Capítulo Sessenta e Seis

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| Gabriella |

Meu corpo se arrepiou inteiro ao chegar enfrente ao estádio do Morumbi, eu nunca tinha visto a torcida numa euforia assim. A recepção que eles teve com os jogadores era inexplicável, não tinha palavras certas para dizer o quanto aquilo estava lindo.

— E esses olhinhos brilhando? - Giovana pergunta e eu olho para ela no mesmo instante.

— Tá vendo isso aqui? - aponto para o lado de fora de carro. — É o significado do amor.

Minha irmã abre um sorriso largo e rapidamente a minha cunhada entra no estacionamento exclusivo do clube.

Após a Amanda estacionar o carro, saímos uníssono. A minha mãe pegou meu sobrinho em seu colo, Giovana aproveitou para tirar algumas fotos da torcida lá fora, acho que ela acabou se esquecendo que torcia para outro time.

— Vem todas, temos que deixar esse momento registrado. - ela indaga e logo nós quatro se ajuntamos.

Tiramos algumas fotos e logo escuto meu celular vibrar, vejo pela barra de notificação a passagem já emitida, abro um sorriso incrédula após ler.

Respiro fundo enquanto caminhava até a entrada do estádio, coloquei a minha credencial no pescoço e passei pela catraca.

— Vou ir lá no vestiário, não me esperem.

Indago olhando para a minha mãe e ela apenas concorda com a cabeça, passo por outro segurança e começo a ir na direção onde eu sabia que os meninos estavam.

Passo pelo o corredor onde ficava o vestiário para o time de fora, por coincidência do destino meus olhos se encontram com os olhos de um certo chileno.

— Oi.

Digo com um sorriso no rosto e vejo o Erick se aproximar de mim.

— Eu tinha tanta coisa para dizer durante tanto tempo, que chegar ser loucura eu querer falar tudo agora. - ele indaga e eu arqueo uma das sobrancelhas.

— Você ainda continua indeciso e confuso. - digo rindo e o mesmo abre um sorriso largo.

— Me desculpa?

— Pelo o que ? - pergunto confusa e ele me olha de uma forma triste.

— Pelo o mal que eu te fiz, por aquilo que fez você e sua irmã se distanciar e por ter feito o seu antigo namorado surtar dentro do campo.

Abro um sorriso de canto ao escutar as últimas coisas ditas por ele.

— O tempo trouxe respostas e curou feridas que não tinha se cicatrizado, você não me deve desculpas nenhuma. - digo e vejo seus olhos brilharem.

— Posso te dar um abraço?

Pulgar pergunta meio recuado e eu apenas concordo com a cabeça, em segundos sinto o cheiro do seu perfume e seu braço passar pela minhas costas.

— Você deve desculpas á ela, pois sabia que ela gostava de você.

Digo baixinho perto do seu ouvido e logo após ele concorda com a cabeça.

Conexão Rival. - Richard RíosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora