Pain

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Hey Guys!!!

Voltei e pensei em fazer de quartas o nosso dia fixo, mas ai lembrei que odeio responsabilidades kekekeke então só aproveitem esse. Eu tentei fazer algo diferente dessa vez., espero que gostem.

Atenção e boa leitura!

Bj no espaço entre a sobrancelha.


*


Pov Normani

Perdida. . Insegura.

Caindo em um vazio sem luz onde eu estou presa com meu maior medo.

O som dos meus próprios pensamentos.

Eu tentava com todas minhas forças encontrar uma saída, mas todas as portas que eu abria me levavam ao ponto de início. Meu subconsciente dando voz e forma aos pensamentos que eu nunca ousaria admitir.

Eu sentia o desespero rastejando debaixo da minha pele conforme eu me sentia cada vez mais enclausurada.

"Você nunca será o suficiente" As vozes diziam. "Acha mesmo que alguém vai amar uma pessoa como você? Quebrada, com os sonhos devastados. Sem perspectiva. Você é inútil, Normani."

- Isso não é verdade! - Respondi, mesmo sem saber com quem estava falando. O suor corria livre por minha pele negra, encharcando minhas roupas e as deixando mais pesadas do que realmente eram.

Eu via a luz no fim do túnel e corri em sua direção. Quando alcancei, a claridade me fez fechar os olhos, apenas para quando os abrir, perceber que estava na mesma sala novamente. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu passei as mãos pelo cabelo. Só notei a presença de uma mulher parada no canto da sala quando essa se pronunciou.

- Ele nunca te amou. - A olhei confusa. O suor pingava da ponta do meu nariz. - Bom, não faça essa cara querida. Sabe bem de quem estou falando. - A mulher se aproximava e eu notei seus cabelos vermelhos e pele pálida. Era esquelética. - Pobre Kay, deve ter ficado feliz quando morreu, finalmente se livrou de você.

- Calada. - Reuni forças para responder, mas minha fala não passou de um sussurro.

- A verdade dói não é mesmo? - Riu. - Esse amor que vocês viveram não passou de uma ilusão da sua cabeça. Quem em sã consciência escolheria ficar com você? Olhe para você. - E apontou para um enorme espelho que apareceu no canto oposto da sala. Encarei meu reflexo rapidamente. Eu estava suja e suada. A mulher me segurou pelo queixo e me forçou a fazer contato visual comigo mesma. - Você não tem nada. Não é nada. O que você vê? Vou te dizer o que eu vejo: Eu vejo um resto de ser humano, alguém que já perdeu a essência da alma, alguém que passou por dor demais. Um lixo, algo descartável. E posso te contar um segredo? - Fez a pergunta sussurrando. - Era esse mesmo reflexo que Kay via.

- Não! - Gritei e me soltei de seu aperto, a empurrando.

A mulher continuava com um sorriso sarcástico no rosto. Voltou a se aproximar de mim em passos lentos e eu só percebi que estava dando passos para trás, quando bati as costas na parede. Seu olhar era vazio. Suas feições eram dignas dos zumbis que vemos em filmes de terror. Quando se aproximou o suficiente, seus olhos se tornaram completamente pretos e sua voz soava como se uma legião falasse por seus lábios. As mesmas vozes que eu tinha escutado mais cedo.

- A pior mentira, é aquela que contamos para nós mesmos.

Acordei com um grito preso na garganta. Meus pulmões inflando rapidamente e meu coração disparado. O suor descia por minha testa e entre o vale de meus seios. Pisquei profundamente e me situei. Eu ainda estava na sede dos Polônios. Foi só um pesadelo.

InolvidableWhere stories live. Discover now