Cap.11 - Fala pra eu ir embora

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Oi, minha gente!

Capítulo da Meta de 115K de Cachorrada do Projeto AUtoras!

Espero que gostem!

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"Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda..."

(Não vá ainda - Zélia Duncan)

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Duas semanas se passaram de grandes tormentas, Kelvin tinha se visto jogado no olho de um furacão, a imprensa tinha divulgado largamente sua internação, sua equipe de assessoria tinha conseguido impedir que o boletim médico fosse divulgado e a afirmativa para a mídia era a de que o cantor tinha sido vítima de uma intoxicação alimentar.

Kelvin fez um pronunciamento nas redes sociais se colocando contra a mídia que claramente mentia sobre o assunto, ele não teve remorso algum em mentir sobre o motivo da internação porque de fato naquele momento não podia falar de sua dependência em remédios, ele estava agora em tratamento psicológico e psiquiátrico, estava disposto a encarar uma internação numa clínica assim que cumprisse sua maldita agenda.

Estava em contato com uma equipe de advogados para conseguir livrar-se de seu contrato com Frank de maneira satisfatória, mas sabia que teria um longo caminho pela frente.

Ramiro o acompanhou no meio dessa tempestade como uma fortaleza, Kelvin tinha começado novamente a terapia e se sentia um pouco mais estabilizado, no entanto, sabia que teria que enfrentar as coisas de frente antes que Frank cometesse mais insanidades.

Naquele dia, Kelvin se preparava psicologicamente para um show em Las Vegas que ele não tinha um pingo de vontade de fazer, mas que era obrigado, esse show ocorreria em dois dias.

Kelvin saiu com Daniela para ir a uma reunião de produção no estádio, foi o que ele dissera a Ramiro, o convencendo a ficar em casa, mas a verdade é que ele ia encontrar Frank.

Precisava tentar parar o produtor antes que ele soltasse ainda mais informações na imprensa.

Kelvin precisava tentar.

Chegou a um café no centro da cidade com Daniela ao seu lado, parecendo um cão de guarda.

Tiveram que esperá-lo, porque ele gostava de grandes entradas e atrasou propositalmente.

Frank era a porcaria de um grande narcisista.

Cerca de 15 minutos depois, acompanhado de dois seguranças, ele adentrou o café como se o mundo inteiro estivesse esperando por ele.

Seu terno perfeitamente ajustado e seu cabelo impecavelmente penteado eram reflexos de sua crença inabalável na própria perfeição. Cada passo que dava parecia carregado de um propósito grandioso, e seu olhar dominador passava pelas poucas pessoas presentes naquele horário no estabelecimento,com uma combinação de desdém e expectativa.

Frank não se importava com os detalhes das vidas alheias, a não ser quando podiam refletir de alguma forma sobre a sua própria imagem. Sua presença era uma constante exibição de charme calculado e autossuficiência, e qualquer crítica ou questionamento era tratado com um sorriso enigmático e uma frieza dissimulada. Para Frank, a vida era um palco, e ele era o astro principal, sempre à procura do próximo aplauso que confirmasse sua grandiosidade.

Sentou em frente a Kelvin com um sorriso falso, o cantor num tom lacônico, falou sem rodeios:

— Qual será o meu preço por ter feito um pacto com o diabo, afinal?

Nó(s)Where stories live. Discover now