Red Queen

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Louis

Acordo com o som do farejar de um cachorro e logo o chapéu de Harry não está mais em cima de mim. Eu o reconheço, é aquele cachorro da rainha...

- Era para leva-los para bem longe! Chapeleiro confiou em você! - Praticamente cuspo as palavras nele.

- Estão com minha esposa e meus filhotes.

- Qual é o seu nome?

- Bayard.

- Senta! - Ele obedece.

- Por um acaso o seu nome é Louis?

- É, mas eu não sou o Louis de que vocês  falam tanto.

- O chapeleiro não teria se rendido por um Louis qualquer.

- Para onde levaram o chapeleiro?

- Para o castelo da rainha vermelha em Salazen Grum.

- Nós vamos até lá solta-lo.

- Isso não está previsto.

- Não importa! Ele não estaria lá de não fosse por mim.

- O Glorian day está para chegar, você deve ser treinada para enfrentar o jaguadarte.

- Desde que eu cai naquela toca de coelho só escuto me dizerem o que devo fazer e o que eu devo ser. Eu fui encolhido, esticado, esfolado, escondido em um bule de chá. Eu fui acusado de ser o Louis, de não ser o Louis, mas esse sonho é meu. Eu vou decidir para onde devo ir a partir de agora!

- Se você se desviar do destino...

- Eu faço o meu destino!

O cachorro pareceu entender e ele abaixa a cabeça , eu subo nela e monto em suas costas.

- Me leve a Salazen Grum, Bayard. Não esqueça o chapéu.

Ele começa a correr e eu seguro em sua coleira.

Está na hora de fazer o que eu penso e não o que dizem para eu fazer. Não vou deixar Harry se arriscar novamente por minha culpa.

***

Não muito longe vejo um castelo, branco e vermelho. Com certeza o da maldita rainha, mas em volta dele está um muro, não sei como vou conseguir passar.

Bayard para de correr e se abaixa para que eu desça.

- Só a um meio de atravessar.

Vejo um pequeno lago a minha, com pedras em sua superfície. Chego mais perto para olhar, mas isso não são pedras, são cabeças...Se a rainha faz isso com quem ela nem odeia, imagina o que fará se me pegar.

Olho o lago á minha frente criando coragem para atravessa-lo.

- Perdi minha muiteza, né? -Falo á mim mesmo.

A coragem que eu precisava aparece quando eu me lembro daqueles cabelos ruivos ondulados, aqueles olhos verdes esmeralda. E aquela beleza digna dos deuses...

Vou pulando de fóssil em fóssil, meu pé cai na boca de um me causando muito nojo, mas vai valer a pena.

Finalmente pulo a última cabeça e chego á margem do lago. Vou até o muro e olho pra cima, vendo que ele é extremamente alto.

- Bayard, o chapéu! -Aponto para cima do muro.

Ele joga o chapéu e eu entro por uma fresta que tinha entre os tijolos. Segura na mão de Deus e vai!

Entro no castelo e acabo saindo no jardim, logo me escondo vendo a rainha jogando algum tipo de jogo.

O pássaro dodô entrega a rainha um flamingo, Briana mira em sua frente e bate com a cabeça do flamingo em um porco espinho que estava no chão.

Another Wonderland (L.S)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora