei.

Eu: aí, desculpa. - sussurrei.

O mesmo nem falou mais nada, só se aproximou, me puxando pra um abraço.

Vargas: só pensa melhor nos bagulho, tendeu? Quero seu mal não, amor. Quero vocês bem, vocês dois estando bem, eu tô na paz. - concordei, sentindo uma lágrima rolar.

Era um sentimento estranho.

Parecia que algo ruim, muito ruim, estava prestes a acontecer. Deus é mais, xô!!!

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora