Jenny Miller uma garota reservada e tímida devido às frequentes mudanças que enfrenta com seu querido pai.
Mas ao ingressar para uma nova universidade, tudo isso vai mudar.
Jenny terá a oportunidade de conhecer pessoas novas fazer amigos ou até mes...
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JENNY MILLER
Faz dois dias que os piores momentos da minha vida começaram. Desde então, venho sentindo intensas dores de cabeça, frequentes tonturas e, acima de tudo, um cansaço avassalador. A qualquer hora do dia, estou bocejando e desejando me deitar em algum lugar.
Tenho quase certeza de que Perséfone percebeu, mas ela não diz nada. Está sempre colocando algo em minha boca ou cuidando de mim. Mas até agora, não comentou nada.
Suspiro e encosto minha cabeça em seu peito, o sono começando a me dominar. Aconchego meu rosto quando sinto seus dedos acariciarem minha bochecha.
Estamos sentadas sob uma árvore no campus, durante o intervalo da aula.
Abro meus olhos e a claridade me ataca. Respiro fundo, observando minha mão, que parece ainda mais branca do que de costume.
O anel dourado em meu dedo reluz e, ao levantar o olhar, encontro os olhos de Perséfone.
Ela acaricia meu pescoço e rosto com suavidade.
- Como está se sentindo? - ela pergunta, e de repente me sinto nervosa.
- Bem? - respondo com um sorriso, tentando disfarçar meu nervosismo.
- Tem certeza, Jenny? Não está me escondendo nada? - sua pergunta faz minha respiração travar e me afasto, encarando-a.
- O quê? Claro que estou bem - digo, mas seu olhar sério e pesado permanece sobre mim.
- Você sabe que não consegue mentir para mim. Se estiver escondendo algo, eu vou descobrir. Como agora, sei que há algo que não quer me contar. Mas tudo bem, irei respeitar seu tempo. Só peço que, se isso puder lhe prejudicar de alguma forma, me conte logo.
Encolho os ombros, sentindo-me culpada por não contar a ela. Mas está tudo bem, não é? Não é nada muito sério até agora.
Me arrasto para mais perto, passando meus braços ao redor de seu pescoço. Beijo sua bochecha, seguindo com pequenos selinhos até sua boca.
- Estou bem, sério - digo, olhando em seus olhos, mas porra eu a conheço tão bem que reconheço seu olhar desconfiado.
Ela não diz nada, mas encosta o rosto em meu pescoço, fungando forte e me fazendo rir pela cócega que causou.
- Certo, mas fique sabendo que não vou ficar nem um pouco feliz se por acaso descobrir algo muito grave - diz me fazendo engoli em seco.
