Another Wonderland (L.S)

The best people are

Ao longe do castelo da rainha vermelha, Bayard corria para chegar até o palácio da  bondosa Eleanor.

- As árvores parecem tristes, tem falado com elas? - A rainha branca diz á uma de suas damas.

- Sim, majestade.

- Talvez com um pouco mais de gentileza.

- Sim, majestade.

- Poderiam me dar licença por um instante. - Eleanor fala assim que avista o cachorro.

Assim que seus súditos saem ela corre á caminho de Bayard, para saber o porquê do cachorro estar ali.

- Tem notícias, Bayard?

- Louis voltou ao mundo subterrâneo.

- Onde ele está?

- Em Salazen Grun. Me perdoe eu permiti que ele se desviasse do destino já traçado.

- Não não não. - A rainha faz um carinho no cachorro. - É exatamente lá que ele encontrará a espada vorpal. Nós temos nosso campeão, agora descanse trabalhou muito bem.

***

Louis caminhava pelo jardim do castelo, á procura do chapéu do seu amado.

Ele encontra o animalzinho que ajudou quando ainda era pequenino.

- Você viu um chapéu por aqui?

O porco espinho aponta para um canto do jardim.

- Obrigada. - Louis agradeceu.

O de olhos azuis vai até o lugar onde lhe foi indicado logo avistando o chapéu perto de um arbusto.

Ele agacha e pega o pertence de Harry, o segurando em suas mãos, desejando logo a oportunidade de poder ver o mais novo e mostrar-lhe o que encontrou.

***

- Tem que achar o Louis, Zayn. Sem o jaguadarte os seguidores de minha irmã vão tentar me enfrentar. - A rainha anda de um lado para o outro.

-  Vou fazer o possível e o impossível, para te agradar minha rainha.

- Minha irmãzinha feia, por que adoram ela e me odeiam? - A rainha vai para a varanda.

- Eu não compreendo, vossa majestade é superior em todos os sentidos.

- Eu sei, mas Eleanor consegue que todos se encantem por ela. Homens, mulheres e até mesmo a mobília.

- Até o rei? - Zayn fala olhando para baixo, para aquele lago sangrento.

- Tive que fazer isso, ele teria me deixado.

- Majestade, é muito melhor ser temida do que ser amada.

- Não tenho mais certeza. Deixe-a com a ralé, não preciso deles, eu tenho você. -Briana diz beijando o valete.

Dentro daquela sala estava o coelho, esperando a melhor oportunidade de pegar o oráculo.

E pra que hora melhor do que essa? Beijos como estes duram a noite toda.

Assim que vê a rainha entretida com o valete, McTwisp rouba o oráculo e sai da sala.

***

Harry

Fazer chapéus em meu ateliê me acalma. Mas pensar em Louis me traz uma paz e um certo medo incomparável.

Minha mente implora pela voz dele, por aquelas mãos macias em meu corpo, aquela boca que me traz ao real significado de estar no país das maravilhas.

Duas mãos cobrem os meus olhos, mãos grandes talvez, mas suaves como nenhuma igual, são as mãos de Louis.

- São maravilhosos. - Ele susurra em meu ouvido.

- O que? Seus olhos? Sim eles são magníficos.

Me viro e o beijo, a mistura de sabores e de sensações se passa em minha boca. Um pouco de saudade, um bocado de luxúria e muito amor, esse é o segredo para cada beijo.

Sua língua brinca com a minha, e seus lábios se encaixam perfeitamente nos meus. Parece que foram feitos exclusivamente para mim.

- Senti sua falta. - Ele passa a mão em minha barriga.

- Não mais do que eu. - Deposito um pequeno beijo em sua bochecha. - Tenho que terminar isso. - Aponto para os chapéus.

- Hum, que pena.

Louis me abraça por trás, deixando seus bracinhos em volta da minha cintura.

- É tão bom trabalhar em meu ofício novamente.

- Me deixa esperimentar um?

- Juro que faço um monte de chapéus para ti quando eu terminar estes.

- Pena que tem que fazer os chapéus para ela.

Quando escuto isso, várias coisas se passam em minha cabeça, palavras embaralhadas, lembranças, vozes alheias.

- Qual é o meu chapelema? Chapelema? Oh, oh!

"Quebre tudo, Hazzy"

Uma voz pertinente soa em meu ouvido, me levanto e empurro Louis, fazendo ele cair sobre alguns tecidos.

Pego uma manequim e jogo contra a janela, quebrando-a. Jogo algumas cadeiras na parede e derrubo a mesa em que estavam os chapéus.

A corrente em meu pé me impede de ir adiante, tento correr e machuco um pouco o tornozelo.

Uma mão em meu ombro me vira e eu dou de cara com uma imensidão azul brilhante, me trazendo uma paz interior fazendo as vozes se acalmarem.

- Qual a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha? - Suas mãos em meu rosto, seus olhos apreensivos me trazem de volta a realidade. -Estou assustado, eu não gosto daqui, a minha cabeça não para... Será que eu estou ficando louco? - Susurro e ele sorri.

- Eu acho que sim. - Ele coloca a mão em minha testa. - Você está completamente pirado, mas eu vou te contar um segredo, as melhores pessoas são assim.

Essas seguintes palavras fazem um sorriso pular de meus lábios, e o jeito como Louis me faz bem me faz acreditar que ele é o que eu preciso para seguir em frente.

- Toma, assim está melhor. - Ele coloca o chapéu em minha cabeça. - Voltou a ser o de antes. -Ele deposita um pequeno beijo em meus lábios.

- Homem dos chapéus! Onde estão meus chapéus? Eu não sou uma monarca paciente!

A voz estridente de Briana ecoa dentro da sala, causando um certo incomodo aos ouvidos de qualquer um.

- Eu soube que ela esconde a espada vorpal no castelo. - Seguro as mãos de Louis. - O coelho vai ajuda-lo, ache-a Louis e a leve para a rainha branca.

- Nós iremos até ela juntos.

- Não podemos.

- E por que não?

- Porque é perigoso demais, não posso te perder novamente.

- Você não irá me perder, amor. -Ele se prende a mim.

- Do mesmo jeito que não existe sol sem a lua, e o dia sem a noite, eu não existo sem você.

Dou um beijo em sua testa e Louis me abraça mais forte.

- Eu vou tirar a gente daqui. Nem que eu precise matar mil jaguadartes para ser feliz contigo.

Ele me beija novamente, me trazendo alívio uma última vez antes de eu poder sair daqui e fazer a besteira que estava na minha cabeça.

- Por que você é sempre grande demais, ou pequeno demais?

- Eu não sei. - Louis sorri.

- Só quero que você volte a ser meu pequeno.

- Acredite, eu vou voltar,e quando isso acontecer eu vou ser seu, e ninguém poderá mais me impedir disso...